O FC Porto perdeu os primeiros pontos em casa perante um Nacional atrevido e que conseguiu aproveitar a apatia Portista registada após o golo de Jackson Martínez. Os Azuis e Brancos perderam margem de manobra para o Benfica e para o Sporting e somou o segundo jogo consecutivo sem vencer para o Campeonato.
Paulo Fonseca promoveu Herrera novamente à titularidade, deixando Steven Defour no banco de suplentes, onde também estiveram Quintero, Reyes, Licá ou Carlos Eduardo. Num onze muito parecido com aquilo que tem sido hábito nos Azuis e Brancos, o estilo e o ritmo de jogo adivinhava-se semelhante
Do outro lado, Manuel Machado apostou num ataque composto por Mario Rondón, Daniel Candeias e Djanini, à frente de um conjunto muito compacto e que dava primazia à segurança defensiva.
O FC Porto entrou melhor e com um bom pendor ofensivo. Sob a batuta de Lucho, a equipa de Paulo Fonseca mostrava um bom ritmo de jogo e bons desenhos tácticos, diante de uma equipa encolhida.
Os primeiros 16 minutos contaram com cinco oportunidades de golo, todas para a equipa do Dragão, só que ou Gottardi, ou o desacerto impediram que a rede fosse balançada pela primeira vez.
Jackson Martínez e Silvestre Varela eram os jogadores em maior evidência pelo desperdício, o que, com o decorrer do tempo, viria a resultar em alguns assobios por parte da exigente plateia do Dragão.
Por outro lado, o Nacional esperava e, sorrateiramente, lançava investidas perigosas, só que, há excepção de Candeias, os jogadores foram parecendo muito precipitados no passe. O ex-FC Porto foi o mais atrevido e o mais esclarecido da equipa no primeiro tempo, o único a conseguir realmente incomodar Helton.
A primeira parte via os minutos crescerem e a qualidade de jogo diminuir (com excepção de Josué, que ia cortando com a monotonia), de forma inversamente proporcional, pelo que, no final dos primeiros 45 minutos, a inquietação era a sensação que imperava nos adeptos da casa, que se despediram com alguns assobios para os jogadores no recolher aos balneários.
Assobiado foi também o árbitro Carlos Xistra, por dois lances em que o FC Porto pediu grande penalidade no primeiro tempo, se bem que o Juíz decidiu bem em ambos os casos ao mandar jogar.
A segunda parte preparava-se para ser da mesma toada por parte dos Azuis e Brancos: controlo e desperdício. Só que Jackson Martínez, que tinha marcado apenas um golo nos últimos cinco jogos, decidiu brilhar de cabeça.
O Colombiano viu Danilo cruzar de forma exemplar e ganhou nas alturas a Mexer, para desviar de forma vitoriosa para o fundo da rede. Bonito golo de Jackson, a abrir o marcador.
Num atordoamento momentâneo (pois Manuel Machado estava em plena dança das substituições), a equipa Insular esteve muito perto de voltar a sofrer logo a seguir, só que Lucho, recebendo uma bola a meia altura vinda da esquerda, atirou à vontade na zona de penálti, mas de forma enroscada, resultando no falhanço da noite.
Após os 60 minutos, e com o jogo frente ao Austria Wien no pensamento, os Azuis e Brancos baixaram o ritmo de jogo a meio campo e foram prendendo a bola sempre que possível.
Pelo meio, o Nacional ensaiava ataques com um ataque renovado, composto por Mateus, Lucas João e Diego Barcellos, só que a clarividência também era pouca, num jogo que arrefecia ao sabor do frio da Invicta.
Porém, o adormecimento viria a ser prejudicial para a equipa da casa, já que, num rápido lance de ataque dos Nacionalistas, Mateus fez uma maldade a Danilo, atirou para a baliza, Otamendi tirou no limite e Rondón fez a recarga com sucesso.
Balde de água muito fria no Dragão, que assistiu a uma pronta reacção da equipa de Paulo Fonseca, só que sem efeitos práticos, mesmo já com Quintero e Licá em campo. Jackson teve a oportunidade soberana já nos descontos, só que Gottardi foi enorme a negar o golo com o seu braço esquerdo.
O empate faz com que os Dragões perdessem terreno para o Benfica, que bateu o SC Braga pela margem mínima. O Nacional confirmou o bom momento e colou-se ao Estoril no quinto posto.
Retirado de zerozero
Melhor em Campo: Lucho Gonzalez
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