quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O Dragão de Ouro de Villas-Boas e a Montanha Russa de Vítor Pereira

Tem sido interessante ler algumas opiniões sobre a atribuição do Dragão de Ouro de Melhor Treinador a André Villas-Boas. Um sector mais radical da Família Portista sente-se ultrajada com tal distinção e descarrega as suas emoções através do mais diverso calão que a Língua Portuguesa conhece, outros estavam á espera de que Pinto da Costa atribuísse em directo uma espécie de perdão a AVB e agora já perdoam ao jovem Treinador a sua saída do Reino do Dragão e outros acham esta distinção normal e mais do que justa tendo em conta o que o agora Treinador do Chelsea fez ao serviço do FC Porto. 

Sem querer ofender ninguém e muito menos atropelar a opinião seja de quem for, tanto os radicais como os que vêem no Presidente dos Portistas uma espécie de Deus estão a ser de uma injustiça tremenda e até me atrevo a dizer que pecam pelo facto de escreverem com o coração e não com a razão. Na única temporada em que André Villas-Boas esteve á frente da equipa Azul e Branca (tendo vindo de uma Académica onde pouco mais fez do que por a equipa do Centro do País a jogar bom futebol e a garantir a manutenção desta) este ganhou tudo o que havia para ganhar a nível interno e externo, para além de que colocou Jogadores “cepos” como o Guarín a jogar bom Futebol, conseguiu sagrar-se Campeão Nacional no Estádio da Luz e qualificou a equipa Azul e Branca para a Final da Taça de Portugal também no Estádio da Luz depois de ter perdido em casa. E isto para não falar na excelente campanha que fez na Liga Europa e de ter feito de Falcão o Melhor Marcador de sempre das Competições Europeias.    

Resumindo e concluindo, não existe pior cego do que aquele que não quer ver, e apesar de André Villas-Boas ter deixado o FC Porto da forma que deixou, todos nós Portsitas temos a obrigação de estar eternamente gratos a este Treinador e de lhe atribuir com a mais inteira justiça o Dragão de Ouro de Melhor Treinador. Tudo o resto é música para encher o ouvido.

Mas se André Villas-Boas mereceu ganhar um Dragão de Ouro pelo que fez ao serviço do Futebol Clube do Porto, Vítor Pereira merece ganhar uma Montanha Russa pelo estado em que colocou a equipa e pelos resultados que tem conseguido. Actualmente o Dragão tanto ganha um jogo numa semana como a meio desta empata em casa ou fora. E o pior é que de comum às vitórias e empates está sempre aliada uma má exibição e uma falta de jogo colectivo que preocupa qualquer Adepto Azul e Branco.

Não vou aqui colocar-me a fazer análises tácticas e muito menos a crucificar um Treinador que sei que devido á manifesta teimosia de Pinto da Costa vai ficar no Dragão até ao fim da Época. Não vale a pena. Maçaria quem me está a ler e acima de tudo iria repetir um discurso que já ando há muito a utilizar. Todos sabem que eu no inicio das hostilidades dei o meu benefício da dúvida a VP e seus pares e que entretanto deixei de acreditar neste como Treinador Principal do FC Porto.

È como diz o Povo “ainda muita água vai correr por debaixo da Ponte”, e como tal vamos indo e vamos vendo, mas nada me fará mudar de opinião acerca da pouca capacidade de Vítor Pereira e restante equipa Técnica de comandar a nau Azul e Branca.

E já agora, a analise aos nº do desempenho de Vítor Pereira fazem-se no final da Temporada e não no inicio ou no meio, pois quando começam todos são os melhores e grandes Campeões, mas no final de tudo é que se fazem as verdadeiras contas.

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