O Passado, o Presente e o Futuro da Era Vieira

O PASSADO RECENTE

2007 - “No princípio era o verbo”, ou seja, o blá, blá, blá, este ano é que vai ser, Joe Berardo disse que vinham aí os Chineses com milhões para investir (versão que viria a ser retomada por Paulo Futre, anos mais tarde), José Veiga trouxe paletes de jogadores, um flop total. Fernando Santos e Camacho tiveram que aguentar a meias, enquanto o nosso clube já pensava no Tetra.

2008 – Rui Costa entra para a SAD, contrata Quique Flores mais uma camioneta de sobras dos clubes Espanhóis, pagos a peso de ouro. Até foram buscar Makukula, o senhor 4 milhões, mas os resultados não aparecem e mandam Quique de vela.

 2009/2010 – Vão a Braga roubar, desta vez não jogadores, mas o próprio treinador, o conhecido “rebenta com os atletas”, e cozinham um suculento prato: colocam um taberneiro na Liga, juntam-lhe dois nabos, um vaidoso na Disciplina e um tratador de cãezinhos amestrados para a Arbitragem. Misturam tudo muito bem, levam ao túnel, deixam coser em forno lento e VOILA, ganharam a Liga na última jornada.

O PRESENTE

2010/2011 – Desta vez, com o nosso Clube bem apetrechado, e a novidade Villas-Boas, tirada do chapéu de Pinto da Costa, o campeonato tem sido um passeio. Os sócios da “instituição” já olham de lado para o papa-pastilhas, as suas opções na formação da equipa são contestadas, se falha a Liga Uefa, fica ligado à máquina. Já se anunciam despedimentos no plantel, nomeadamente dos atletas em fins de contrato, e a solução mágica de ir buscar ilustres desconhecidos ao preço da chuva.

Como a conquista do Campeonato na época passada ficou muito cara à Tesouraria, e ao contrário do que diz o asqueroso “rui qualquer coisa da silva”, a “instituição” não têm dinheiro nem para mandar cantar um cego e lá andam outra vez pela Europa fora com o catálogo debaixo do braço a tentar despachar as poucas pérolas que ainda sobraram do plantel campeão. Tirando Fábio Coentrão, uma agradável surpresa, o resto é lixo tóxico. Os ordenados dos jogadores são elevadíssimos, aos quais é preciso acrescentar dezenas de exilados no aviário do Seixal e outras dezenas espalhados pelos clubes amigos, aliás sem grande êxito. Basta ver o que se passou com o Desportivo de Fátima na Liga de Honra para onde despacharam no início da época um plantel inteiro, e que está em sérios riscos de descer de divisão. A venda de algum jogador, além de enfraquecer o plantel, como aconteceu com as vendas de Di Maria, Ramires e David Luiz, não chega para a cova dum dente. É que, por cada um que sai, entram logo três ou quatro.

O FUTURO PRÓXIMO

Com a previsível melhoria do seu rival de sempre, o vizinho do outro lado da 2ª Circular, a instituição vai ignorar essa rivalidade, e continuar a passar a ideia aos seus aliados dos pasquins da Capital que o seu principal adversário é o Futebol Clube do Porto. Puro engano, nós estamos um patamar acima. A sucederem-se os disparates dos comunicados e a falta de desportivismo patenteados por esta Direcção, e a avaliar pelos textos de alguns bloguistas seus apaniguados, palpita-me que o estado de graça já passou e os sócios vão começar a exigir mais resultados e menos conversa. Lá vem aí mais um empréstimo, pomposamente denominado “papel comercial”, uma forma de enganar os parolos que ainda acreditam na viabilidade económica daquele Grupo e aumentar o Passivo para números inimagináveis. Desde os 83.996M€ em 2002 e depois de ganhar apenas 2 Ligas, ambas com batota, (em 2004/2005 o Algarvegate e em 2009/2010 a Liga dos Túneis) o Passivo aumentou mais de 5 vezes, aproximando-se perigosamente duma viagem sem regresso. Aliás neste momento, duvido que alguém lhes empreste um euro. O Capital Social é uma miséria, os Activos não são facilmente vendáveis, os Proveitos já foram sendo recebidos por conta, os jogadores estão todos hipotecados a Bancos ou a Fundos, devem ter um rating de 3 zeros abaixo de cão.

Com jogadores com mais de 30 anos (Luisão, Luis Filipe, César Peixoto, Aimar, Weldon, e o tão mal amado Nuno Gomes), que não auguram o interesse dos grandes clubes compradores, a solução é entrar já num período de saldos com ofertas em pacotes.

De positivo para o nosso Clube, além do retorno natural às vitórias na Liga, há mais uma certeza: Jorge Jesus nunca será nosso treinador, detestamos carroceiros. O General já deve estar a pensar como o há-de despachar, bem como no futuro dum dos maiores barretes que chegou à “instituição”, o gigantone Roberto. Contra nós no Domingo, sofreu um golo que nem os meninos das escolas C+S sofrem. Quem sabe se abrir uma loja de frangos na freguesia de Benfica, possa ser a solução.

Foto montagens de JOSE LIMA

Até para a semana.