Já há muito que não analiso aqui este tema, e quando o faço geralmente um certo grupo de adeptos Portistas não gosta que o faça, mas o problema que vou aqui novamente expor é de uma gravidade atroz, e não é pelo facto de o Futebol Clube do Porto estar a ganhar que devemos assobiar para o lado e fazer de conta que não se passa nada.
Com toda certeza de que todos se lembram da Direcção Azul e Branca ter apresentado com pompa e circunstância um projecto revolucionário que iria reformular o nosso Clube. Este projecto tinha (e penso que na imaginação de muitos ainda terá) como grande objectivo recolocar o Dragão como o grande formador de talentos futebolísticos que foi noutros tempos. Este projecto foi baptizado de Dragon Force e tinha como principal objectivo iniciar uma prospecção de jovens que saibam jogar á bola a nível nacional por forma a que apareça outro Vítor Baía, Fernando Couto, Jorge Costa, Paulinho Santos, André, Jaime Magalhães, João Pinto, António Sousa, Frasco, Fernando Gomes, Domingos, Semedo, Lima Pereira, etc. Uma consulta ao Site Oficial dos Dragões permite-nos ter uma ideia do que é este tal Dragon Force.
Salvo erro da minha parte, este projecto “inovador” arrancou em 2008 e até á data ainda não se viu nenhum resultado prático de tanto dinheiro investido em campos de treinos, clínicas e campos de férias. Tirando a época actual, a política que os Dirigentes Azuis e Brancos têm seguido no que a Jogadores diz respeito é a de gastar milhões em estrangeiros de qualidade duvidosa e que depois são tremendamente difíceis de se revender. Prediger, Valeri, Tomás Costa, Mariano Gonzalez, Leandro Lima, e mais recentemente Souza e Walter são o exemplo de dinheiro deitado fora com passes de jogadores cuja qualidade é tão baixa que não servem para o Clube e que ninguém os quer. E no que diz respeito a alguns deles a Direcção foi bem avisada sobre o flop que poderiam ser.
Salvo erro da minha parte, este projecto “inovador” arrancou em 2008 e até á data ainda não se viu nenhum resultado prático de tanto dinheiro investido em campos de treinos, clínicas e campos de férias. Tirando a época actual, a política que os Dirigentes Azuis e Brancos têm seguido no que a Jogadores diz respeito é a de gastar milhões em estrangeiros de qualidade duvidosa e que depois são tremendamente difíceis de se revender. Prediger, Valeri, Tomás Costa, Mariano Gonzalez, Leandro Lima, e mais recentemente Souza e Walter são o exemplo de dinheiro deitado fora com passes de jogadores cuja qualidade é tão baixa que não servem para o Clube e que ninguém os quer. E no que diz respeito a alguns deles a Direcção foi bem avisada sobre o flop que poderiam ser.
Por outro lado, por parte de quem dirige o Clube, tem existido um constante desperdiçar de jovens talentos que a cantera Portista vai formando. Custa-me imenso ver o Hélder Barbosa a marcar golos ao serviço do Sporting Clube de Braga, ver Ukra a chegar a Braga e alcançar logo a titularidade, saber que Castro está a dar cartas em Espanha, que Paulo Machado é somente o Melhor Jogador Estrangeiro a actuar na Liga Francesa, que André Pinto e Candeias sejam apenas os Melhores Jogadores do Portimonense e que marquem golos decisivos e que Ventura vá fazendo defesas que fazem recordar Vítor Baía.
Sempre conheci o Futebol Clube do Porto como um Clube formador de Campeões. Foi com uma Equipa quase toda composta por jogadores da formação Portista que o nosso Clube alcançou a sua primeira Final Europeia ante a Juventus e que mais tarde conquistou a Taça dos Clubes Campeões Europeus em Viena no já distante ano de 1987. Depois surgiram nomes que nasceram no Clube e que brilharam na história mais recente do FC Porto, tais como Vítor Baía, Jorge Costa, Ricardo Costa, Ricardo Carvalho e Hélder Postiga que com Mourinho no comando deram ao nosso Porto uma Taça UEFA e uma Liga dos Campeões.
Hoje em dia o que eu e muitos outros vamos vendo (com imensa pena e receio porque não é só o Sporting Clube de Portugal que anda a formar talentos para os outros) é um Dragão que tem uma Dragon Force infértil. Este casal não parece ter um casamento feliz e a questão que se coloca é que se vale mesmo a pena investir tanto dinheiro numa formação que parece nunca dar resultados nem a curto nem a longo prazo, uma vez que certos interesses, e carteiras de outrem, exigem que o actual cenário se mantenha. E ainda há quem tenha a distinta lata de bater palmas a isto…
3 comentários:
"Vítor Baía, Jorge Costa, Ricardo Costa, Ricardo Carvalho e Hélder Postiga"
Desses poucos passaram directamente das camadas jovens para para o plantel principal.
O Ricardo Carvalho emprestado ao Leça, ao Setúbal e ao Alverca.
O Jorge Costa ao Penafiel e ao Marítimo.
O Ricardo Costa no Porto B alguns anos.
O Postiga pelo Porto B e uma passagem pelo Tottenham.
Daniel eu não estou a dizer o contrário.
O que eu tenho visto, e com muita pena, é que os Jogadores como o Ukra são emprestados para nunca mais voltarem e os que cá ficam são quase todos ao estilo do Mariano.
É um erro recorrente de quem costuma tentar contradizer este meu pensamento o de achar que eu defendo que os Jogadores devam vir da Academia para o Plantel Principal.
O que eu defendo é que estes sejam formados, rodem onde tenham de rodar e que depois sejam aproveitados e não oferecidos de bandeja como tem sido hábito nos últimos tempos.
Cumprimentos.
Mais um texto conscientemente escrito. Haja sentido crítico!
Nem mais , nem menos. A medida certa.
Parabéns!
En passant!
Enviar um comentário