terça-feira, 9 de abril de 2013

Trave, Poste, Quim, Autocarro e no final Kelvin resolve

Aquilo que era um cenário impensável antes do jogo, aconteceu, com Kelvin a tornar-se no mais recente herói do FC Porto após marcar dois golos na vitória sobre o SC Braga por 3 x 1.
Os Azuis e Brancos estiveram a perder no Dragão, depois de Alan ter colocado o SC Braga na frente do marcador. James Rodríguez ainda empatou no decorrer do primeiro tempo mas foram muitas as dificuldades que os Bicampeões Nacionais sentiram para dar a volta. Os golos do triunfo apenas surgiram na etapa final e foram ambos marcados por Kelvin, jogador que mantém os Azuis e Brancos agarrados ao título.
Com o triunfo suado sobre o SC Braga, que sze apresentou mais defensivo do que é habitual, o FC Porto continua a quatro pontos do Benfica e mantém-se vivo na luta pelo Campeonato. Por sua vez, os Bracarenses estão mais longe do terceiro lugar, ficando a três pontos do Paços de Ferreira.
Para a recepção ao SC Braga, Vítor Pereira não reservou qualquer surpresa no 11 inicial, lançando, como se esperava, Maicon e Defour no lugar dos castigados Mangala e Izmaylov. No entanto, José Peseiro não seguiu o mesmo prisma e desde logo apresentou uma equipa sem uma referência ofensiva na área adversária. Carlão e Zé Luís ficaram no banco de suplentes e Mossoró foi o atleta mais adiantado no terreno do lado dos Arsenalistas.
O jogo começou morno, sem ocasiões de golo. O FC Porto, com mais bola e através de passes longos, procurava ter o controlo da partida perante um SC Braga bastante organizado e que não deixava os jogadores Azuis e Brancos surgirem com perigo na sua área. Ainda assim, nos primeiros 15 minutos as melhores ocasiões foram dos Dragões. Primeiro, Jackson Martínez rematou ao lado e depois foi Lucho, através de um remate de primeira, a obrigar Quim a uma fantástica defesa.
Na expectativa de ver o adversário falhar, o SC Braga preocupava-se em defender bem e sair rapidamente para o contra-ataque. Aos 20 minutos teve a primeira grande ocasião de golo, com Otamendi a oferecer a bola a João Pedro, mas o número 7 Bracarense, isolado, permitiu que Helton brilhasse e, com uma bela defesa, mantivesse o nulo no marcador.
No entanto, o resultado manteve-se 0 x 0 por apenas mais dois minutos, pois Alan inaugurou o marcador ao minuto 22. Após o aviso de João Pedro, o Capitão da equipa visitante combinou bem com Mossoró e com um remate em arco colocou o SC Braga na frente.
Os Bicampeões Nacionais sentiram o golo. Apesar de terem mais posse de bola, não conseguiam incomodar a defesa do SC Braga, que tinha quase sempre dez jogadores atrás da linha do esférico (apenas Mossoró ficava mais à frente). A troca de bola que os comandados de Vítor Pereira praticavam era feita nas zonas mais interiores do terreno e a falta de exploração das alas tornava o jogo do FC Porto mais previsível. Além disso, só Jackson Martínez na área não chegava para uma dupla de centrais tão compacta como estava a ser a dos Minhotos, composta por Nuno André Coelho e Santos.
Mas tudo mudou aos 37 minutos. O FC Porto acelerou o jogo e sem conseguir penetrar na área adversária, James Rodríguez arriscou o remate de fora da área. Para os Azuis e Brancos, em boa hora o fez porque o disparo saiu dos pés do Colombiano sem qualquer hipótese de defesa para Quim.
Os Bracarenses tremeram, os Dragões cresceram e até podiam ter ido para o intervalo em vantagem, tendo estado perto do segundo golo por intermédio de James Rodríguez e Jackson Martínez.
Apesar de ambas as equipas quererem os três pontos, a pressão era notoriamente maior sobre o FC Porto (a forma como Quim demorava nas reposições de bola mostravam isso mesmo). Ainda assim, os Dragões começaram a segunda parte sem conhecerem o antídoto para levar a melhor sobre a muralha defensiva do SC Braga.
Logo no começo da etapa complementar, Custódio, com um cabeceamento fraco após canto cobrado por Hugo Viana, foi quem esteve mais perto de marcar, mas a defesa de Helton foi fácil. E essa jogada de relativo perigo foi o melhor que se viu do ponto de vista ofensivo até aos 66 minutos.
O FC Porto, tal como na primeira parte, teve mais posse de bola perante uma equipa do SC Braga remetida à defesa mas consciente de que a estratégia mais conservadora que estava a utilizar criava ansiedade e nervosismo nos jogadores e adeptos adversários.
Vítor Pereira não gostava do que via e aos 62 minutos procurou dar mais velocidade ao jogo da sua equipa, lançando Atsu para o lugar de Defour. A alteração, além de dar mais velocidade, visava explorar com mais frequência o jogo pelas alas mas foi de bola parada que os da casa estiveram mais perto de marcar. Ao minuto 66, James cobrou um livre e Otamendi, mais alto do que os adversários, cabeceou à barra.
Por seu lado, José Peseiro trocou Mossoró por Carlão e sem mexer no esquema adoptado para esta partida viu o avançado Brasileiro, depois de uma perda de bola do meio campo do FC Porto, a ter uma oportunidade para fazer o segundo golo, mas o remate saiu fraco e às mãos de Helton.
Sem surpresa, era preciso recorrer ao espírito de sacrifício mas também ter a sorte do lado para o SC Braga tentar segurar o empate no Dragão. Com o jogo a aproximar-se do final, o FC Porto começava a arriscar e faltou-lhe a sorte aos 76 minutos, altura em que Alex Sandro rematou com estrondo à barra, pouco depois de James Rodríguez ter visto Santos desviar para canto um remate acrobático que ia em direcção à baliza de Quim.
Após ter lançado Christian Atsu, Vítor Pereira, apesar de ter Liedson no banco, decidiu fazer entrar Kelvin em jogo e não podia ter tido melhor opção. O jovem entrou aos 76 minutos para o lugar de Lucho e precisou apenas de seis minutos para se estrear a marcar com a camisola do FC Porto e colocar a sua equipa na frente do marcador pela primeira vez.
Mas não o jovem Brasileiro estava endiabrado e após ter marcado o primeiro com um remate de fora da área, Kelvin, apenas dois minutos depois, fechou as contas do resultado e fez o 3 x 1 final com um excelente remate de primeira que só parou no fundo da baliza de Quim.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Kelvin

1 comentário:

Unknown disse...

O Jogo já se sabia que iria ser bastante sofrido, mas penso que ninguém esperava um Braga com esta forma de jogar.

Infelizmente qualquer equipa que jogue contra o Porto nunca se abre e retrai o seu jogo em função do Bi-Campeão Nacional. Respeito? Medo?

Não sei, mas que se retraem lá isso retraem...

Grande Abraço.

http://covil-do-dragao.blogspot.pt/