domingo, 18 de novembro de 2012

Chegar, ver, vencer e convencer

Um golo em cada parte, de Lucho e Mangala, sempre com o mesmo assistente – Atsu – e outro de Kléber conduziram um FC Porto pouco exuberante aos oitavos-de-final da Taça de Portugal. Pior está o Nacional da Madeira, que juntou esta prova à crise na Liga Nacional.

Ainda que sem a revolução total verificada na eliminatória anterior – Vítor Pereira tinha-o deixado bem claro -, o onze Portista na Choupana foi substancialmente diferente do habitualmente lançado em jogos do Campeonato e da Liga dos Campeões. Abdoulaye foi opção no eixo, Mangala na esquerda e Castro assumiu o lugar de Moutinho no meio-campo; Kleber, Atsu e Iturbe fizeram de Jackson Martínez, James e Varela no ataque dos Dragões.

O ritmo foi necessariamente mais lento, porque Lucho estava longe de Kléber na equipa do FC Porto e no Nacional as peças tardam a encaixar harmoniosamente esta temporada. Até ao golo, nota para um belo cabeceamento de Kléber após antecipação a Vladan, mas por cima da baliza não conta.

Aos 27 minutos, a vantagem Portista no pé esquerdo de Lucho González. A jogada é toda ela uma construção perfeita, desde o passe aéreo de Steven Defour para Atsu, que no flanco direito tirou o adversário da linha de tiro e cruzou ao segundo poste, onde apareceu Lucho a rematar de primeira para um golo de artista. Tudo bem feito, com Atsu a materializar a primeira de duas assistências, ele que já estava a ser o mais desperto entre os 22 jogadores em campo.

O tento do Argentino funcionou como toque de alerta para o Nacional. Manuel Machado assistiu a uma tentativa de reacção dos seus Homens, que de livre directo (28’) ou num cabeceamento de Manuel da Costa (32’) ainda ameaçaram Fabiano antes da troca de campos.

As boas intenções Madeirenses prosseguiram no primeiro quarto de hora da segunda parte. Embora pairasse a convicção de um FC Porto controlador dos acontecimentos, o Nacional surgiu mais afoito nas saídas em direcção a Fabiano; contudo, nada de prático resultaria desse facto e seria outra vez a equipa Azul e Branca a chegar ao golo.

Tal como no primeiro, voltou a ser Atsu o servente do sucesso, agora com uma finta num curto espaço de terreno e um cruzamento rasteiro para o desvio à boca da baliza de Mangala. Terminavam aqui as esperanças Madeirenses e as dúvidas Portuenses sobre o desfecho da eliminatória, numa altura em que o "medo" de Vítor Pereira já se tinha traduzido nas entradas de João Moutinho e James Rodríguez.

Para o final estava reservado o golo de Kléber, que passou por Vladan e atirou para o 0 x 3 final. Na génese da finalização do Brasileiro está mais um grande passe, agora de João Moutinho, que assim tirou a Atsu a totalidade das assistências esta noite. Pormenores, numa vitória tranquila e sem contestação do FC Porto no Estádio da Madeira.

Retirado de zerozero

Melhor em Campo: Lucho González

1 comentário:

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Jogo bem controlado, numa exibição quanto baste, numa equipa claramente de gestão (inteligente e bem sucedida), tendo em conta as incidências da semana e os jogos que se seguem.

Constatação de muito espírito de grupo, mentalidade ganhadora, ambição, confiança e responsabilidade, factores essenciais na formação dos campeões.

Continuemos assim e o futuro continuará a ser risonho.

Parabéns a todos.

Um abraço