quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Jesualdo Ferreira: «Este é um ano que me está a dar muito gozo.»

À espera de um adversário complicado, Jesualdo Ferreira insere o desafio frente ao Vit. Setúbal, este sábado, às 20h30, no Bonfim, numa série de encontros que pretende vencer antes de chegar o fim do ano. Confiante na resposta positiva da equipa azul e branca, o técnico do F.C. Porto garante uma atitude «nos limites» dos seus jogadores, que permita fazer face às diferentes condicionantes de jogo aguardadas.

Vit. Setúbal moralizado
«Sabemos que vamos encontrar muitas dificuldades neste encontro. O Vitória está moralizado pelo resultado que alcançou no Estádio da Luz e, à semelhança de qualquer equipa que defronta o F.C. Porto, vai estar muito motivado. Este jogo apresenta alguns factores condicionantes diferentes, nomeadamente o tempo, com vento, frio e o terreno molhado, que podem dificultar ainda mais a nossa tarefa. Em suma, este é um jogo de grau de dificuldade elevado».

Atitude nos limites
«Tendo noção de que vamos ter um jogo complicado, também podemos garantir que a nossa atitude vai ser a de jogar nos limites, sobretudo porque sabemos que temos três jogos para vencer no campeonato até ao final do ano, de modo a podermos aproximar-nos do nosso objectivo, que é estar na frente da classificação. Este é um período de gestão táctica, sobretudo, e de observação precisa do momento dos jogadores. Temos tudo programado no sentido de chegarmos ao jogo com o Marítimo com todos os jogadores em boas condições, com o objectivo de garantirmos níveis de capacidade bons para que a perda seja menor durante a paragem do fim de ano».

Lucho jogador de equipa
«Quando há três semanas ganhámos em Kiev com um golo de Lucho, que acabou por ser expulso, dizia-se que a falta dele no encontro de Istambul seria muito negativa para o F.C. Porto. Depois de ganharmos ao Fenerbahçe, a questão passou a ser outra e o Lucho passou a já não estar bem, a sua presença passou a ser questionada. Desde que está no F.C. Porto, o Lucho tem vindo a ter uma constância em termos de presenças e, esta temporada, tem vindo a fazer um trabalho diferente do da última época, sobretudo em prol da equipa. Por razões de coesão da equipa, trabalha de forma diferente. O Lucho é um grande jogador de equipa e, a nós, cabe-nos a tarefa de fazermos a gestão do grupo, sob o ponto de vista físico, técnico, táctico e social».

Potenciar capacidades de Hulk
«Li as declarações de Hulk e achei-as muito interessantes. É verdade que não lhe “puxei as orelhas”, porque a primeira coisa a não fazer quando um jogador novo chega a uma equipa é retirar-lhe os seus atributos, retirar-lhe as características que tem e traz para a equipa. O que devemos procurar é potenciar as suas capacidades e colocar-lhe propostas alternativas, de forma a integrá-lo nos processos da equipa. Quando ele entender o jogo, quando estiver no patamar que queremos, em que o detalhe faz a diferença, aí sim, poderá surgir a oportunidade de lhe “puxar as orelhas”».

Ano de muito gozo
«Este é um ano que me está a dar muito gozo. Sabemos que as avaliações ao nosso trabalho são feitas em função das intenções de quem avalia. Para mim, o facto de o F.C. Porto ter conseguido alcançar a qualificação para a próxima fase da Champions é um atestado de competência ao trabalho dos jogadores e de todas as pessoas que trabalham com a equipa. A cultura de exigência do F.C. Porto é fundamental para o clube continuar a ganhar, independentemente do que se passa noutros lados».

Não é Portista quem quer, só é Portista quem pode

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