quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Muito Porto e pouca sorte

O FC Porto deixa Basileia com uma sensação de injustiça porque fez por merecer mais que o empate, mas ao mesmo tempo com a consciência de que foi melhor ao longo dos 90 minutos que o Basel e que por isso o resultado favorável de 1 x 1 pode servir de trampolim para a confirmação do apuramento na segunda mão, no Estádio do Dragão.
 
Paulo Sousa, na conferência de imprensa de antevisão, tinha avisado que a sua equipa «tem capacidade de saltar linhas, de atrair para depois dar velocidade ao jogo». Ora, curiosamente ou não, foi dessa forma que o Basel conseguiu chegar aos 11 minutos, na única vez em praticamente todo o jogo em que chegou à baliza de Fabiano.
 
Os Helvéticos aproveitaram o facto da defesa do FC Porto estar subida e exploraram o erro de Alex Sandro, que falhou na dobra a Marcano e depois não foi a tempo de evitar que Derlis González, após um excelente passe de Frei, inaugurasse o marcador. Refira-se que do lance do golo ficou a lesão de Derlis González, que teve que ser substituído.
 
O 1 x 0 no marcador, contudo, em nada alterou a postura dos comandados de Julen Lopetegui. Bastante personalizados desde o primeiro minuto, os Azuis e Brancos tiveram quase sempre a bola na sua posse e quando a perdiam eram céleres na recuperação. Por isso, jogou-se quase sempre dentro do meio campo defensivo do Basel, com Jackson a recuar muito no terreno para servir os corredores, especialmente onde estava Tello.
 
Apesar do domínio Portista, não houve grandes ocasiões de golo para empatar. Porém, à passagem da meia hora ficou por assinalar uma grande penalidade a favor do FC Porto, depois de Jackson Martínez ter sido claramente agarrado por Walter Samuel, defesa experiente que foi sempre duro para o com os atacantes adversários.
 
Ao intervalo, o 1 x 0 em nada espelhava o que se tinha verificado dentro das quatro linhas ao longo dos primeiros 45 minutos, nos quais o FC Porto se superiorizou ao Basel. Mas apesar da desvantagem no marcador, os jogadores Azuis e Brancos mantiveram a sua identidade e iniciaram a segunda parte como terminaram a primeira, com uma postura dominadora e obrigando a partida a ter apenas sentido único.
 
Parecia uma questão de tempo até o golo dos Dragões aparecer e ele acabou mesmo por surgir no começo da etapa complementar, com Casemiro a marcar na sequência de um canto e de uma primeira defesa de Tomás Vaclik. O internacional Brasileiro festejou junto dos adeptos com os restantes companheiros e os jogadores do Basel chegaram a levar a bola ao meio campo, mas o árbitro Mark Clattenburg, após uma «reunião» com um auxiliar, acabou por invalidar o lance, por fora de jogo de Marcano.
 
A decisão do árbitro parece correcta, mas o que mais espantou foi a demora na tomada dela. Ainda assim, após um período de maior nervosismo por parte dos jogadores Azuis e Brancos, o FC Porto voltou a conseguir assentar o jogo e consequentemente exercer o domínio que até então tinha tudo sobre o Basel. Tal como ao intervalo, percebia-se que o golo podia surgir a qualquer momento, mesmo quando Óliver Torres teve que ser substituído (novamente uma lesão no ombro) por Rúben Neves, que entrou bem no encontro.
 
O empate podia ter acontecido num lance de bola corrida, pois o FC Porto teve situações para isso, mas foi de grande penalidade que o 1 x 1 surgiu. Numa jogada pelo lado direito, Danilo, em apoio ao ataque, cruzou para a área e Walter Samuel impediu a bola de passar com o braço. O árbitro de pronto assinalou penálti e Danilo aproveitou para assinar a igualdade, que coloca o conjunto treinado por Julen Lopetegui na frente da eliminatória, mas que é injusta porque os Dragões fizeram por merecer mais.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Jackson Martinez

1 comentário:

Pedro Silva disse...

@ Miguel

O nosso Porto ontem foi Porto! Apenas lamento que esteja só agora a mostrar um futebol com cabeça, tronco e membros e que Lopetegui demonstre estar atento ao que se vai passando no campo.

Agora erros defensivos como o do Alex e companhia é que não se admite. Ao que parece ainda restam muitas maleitas da época anterior e está a ser complicado acabar com elas de vez...

Aquele abraço!!!