Estrangeiro, com personalidade e experiente, "ao estilo de Sven Goran Eriksson", é perfil de treinador que Rui Moreira defende para a selecção portuguesa de futebol, que em Setembro começa um novo ciclo, rumo ao Mundial’2010. "O futuro seleccionador deve ser estrangeiro, experiente, com personalidade, imune a pressões de clubes e capaz de refazer uma equipa", disse o presidente da Associação Comercial do Porto, comentando a era pós Luiz Felipe Scolari.
O empresário e crítico desportivo entende que "este não é o momento para ter um treinador português": "Os que podiam ser, não estão disponíveis, nomeadamente José Mourinho, Carlos Queiroz e Jesualdo Ferreira". "Jamais escolheria Manuel José, pois já acho insuportável a lengalenga à volta da sua escolha. Não gosto de choradeira", justificou.
Rui Moreira deseja um seleccionador "com a personalidade de Luiz Felipe Scolari, imune às pressões de “clubites agudas”, mas também com experiência de campo, uma vez que vai ter de refazer um pouco a equipa".
O comentador acha "irrelevante" que o escolhido fale português e revela-se mesmo avesso a nova solução brasileira: "Não acho que seja a melhor, pois nos últimos anos o Brasil não tem produzido grandes treinadores".
A capacidade "táctica de perceber o jogo" é uma das qualidades que deseja ver num seleccionador. "Todos sabemos, não era o forte de Scolari", lembrou. "Ontem, frente à Alemanha (2-3) estivemos muito mal durante parte significativa do jogo. As imperativas correcções tácticas só começaram quando já perdíamos por 2-0. Algo típico em Scolari", exemplificou.
O empresário "não estava à espera” da derrota, “mas sabia que podia acontecer" A derrota frente à Alemanha, na opinião de Rui Moreira, terá ficado a dever-se ao facto de boa parte dos jogadores terem estado abaixo do seu potencial e escolheu o guarda-redes Ricardo, "o pior dos 48 (cada selecção levou três) que foram ao Euro2008", como alvo preferido. "A equipa sucumbiu por ter um muito mau guarda-redes. Era, certamente, o pior dos 48. Viu-se isso na saída em falso no terceiro golo, mas também no primeiro e no segundo, em que não estava bem posicionado. Sofreu muito com os 'mind games' dos alemães", criticou.
Rui Moreira defende que Portugal deveria ter feito marcação à zona nas bolas paradas em vez de individuais e, em termos globais, considerou que os luso-brasileiros Deco e Pepe foram os melhores da selecção, sobrando ainda um elogio para a atitude de Nuno Gomes frente à Alemanha.
Não é Portista quem quer, só é Portista quem pode
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