A Comissão de Apelo da UEFA decidiu hoje anular a decisão de exclusão do FC Porto da Liga dos Campeões de futebol e remeter o processo para reapreciação na Comissão de Controlo e Disciplina.
A 4 de Junho, este órgão de primeira instância decidiu não admitir o FC Porto na Liga dos Campeões devido a dois actos de tentativa de corrupção na época de 2003/03 pelos quais a Liga portuguesa puniu o tricampeão nacional com perda de seis pontos.
Segundo um porta-voz, a Comissão de Controlo e Disciplina da UEFA vai reapreaciar o processo com celeridade, de forma a que a 1 de Agosto, dia do sorteio da terceira pré-eliminatóra da Liga dos Campeões esteja tudo decidido. O Benfica e o Vitória de Guimarães, chamadas pelo júri de Apelo como partes interessadas, não tinham sido ouvidos na Comissão de Controlo e Disciplina, como acontecerá agora na reapreciação do processo, como explicou João Correia, advogado do Benfica, presente em Nyon, Suíça, na sede da UEFA.
João Correia e Gama Lobo Xavier, representante do Vitória de Guimarães, adiantaram que também será apreciado o argumento do FC Porto segundo o qual a decisão do Conselho de Disciplina da Liga ainda não transitou em julgado. O assessor jurídico da Federação Portuguesa de Futebol, João Leal, convocado para prestar esclarecimentos, na qualidade de perito, manifestou dúvidas sobre o carácter definitvo da decisão da Liga de clubes.
"O resultado desta reunião foi que a decisão de 4 de Junho foi anulada, mas volta tudo à estaca zero. Isto vai continuar. Os dirigentes do FC Porto pensam pela sua cabeça e trabalham de dentro para fora e não de fora para dentro", disse o administrador da SAD do FC Porto, Adelino Caldeira. Os tricampeões portugueses alegam que, apesar de não terem apresentado recurso da decisão da Comissão Disciplinar (CD) da Liga, o acórdão não transitou em julgado. O FC Porto argumenta que o seu presidente, supenso por dois anos pela CD como autor material de dois casos de tentativa de corrupção a árbitros, recorreu para o Conselho de Justiça da FPF e uma eventual decisão favorável a Pinto da Costa pode obrigar à reapreciação do processo relativo ao clube.
A estratégia do FC Porto assenta também na tese de que não pode ser aplicada retroactividade a uma norma que entrou em vigor em Janeiro de 2007 e na comparação deste caso com o da Juventus que foi alvo de sanção idêntica em Itália (calciocaos), sem que lhe tenha sido imposta qualquer sanção pela UEFA. A ilegalidade da utilização de escutas em processos disciplinares é outro grande argumento apresentado.
A eventual exclusão do FC Porto implica a entrada directa do Vitória de Guimarães (3 do campeonato português) na Liga dos Campeões, e a do Benfica (4) na terceira pré-eliminatória, em vez da participação na Taça UEFA. O Sporting, segundo, tinha entrada directa garantida de qualquer forma.
A alínea d) do ponto 1.04 do Regulamento de Competições da Liga dos Campeões determina que, para ser inscrito, um clube "não pode estar ou ter estado envolvido em qualquer actividade destinada a viciar ou influenciar o resultado de um jogo, a nível nacional ou internacional".
Fonte: Desporto - RTP
Mantendo a minha promessa não me vou pronunciar sobre o assunto pelo simples facto de ainda haver muita poeira no ar, incertezas e dúvidas... Apenas vou citar uma frase que uma amiga minha de Curso disse a respeito do Apito Final e não só:
"Vai-se falar muito nisto, mas vai acabar tudo em "águas de bacalhau" e o Futebol Clube do Porto vai á Liga dos Campeões."
Acho que esta frase por si só diz tudo...
Não é Portista quem quer, só é Portista quem pode
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