sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Crónicas de Maldizer

Escreveu MST na BOLHA dia 26 Novembro:
 
“Razões de trabalho mantiveram-me no Brasil durante 15 dias”. Tem graça! Sempre o imaginei a fumar charuto, emborcar uns Chivas, escrever baboseiras na BOLHA às terças-feiras, ou a caçar javalis. Pensava que por coincidência, próximo do Natal, escrevia uns calhamaços para se divertir, mas não. Fiquei a saber que o homem trabalha! Até viu por lá o Suécia x Portugal.
E continua: “Por falar em Brasil, é com grande apreensão e tristeza que tiro uma conclusão daquilo que vi no Rio, em Salvador e no Recife, nestes dias: em minha opinião (e oxalá me engane), o Brasil não está preparado para um Mundial daqui a sete meses. Não é só a questão dos estádios estarem ou não estarem prontos, e até acredito que, mal ou bem, estarão. É tudo o resto, essencial a nível de infra-estruturas: o trânsito, em qualquer das três cidades, é caótico a qualquer hora do dia; falar para o estrangeiro (para Portugal, pelo menos), enviar ou receber mensagens, continua o pesadelo de sempre; e levantar dinheiro nas caixas multibanco com um cartão estrangeiro é uma saga incompreensível”. Com todos estes problemas, não percebo o que o homem anda a fazer no Brasil, mas está bem. Quem corre por gosto não cansa.
Fiquei a saber o motivo do homem ter falhado o habitual vómito na BOLHA na semana do internamento do senhor Pinto da Costa. Quem diria! Qual satélites de comunicações com órbitras geoestacionárias, qual carapuça! Nem o pobre do Skype no hotel devia funcionar. “Falar para o estrangeiro é um problema”. Chutou o comentário para canto, foi o que foi. Porventura até terá escrito dois. Um para se “a coisa” corresse bem… e outro para se corresse mal. A “coisa” era o prognóstico do “incidente” no hospital, claro. Se corresse “bem”, como correu, não dava trabalho. Bate-chapas e tinta Robbialac! Se corresse mal, lá vinha um panegírico cheio de memórias boas, “as conquistas internacionais, as centenas de troféus ao longo dos 30 anos”, a hipocrisia feita sermão de paróquia, como todos os anos em Maio.
 
“No Brasil ainda, apanhei a transmissão em directo do jogo do FC Porto com o Nacional e constatei que no futebol a sorte também conta e muito como se viu, aliás, pela forma como Benfica e Sporting venceram os seus jogos deste fim-de-semana”. Afinal sempre existem comunicações, digo eu.
Esta semana escreve outro vómito no dia 3 de Dezembro) atingindo o apogeu. Finalmente o alibi para atacar o nosso clube tinha chegado. A caravana, recebida como se sabe com vistoso fogo-de-artifício ainda mal tinha acabado de regressar de Coimbra trazendo a bordo a cambada que trabalha em campo, massagistas, atletas, treinadores, médicos, e toda a estrutura, incluindo o Conselho de Administração, Órgãos Sociais e demais família (esta cheira a anúncio funerário, desculpem lá o cheiro a incenso). O homem abre outra Chivas, arregaça as mangas, mordisca um Havano e ala que se faz tarde, “agora é que vai ser descascar naqueles incompetentes”.
 
Ninguém ficou incólume. Perdão! Ficou um. Na terminologia do amigo Jorge do Porta19 todos levaram na testa o rótulo de Baronis excepto o Treinador. Só, triste e humilhado, no entender daquela eminência parda, “o menos culpado de tudo, a culpa é de quem o contratou”. As desculpas esfarrapadas de “quando aqui chegou já cá estavam todos” não colhem, digo eu. Quem chegou do Paços ou do Estoril, por certo foi com o conhecimento de Paulo Fonseca. Não nos atire areia para os olhos. Já basta o cheiro a charuto!
 
Então qual seria a solução que o pasquineiro apresenta? Fácil! Da cambada ia tudo embora. Direcção e treinador também. Perguntam os nossos amigos: E quem vem a seguir? Aqui é que a porca, torce o rabo. O homem fala vagamente, como perfil ideal, em dois nomes que já nos deixaram: Bobby Robson e Carlos Alberto Silva. Dos que andam neste rectângulo à beira-mar plantado, nem pensar “tem que vir alguém de fora”! Pergunta o macaco: Para treinar quem? A menos que esteja a pensar no regresso dos seus favoritos: Vieirinha, Paulo Costa, Candeias, Castro, Quaresma…
 
A terminar lá vem a cegarrega dos milhões do Passivo. “Apesar dos 70 milhões com a venda de Moutinho e James, o FC Porto, fechou as contas da época anterior apenas com 20 milhões de lucro, e no primeiro trimestre da nova época já acumulou 10 de prejuízo: isto não é sustentável”. Imaginem! Quando o conjunto dos dois circos da segunda circular (Clube+Sad) fecharam o ano com mais de mil milhões de Passivo, fiquei a saber que anda preocupado com uns tostões. Deixe-se de palhaçadas e vamos mas é ganhar ao Braga!
 
Até à próxima

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