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Há um circuito pré-determinado, e os juniores vão agora ser emprestados a clubes "estrategicamente escolhidos", e é de entre as dezenas de atletas que já cumpriram essa etapa na época passada que sairão os dois ou três para o plantel principal.
O Projecto Visão 611 tem por objectivo fazer, do FC Porto, o melhor na formação e rendibilização de recursos humanos, e, nesse sentido, todas as épocas haverá, no plantel principal, atletas saídos das camadas jovens. Rui Pedro, Castro e Ventura foram os pioneiros, mas há mais na calha.
A época terminou, e, no plantel dos sub-19, são muitos os que sonham seguir-lhes os passos. No entanto, esse aproveitamento não tem que ser feito necessariamen
te de forma directa. "O Bruno Alves, o Folha, o Sérgio Conceição, o Hugo Almeida, o Ricardo Carvalho e o Hélder Postiga saíram para outros clubes e voltaram ao FC Porto apenas mais tarde. Ganharam experiência e maturidade em equipas com outras exigências.
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Temos tido sucesso com essa fórmula, e é nessa direcção que vamos continuar", garantiu, embora admita que é sua esperança "formar jogadores que possam seguir directamente para a equipa principal".
Luís Castro referiu ainda que o percurso feito pelos atletas obedece a "escolhas estratégicas de clubes e técnicos", feitas por pessoas "atentas e competentes" no sentido de "os ajudar na sua evolução".
Uma Temporada para aprender
Os sub-19 e os sub-17 deixaram escapar os respectivos campeonatos nos descontos. Os mais novos sofreram o golo da derrota contra o Benfica aos 84' - neste escalão, as partidas têm apenas 80 minutos -, enquanto, no sábado, os juniores viram o Sporting marcar o golo do título aos 95', deitando por terra as aspirações na revalidação.
Perante este cenário, os responsáveis pelo futebol mais jovem dos portistas admitem uma "certa desilusão" no balanço da época, ainda que os objectivos não se limitem às vitórias. "Se olharmos apenas aos títulos, já que é nossa intenção formar vencedores e campeões, há uma certa desilusão, porque dois deles fugiram depois da hora", admitiu Luís Castro, o director técnico do Departamento de Formação, que, ainda assim, encontra razões para considerar que a época foi proveitosa.
"O crescimento da equipa foi notório, perspectivando-se um futuro auspicioso", baseado, diz, na "grande estrutu
ra" e "boa ligação ao 'scouting', que tem feito um trabalho de grande competência, encontrando os melhores para se juntarem a nós".
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Luís Castro lembrou que, nas outras camadas de base, em que o título nacional também escapou, "os miúdos ganharam imensos torneios por essa Europa fora, jogando contra equipas de topo". O nível competitivo dessas provas contribuiu para que os atletas "crescessem muito ao longo do ano, dando bons indicadores para o futuro", reforçou.
Fazendo um balanço "positivo" da época, Luís Castro garantiu que o FC Porto "não vai deixar de ser competente" por não ter ganho títulos esta temporada. "O nosso projecto não foi abalado. Em dois anos, temos dois títulos, o Sporting três e o Benfica um. "Não é mau." A terminar, uma palavra para os jogadores. "Foram enormes, com grande dedicação ao emblema que envergaram a cada jogo. E, quando os vejo com esta dedicação, só tenho de lhes dar os parabéns, porque prevejo futuros auspiciosos. Vão fazer grandes coisas", sublinhou.
Não é POrtista quem quer, só é Portista quem pode
1 comentário:
emprestados a clubes "estrategicamente escolhidos",
Gostei dessa. E logo entre parentis, lol.
Fugiu-lhe a mente para alguma coisa?
Cumpts.
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