quinta-feira, 7 de junho de 2012

Acabou-se a brincadeira. (parte 1)

Chegou a hora de demonstrar ambição, qualidade, rigor e consistência. O Europeu começa sábado com um teste de fogo com a Alemanha. Um jogo que pode ser fundamental para o apuramento. Será muito importante impor respeito aos adversários através de um jogo forte, perante um adversário poderoso. É muito importante não perder o primeiro jogo para acalentar esperanças no apuramento.

Após dois amigáveis em que Portugal demonstrou mais carências que forças, como sempre, passou-se do 8 para 80. Pouco meio termo. Uns acharam que não conta para nada o trabalho que se fez até agora, e outros vão até mais longe e justificam exibições apagadas com a rocambulesca teoria de que os jogadores até jogaram mal de propósito só para enganar os adversários… Outros passaram de achar que tínhamos uma grande selecção para acharem que apenas vamos ser carne para canhão no Europeu. É preciso ter alguma ponderação na análise. Não devemos dar excessiva importância aos resultados dos amigáveis, mas também não devemos fechar os olhos ao trabalho feito ao longo do estágio e as opções tomadas desde o momento da convocatória até agora.

Logo na convocatória Paulo Bento esteve mal.

Em bom rigor, esteve mal até antes na forma como afastou aquele que é claramente o melhor lateral direito português que até foi campeão da Europa de clubes. P. Bento, confesso fã do trabalho de Scolari quis ser o sargentinho, e arranjou os seus proscritos. Primeiro tentou reforçar a sua autoridade através da forma imprópria como tratou os casos Carvalho e Bosingwa. Com Carvalho faltou alguma sensibilidade para tentar defender os interesses da selecção, no caso de Bosingwa, ainda foi mais grave. P. Bento lança dúvidas infundadas sobre a idoneidade e profissionalismo de Bosingwa ao serviço da selecção e ouviu a resposta merecida. A forma como se referiu a dois atletas que tanto deram à selecção, foi simplesmente deplorável.

Não satisfeito, P. Bento fez ainda questão de contrariar tudo e todos deixando de fora da convocatória um dos melhores médios da liga portuguesa, o médio do S.C. Braga, H. Viana.

Tal como a sua referência, Scolari, P. Bento também tentou vender uma imagem de alguém que não cede a pressões. Repetiu vezes e vezes sem conta que pensa pela sua cabeça… Depois o que vimos foi a sua preocupação constante em ter jogadores do Benfica na convocatória, ainda que o Benfica jogue sem portugueses no onze, e até promoveu a titularidade a dois jogadores do Sporting e no final, até cedeu à pressão convocando jogadores do Braga, ainda que não fossem à partida H. Viana que todos reclamavam. Ainda assim, notou-se a sua vontade de dar à selecção uma representatividade grande, mesmo que para isso tivesse que deixar de fora jogadores que poderiam ser úteis como Nelson do Bétis e principalmente Manuel Fernandes do Besiktas.

Tal como o Sargentão, P. Bento foi fiel aos que fizeram a qualificação por mais que tivessem estado mal nos seus clubes ( vide Miguel Veloso e Ruben Micael). Com isso, acabou por dar a ideia de que preferia não ter opções no banco, mas sim fotocópias pouco nítidas dos titulares. Daí que Manuel Fernandes tenha sido esquecido, e daí que H. Viana não encaixasse no modelo de jogo de P. Bento... Passou a encaixar após lesão de C. Martins… Até esse caso ele geriu mal.

Depois o estágio.

P. Bento está longe de ter o dom de mobilização de massas que tinha Scolari. Ainda assim fez o esforço para dar o folclore que Scolari dava. P. Bento que sempre foi conhecido pelo seu rigor no trabalho e sobriedade, deu lugar a um P. Bento que afinal já abria as portas de todos os treinos, que permitiu que os jogadores tivessem folgas atrás de folgas. O mesmo P. Bento que foi conivente com a FPF e deixou que os jogadores andassem mais tempo em recepções e em festas de apoio, do que propriamente numa preparação que devia ser séria e preparada com toda a calma para uma grande competição como um Euro.

Eu entendo que se queira criar um espírito de apoio e de proximidade em torno da selecção. Mas não podemos querer sol na eira e chuva no nabal. Não se pode esperar que um grupo anda disperso durante o momento da preparação para uma grande competição e depois exigir rendimento e concentração no momento dos jogos. Todos querem ver os treinos, querem autógrafos, querem música e dança e bonecos bonitos para a televisão, mas depois ficam espantados se a equipa se apresenta mal nos jogos de preparação.

Deu a ideia de que o conceito de preparação deu lugar a um conceito de folclore. Muita animação e pouco trabalho. Aparentemente a FPF está mais preocupada em agradar a patrocinadores do que em trazer um bom resultado desportivo da Polónia e Ucrânia. Basta comparar o trabalho que estes jogadores têm nos clubes e o que têm na selecção. Nos clubes a maior parte dos treinos são à porta fechada. Abre-se o treino uns 10 minutos para a imprensa. De resto é concentração máxima. Porque obviamente que ter um mini estádio cheio a assistir a todos treinos retira concentração, retira também à vontade para se treinarem uma série de situações tácticas e até inibe jogadores e equipa técnica de poderem ter determinado tipo de atitudes mais determinadas durante o treino e que são fundamentais para afinar o espírito de grupo. Não se pode. É muito ruído de fundo. São muitos gritinhos histéricos, é muita solicitação, é muita pressão para ver a bola rolar.

Estas não são claramente as melhores condições para se trabalhar. O Real Madrid do tempo dos galácticos que o diga. Deixaram de fazer pré-temporadas daquelas na Ásia em que pouco treinavam. Agora fazem digressão mas reservam sempre tempo para uma preparação cuidada longe da vista de todos. Numa boa pré-epoca está grande parte do segredo do sucesso numa temporada. No caso de uma selecção é dos poucos momentos em que o grupo pode estar junto e trabalhar tacticamente aquilo que pretende apresentar na competição. Cada dia conta. Quer para recuperar atletas, quer para dar maiores cargas físicas a outros que necessitam, e sobretudo para solidificar um modelo de jogo e testar opções. Não foi isso a que assistimos.

Os amigáveis.

Muito sinceramente o jogo de preparação com a Macedónia pouco me preocupou. Neste tipo de jogos mais importante que o resultado é perceber os objectivos traçados para esse momento de estágio e perceber se os objectivos foram cumpridos. Nesse jogo vi P. Bento a dar oportunidades a certos jogadores, a testar opções como Nani como médio interior e uma tentativa de fazer uma espécie de treino conjunto em ritmo baixo. Daí que o resultado fosse o menos.

O jogo com a Turquia já me preocupou mais. Não pelo resultado. Portugal até podia perder por 5-0 e ter deixado boas indicações. Foi pela forma displicente como pareceu resumir o trabalho que vinha sendo feito em Óbidos. Não se entendeu muito bem o que P. Bento pretendia retirar daquele jogo. Esperava-se à partida que aproveitasse o jogo para afinar tacticamente a equipa para o 1º jogo do Euro com a Alemanha e fazendo opções a pensar nas eventuais incidências do jogo. Daí o adversário ser mais forte. Ora, a preocupação veio exactamente pelas opções de P. Bento. A insistência no seu jogador fetiche, Miguel Veloso, mesmo quando ele demonstra estar em má forma como já demonstrara no Genoa, chega a ser constrangedora.

P. Bento parece querer dar razão a P. Barbosa, empresário de Varela, quando este diz que a selecção é o grupo de amigos de P. Bento. Não deixa de parecer verdade atendendo às opções que tem tomado. Neste tipo de amigáveis mais do que vitórias, espera-se ver em que estado se encontra a identidade da equipa. E o que resultou do jogo, foram mais problemas do que propriamente a tentativa de P. Bento de encontrar alternativas ou soluções.

A questão do meio campo é primordial. Vejo muitos a acharem que a questão do meio campo se resume à falta de um 10 como Deco ou Rui Costa. Sinceramente parece-me uma falsa questão. O típico 10 cada vez mais está em desuso no futebol de alta competição. Não é a sua falta que por si só dita a falta de qualidade no meio campo. Grandes equipas europeias jogam sem um 10 clássico e não deixam de ser competitivas. Importante é a dinâmica que se cria e que tipo de jogadores compõe o meio campo, com que ideia de jogo e com que adversário pela frente. P. Bento deu a ideia de um certo lirismo ao manter o seu 4-3-3 com Miguel Veloso como trinco. Se a sua ideia para enfrentar a Alemanha é com um meio campo assim, então temos mesmo que estar preocupados.

Miguel Veloso mesmo no Sporting era trinco apenas jogando numa táctica de losango. É totalmente diferente ser trinco num meio campo a 4 em losango ou ser trinco num 4-3-3. Miguel Veloso é um jogador pesado, pouco móvel, incapaz de fazer grandes recuperações. Num 4-3-3 as suas características mais se adequam a um 2º médio defensivo do que propriamente a um trinco fixo. Um jogador com as suas características e tão pouco poder de choque e incapacidade de recuperar bolas, só se justifica numa equipa que vá ter uma percentagem de posse de bola altíssima, contra um adversário que vai defender no seu meio campo. Não me parece que vá ser esse tipo de equipas que encontraremos no Euro, muito menos será esse o estilo de jogo apresentado por Alemanha e Holanda.

Só faria bem a P. Bento ter esse realismo. Não é sinónimo de cobardia ou falta de ousadia. É sinal de inteligência. A Alemanha tem talvez a selecção mais forte do Mundo da actualidade. Falamos de um meio campo com Khedira, Kroos (ou Schweinsteigger) e ainda Ozil. Ou seja, vigor físico e capacidade técnica acima da média. Achar que vamos ter uma enorme superioridade em posse de bola e que nos podemos dar ao luxo de ter M. Veloso a trinco com a desculpa de que ele tem boa saída de bola…parece-me irrisório. Até porque até no capítulo do passe em que supostamente assentaria a grande virtude para que a escolha do 6 recaísse em Veloso, a verdade é que nesse capítulo M. Veloso esteve para lá de desastroso em ambos os testes.

P. Bento mais do que ver soluções, descobriu nesses jogos com quem não devia contar. Falta saber se vai manter a casmurrice ou corrigirá a tempo como fez o seu ídolo Scolari. Acontece que uma derrota com a Alemanha no 1º jogo poderá ter efeitos mais catastróficos do que a derrota com a Grécia em 2004, principalmente porque Scolari tinha a base de uma equipa campeã da Europa para lançar se preciso. P. Bento não tem nada que se pareça. Qual seriam então as soluções para enfrentar esta Alemanha? A Alemanha tem um meio campo fortíssimo, apresenta uma equipa super competitiva com muito talento do meio campo para a frente com soluções como Goetze, Muller e Mario Gomez. Tem a vantagem de ter uma base forte no Bayern de Munique e ainda outro bloco coeso do Borussia de Dortmund.

Apontam a defesa da Alemanha como o calcanhar de aquiles… Eu não diria que são fracos na defesa. Parece-me um exagero. O que podemos afirmar é que como têm um meio campo e um ataque tão fortes, a defesa não se destaca tanto. Ainda assim uma defesa que conta com um dos melhores guarda redes do Mundo que é Neuer, que conta com um lateral de classe mundial como Lahm e até um lateral como Boateng . Fora uma dupla de centrais bem coesa como a que é composta por Hummels ou Badstubber. São imbatíveis? Claro que não. Mas o primeiro passo para os vencer será admitir a sua superioridade em vários itens do jogo e saber jogar com eles, aceitá-los e arranjar forma de os contrariar.  A melhor fomula não será esquecer por completo o adversário que se tem pela frente e jogar como se estivéssemos a jogar com o Luxemburgo. Da mesma forma que a própria Alemanha terá com Portugal cuidados que não tem com outras selecções.

Sendo assim, qual será a melhor formula para causar mossa nesta equipa Alemã? Portugal tem que mostrar as suas garras. E neste momento essas garras dão pelo nome de CR7 e Nani. Dois elementos que podem encravar a máquina de futebol alemã. Uma máquina criativa mas com ordem. Portugal deve semear a desordem através de talento puro.

Deixar que os alemães acreditem que estão confortáveis no jogo, deixa-los sentir que estão a dominar, para depois fazermos uso de lançamentos em profundidade nas costas da defesa alemã explorando a velocidade dos nossos alas. Daí que o 10 nesta selecção seja uma falsa questão. Uma selecção com dois extremos tão desiquilibradores como nós temos, e uma selecção com dois laterais igualmente ofensivos, não preciso tanto de um jogador que transporte a bola no meio campo. Pelo contrário, pede-se ao meio campo que reaja rápido quando perde a bola e que seja lesto a entregar a bola ao trio da frente. Mais importante do que aparecerem dois médios em zonas de finalização, é importante manter os equilíbrios a meio campo para que CR7 e Nani possam arriscar a jogada individual e não tenham que se massacrar tanto no trabalho defensivo.

O meio campo será fulcral. Para isso será necessário tomar uma opção estratégica.  Que meio campo queremos? Um que tente lutar pela posse de bola com os alemães e se exponha à hipótese de perder esses duelos e sabendo de antemão que os extremos alemães fecham mais por dentro no momento defensivo que os portugueses? Queremos um meio campo com jogadores com características para dar muita posse à equipa mas que são incapazes de recuperar bolas? Queremos um meio campo capaz de jogar muito próximo, e baixar o bloco, mas com um elemento que seja capaz de ligar o jogo com o ataque, e apostando assim as nossas fichas nas transições rápidas? Ou vamos tentar combater fogo com fogo e proceder a adaptações para dar maior poder de choque e assim preocuparmo-nos mais em tentar impedir o meio campo alemão de criar? (cont.)

4 comentários:

Pedro Silva disse...

@ Ricardo Costa

Eu não quero entrar na questão tactica porque como bem sabes não tenho competências para isto.

Existem opções que o PB tomou com as quais eu não concordo, mas agora que estão feitas há que saber conviver com elas. Ao contrário de ti eu não traço um quadro maléfico no que a estas escolhas diz respeito, até porque se fores a ver as opções ou são muito iguais ou não existem.

Portanto eu não sigo por este teu caminho.

Relativamente ao estágio já sabes a minha opinião. A Selecção não é um Clube nem se pode preparar para disputar uma Competição que dura um mês como se fosse um campeonato que por norma demora um ano.

E também não percebo a leviandade com que falas do que se fez e não fez quando nem sabes da Missa a metade pois só sabes aquilo que a CS transmitiu.

Se queres a minha opinião exageras. Exageras nessa tua análise e ainda por cima criticas algo que qualquer treinador faz nos Jogos de Preparação que é tentar colocar a jogar quase toda a Equipa.

E que eu saiba Paulo Bento nunca ganhou nenhum Jogo particular desde que comanda a Selecção. Quando os jogos foram a doer apenas cedeu na Dinamarca e nesta altura já só dependíamos de nós para o apuramento directo.

Eu pessoalmente prefiro esperar para ver. Isto de fazer juízos antes do tempo é perigoso. Olha o que muito boa gente disse e escreveu sobre o VP e o tremendo sapo que tiveram de engolir. Devias ser mais ponderado nestas coisas na minha opinião.

Aquele abraço!

Ricardo Costa disse...

@the blue one,

Não gosto da ideia de que não se pode comentar nada da selecção nacional como se isso fosse um crime de lesa pátria.Não é. A selecção nada tem a ver com patriotismo.É uma equipa de futebol. Se temos o direito a criticar o governoe o PR,porque é que no que concerne à selecção temos que estar todos calados em nome de uma pretensa união nacional?
.

Já percebi que desvalorizas o trabalho que se faz no estágio. Só pergunto,se não tem valor técnico ou táctico,porque se gasta dinheiro com o estágio?
Obviamente que o estágio de uma selecção é diferente do de um clube.
.
Por isso essa parte dos amigáveis servirem para jogar todos,tem lógica nos clubes, em que a pré-época é mais longa e prepara para uma competição de regularidade, já não tem tanto sentido quando se prepara uma competição com apenas 6 jogos na melhor das hipóteses e em que os resultados têm que aparecer logo.
.
Todo o tempo que se passa numa selecção deve ser aproveitado para dar rotinas a uma equipa. P. Bento queixava-se que tinha pouco tempo com a equipa. Quando o teve, deu uma série de folgas e cedeu à pressão dos compromissos publicitários.
.
E não é não saber da missa à metade. Qualquer português soube o que se passou nos treinos,pelo simples facto de que todos foram abertos. Todos foram um circo mediático. Os jogadores não puderam treinar com tranquilidade.Estiveram sempre com o mini estádio cheio a assistir aos treinos.
.
Muitas selecções nem fazem o estágio nos seus países exactamente para terem mais tranquilidade na preparação.
Não defendo que a selecção se feche,mas tem que haver meio termo.
Aquilo não é uma equipa de promoção ao turismo.É uma equipa de futebol que se prepara para uma competição.
.
E outra coisa é essa ideia de que se Portugal ganhar eu fico mal.
O que tem uma coisa a ver com outra?O estágio com o Scolari foi um circo como este e chegamos à final. Isso fez de Scolari um bom treinador e do estágio algo bem feito?Não.
Uma coisa não invalida a outra.
O facto de achar que o estágio foi mal preparado, não significa que acredite menos ou apoie menos a selecção nacional. Apenas analiso os factos e dou a minha opinião do que é o ideal para uma equipa se preparar para uma grande competição.Neste Europeu não encontrarás provavelmente uma selecção que tenha tido tanto folclore à sua volta no estágio como teve a nossa selecção em Óbidos.
.
Um abraço.

Pedro Silva disse...

@ Ricardo Costa

"Não gosto da ideia de que não se pode comentar nada da selecção nacional como se isso fosse um crime de lesa pátria."

Eu disse que não podias opinar sobre a Selecção e até mesmo criticar?

Não me parece. O que eu disse é que tu opinas sobre coisas que não sabes. Quem te lê e ao outro Peixeiro Palhaço do Manuel José fica com a ideia de que não houve treino nenhum. Tanto tu como este atrasado mental estiveram nos trabalhos da Selecção para ver? Não!

Ou seja, opinam porque embirraram com alguém. No teu caso é porque não podes com o PB. Eu também não gosto dele, mas não sou como tu que lhe fazes a folha ainda antes do Homem ter mostrado serviço.

E sim, ficas mal na fotografia se Portugal vencer o EURO. Ficas mal porque para variar és precipitado.

Tens a vantagem de saber ver o Futebol, daí que deverias ter mais calma e ser sobretudo mais racional nas tuas análises. Como diria o outro, contas é só no fim e não a meio como tu fazes.

Aquele abraço!

Ricardo Costa disse...

@The blue one,

Em que parte do meu texto eu afirmei que Portugal não treinou?
O que afirmo é que houve demasiado folclore em volta dos treinos e não houve tranquilidade nas sessões de treino.
Não preciso de lá estar,sabes porquê? Porque todos os treinos foram transmitidos em directo para a televisão e todos foram abertos.
.
Não houve calma e tranquilidade na preparação em Óbidos.

O que isso tem a ver com o treinar ou deixar de treinar? O que digo é que esta não é a melhor forma de treinar. Não é. Não é a mesma coisa para um treinador e para os jogadores estarem a treinar longe dos olhares de público e jornalistas ou treinar com berros de um campo cheio e com todo o folclore à volta do campo de treino.
.
Apenas isso.É uma crítica sustentada.
.
Nada disso tem a ver com resultados.
.
Scolari chegou a uma final do europeu e também fez folclore a mais.Pela tua lógica eu teria ficado mal.Mas o próprio Mourinho ficou mal então,porque o próprio Mourinho na época criticou.
.
Não é a melhor forma de fazer um estágio e de preparar uma equipa.E mesmo que ganhem isso não muda esse facto.
.
Se fosse a melhor fórmula todas as selecções fariam o mesmo,não achas? Nenhuma faz.Maior parte nem faz estágio no seu país,exactamente para fugirem à confusão.
Eu não falei de resultados ou de que Portugal vai perder.Não me viste a dizer isso. Critiquei opções tomadas por P. Bento e a organização do estágio.

Um abraço.