É a pergunta que fica: E se aquela bola tivesse entrado? Minuto 45, Portugal beneficia de um pontapé de canto, João Moutinho bate a bola para a área e Pepe fica com o esférico à mercê. Com toda a convicção, coloca o pé direito na bola e esta bate com estrondo na barra, tocando em cima da linha de golo no movimento vertical que fez.
Praticamente no último lance da primeira parte, Portugal teve a grande possibilidade de conquistar os três pontos na partida. A sorte protegeu os Alemães e voltou a dizer presente ao minuto 72, quando Mario Gómez marca o golo da vitória da Alemanha depois de a bola lhe ter chegado graças a um toque num defesa Português.
Em todo o encontro, a Selecção orientada por Paulo Bento nada ficou a dever à Alemanha e teve nos pés do defesa do Real Madrid a melhor oportunidade de golo do jogo. Foi pena mas os jogadores que vestiram a camisola da Selecção Nacional podem pensar no duelo com a Dinamarca com a consciência tranquila porque tudo fizeram para representar bem Portugal. Mas agora é obrigatório ganhar.
Foi com muita tranquilidade que Portugal entrou em campo e com isso conquistou o respeito da Alemanha. É verdade que os Germânicos na primeira parte jogaram mais dentro do meio-campo defensivo Português, mas outra coisa não se esperava, tendo em conta o poderio das duas Selecções.
A ocupação de espaços foi feita de forma fantástica e com isso os Alemães ficaram impedidos de construir jogo. Portugal, embora com menos posse de bola, tinha o jogo controlado e Rui Patrício raramente era incomodado porque a bola não rondava a área Lusa.
Do ponto de vista ofensivo, porém, faltava algum discernimento. Os jogadores do meio-campo fizeram pouco uso da velocidade de Nani e de toda a técnica de Cristiano Ronaldo e os extremos apareceram pouco em jogo, com Hélder Postiga sempre muito esforçado na frente, mas apenas isso.
Tendo em conta que a Alemanha não criava oportunidades mas que Portugal ofensivamente também não fazia mossa, foi sem surpresa que o intervalo chegou com um empate sem golos, embora aquela bola à barra, Pepe pudesse ter mudado o jogo. Mas agora tudo não passa de exercícios de pura especulação e à Selecção Portuguesa não resta outra coisa que não pensar na vitória sobre a Dinamarca porque o golo da derrota iria surgir na etapa complementar.
Na segunda parte manteve-se a toada da primeira. O respeito entre as Selecções era mútuo e o 0 x 0 parecia difícil de ser desfeito. E antes não tivesse sido porque foi Mario Gómez, o temível avançado Alemão, estabeleceu o resultado final de 1 x 0, dando razão à história que continua a dizer que a Alemanha nunca perdeu no primeiro jogo que fez num Europeu.
Ao minuto 72, a bola bateu num defesa Português antes de chegar até ao avançado do Bayern Munchen e este cabeceou sem hipótese de defesa para Rui Patrício. Estava feito o golo da Alemanha, para alívio de Joachim Low e para desconsolo de Portugal, que se estava a portar tão bem e não merecia tão triste desfecho.
Mas o futebol nem sempre é justo e Portugal ainda tentou mudar isso. Cristiano Ronaldo obrigou Neuer a uma grande defesa, Nani ainda levou a bola à barra e viu Badstuber impedir o esférico de chegar à baliza e Silvestre Varela, depois de um bom trabalho de Nélson Oliveira, não teve a frieza necessária para colocar a bola no fundo da baliza da Alemanha e restabelecer o empate.
Merecia mais a Selecção, sem dúvida. Portugal não mostrou ser inferior à Alemanha mas tal como no Europeu 2008, em que a Selecção Portuguesa foi eliminada pela vice-campeã da Europa nos quartos-de-final, foram os Germânicos quem sorriram no fim.
Retirado de zerozero
Melhor em Campo: Fábio Coentrão
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