
O Vitória apresentou-se na primeira parte, e no início do segundo tempo, de uma forma bastante descomplexada, procurando «jogar», e não se remetendo a uma defesa porfiada.
Com uma frente de ataque móvel, pontificando Rodriguez, Hulk e Lisandro como homens mais avançados, o FC Porto tentava chegar ao golo, mas faltava alguma criatividade e alegria nos movimentos Azuis e Brancos.
Mas o minuto 66 acabou com as dúvidas sobre quem seria o vencedor da partida, já que num minuto o FC Porto marcou 2 golos. Primeiro foi Bruno Alves a elevar-se mais alto que os adversários e a inaugurar o marcador. Depois, na sequência de um lance de bola parada no ataque sadino, Hulk recupera a bola e faz uma das suas já conhecidas «correrias» até oferecer o golo a Guarín que, à segunda, bateu o guarda redes adversário e deu a tranquilidade que faltava aos comandados de Jesualdo Ferreira.
A partir deste momento a equipa campeã nacional melhorou a sua produção e o terceiro golo acabou por surgir num movimento bastante interessante, em que Mariano Gonzalez, recebendo um cruzamento da direita, devolveu a bola para Lucho Gonzalez rematar de primeira.
A equipa do Setúbal continua com bastante dificuldade em bater o FC Porto em sua casa, remontando já a 25 anos a última vitória sobre a equipa da Cidade Invicta.
Ficha de Jogo:
Liga Portuguesa 2008/09 - 11ª jornada 6 de Dezembro de 2008
Estádio do Bonfim, em Setúbal
Árbitro: Jorge Sousa (AF Porto)
Assistentes: José Ramalho e António Vilaça
4º Árbitro: Nuno Roque
V. SETÚBAL: Pedro Alves; Janício, Anderson, Robson e Cissokho; Hugo, Ricardo Chaves «cap.», Leandro Lima e Mateus; Bruno Gama e Laionel
Substituições: Bruno Gama por Leandro Branco (57 min), Laionel por Leandro Carrijo (69 min) e Hugo por Elias (69 min)
Não utilizados: Bruno Vale, Bruno Ribeiro, Auri e Regula
Treinador: Daúto Faquirá
F.C. PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Lino; Fernando, Tomás Costa e Lucho «cap.»; Lisandro, Hulk e Rodríguez
Substituições: Tomás Costa por Guarin (57 min), Rodríguez por Mariano (68 min) e Hulk por Sektioui (82 min)
Não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Benítez e Farías
Treinador: Jesualdo Ferreira
Ao intervalo: 0-0
Disciplina: Cartão amarelo a Laionel (30 min), Tomás Costa (35 min), Cissokho (71 min), Mateus (85 min), Fucile (87 min)
Marcadores: Bruno Alves (66 min), Guarin (68 min) e Lucho (80 min)
Não é Portista quem quer, só é Portista quem pode
1 comentário:
Começando pelo fim: vitória justa, com um resultado exagerado e uma exibição fraca do F.C.Porto.
Na 1ªparte foi um Tricampeão macio, abúlico, incapaz de pressionar, de dar intensidade ao jogo, de ter bola, de se organizar e que pode dar-se por satisfeito, de ter chegado ao intervalo empatado.
Na segunda metade houve uma melhoria, pequena, muito pequena e até ao golo o F.C.Porto tinha feito pouco para justificar a vantagem. Depois do um a zero e como o dois a zero surgiu logo a seguir, as coisas tornaram-se fáceis e ainda deu para ampliar a vantagem e dar uma ideia de facilidades que nunca aconteceram.
Para mim não está tudo bem quando acaba bem. Ganhamos e normalmente tendemos a esquecer o resto. Eu não esqueço, porque foi por jogarmos assim que já tivemos alguns dissabores que não estavam nos nossos planos. Temos gente para jogar melhor, mas principalmente, devemos encarar estes jogos com outro espírito, sob pena de voltarmos a ter mais desilusões.
Tomás Costa mostrou que não é jogador para jogos em que é preciso ter bola, organizar e criar. O argentino é mais um jogador de luta, de marcar e fechar bem, que como já se viu, pode ser muito importante em jogos com outras características.
Guarín, foi o único que se deu ao trabalho de fazer um sprint de 50 metros para dar uma linha de passe a Hulk no lance do segundo golo.
Onde estava Lisandro?
Hulk, tiremos o chpéu a Pinto da Costa quando disse que iriamos ter uma surpresa que nos ia alegrar muito.
Cada jogo é mais importante e ontem foi o único capaz, no pior período do F.C.Porto, de levar algum perigo ao último reduto sadino.
Um abraço
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