sábado, 21 de dezembro de 2013

Grande prenda de Natal

Uma vitória tranquila perante uma débil equipa do Olhanense coloca o FC Porto no primeiro lugar da tabela, ainda que à condição, com mais um ponto que o Sporting (4 x 0). Os Dragões bateram os Algarvios naquela que foi, até ao momento, a vitória mais expressiva da época. Este duelo viu (outra vez) um inspirado Carlos Eduardo.
O ex-Estoril construiu, movimentou e deu dinâmica, como ninguém, ao jogo dos Portistas. Atrás e na frente, este médio - que começa agora a ganhar espaço no conjunto de Paulo Fonseca - voltou a mostrar à família Portista que pode contar com ele nas "obras" futuras.
O FC Porto entrou em campo com a necessidade de conquistar os três pontos e, desse modo, pressionar o Benfica e o Sporting na luta pelo primeiro lugar. Os Dragões tiveram pela frente uma equipa do Olhanense que tinha como missão retardar a construção de jogo dos Azuis e Brancos e, por outro lado, tentar chegar perto da baliza de Helton em jogadas de contra-ataque.
Nas apostas iniciais, Paulo Fonseca – sem surpresa - deslocou Eliaquim Mangala para o lado esquerdo da defesa. O Francês, como previsto, rendeu o castigado Alex Sandro. Desse modo, a dupla de centrais foi formada por Maicon e Otamendi. No meio-campo, Carlos Eduardo manteve a titularidade ao lado de Fernando e Lucho González. Na frente, Varela e Licá municiaram o avançado Jackson Martínez.
Já o Olhanense - longe da estabilidade que já teve no principal escalão do futebol Português - apresentou-se no Dragão com o Francês Coubronne no onze titular. O Croata Seric também regressou ao onze inicial, depois de ter falhado o jogo da última ronda, com o Benfica, a cumprir suspensão.
Depois de na época passada os Algarvios terem "roubado" pontos aos Azuis e Brancos, no Dragão, com um empate a um golo, o conjunto de Paulo Alves tentava repetir a "gracinha". Mas os Tricampeões nacionais tentavam a vitória para, desse modo, pressionar os rivais de Lisboa.
A partida começou com um ritmo baixo e que acabou por não aumentar muito. De resto, foi sob o signo de algumas paragens devido a "boladas", que atingiram a cara de dois jogadores, que se desenrolaram os primeiros minutos. Mas desde cedo se percebeu a história do jogo: FC Porto a mandar na partida, Olhanense a ver no que dava.
A primeira ocasião de golo deu-se aos 19 minutos. Varela, depois de uma jogada de Carlos Eduardo, rematou para grande defesa de Belec. Jackson, na recarga, atirou por cima; esteve à vista o primeiro golo no Estádio do Dragão, que registou menos de meia-casa!
Perante as debilidades defensivas dos Algarvios a serem cada vez mais expostas e evidentes, adivinhava-se o golo em tons de Azul e Branco. Aos 22 minutos, Licá esteve perto, depois de uma jogada entre Danilo e Varela. Adivinhava-se e ele acabou por acontecer, aos 30 minutos, por Mangala. Carlos Eduardo cobrou um canto e Francês desviou de cabeça, na pequena-área, para o fundo das redes de Vid Belec.
Até final da primeira parte, o FC Porto continuou em busca do segundo golo. Aos 39 minutos, Jackson quase fazia um "golaço" de Jackson. Carlos Eduardo voltou a construir mais uma jogada de perigo que quase deu golo. O ex-Estoril, que até apresentou algumas queixas físicas na recta final da primeira parte - meteu para o Colombiano que, depois de "matar no peito" e de costas para a baliza, atirou de bicicleta mas ao lado.
Ao intervalo, os Dragões venciam por uma bola a zero. O FC Porto controlava, metia bem a bola nos flancos mas (uma vez mais) voltava a falhar muito no momento da finalização. Carlos Eduardo, irrepreensível, dava criatividade e uma ocupação equilibrada no miolo.
No começo do segundo tempo, o Olhanense tentou colocar mais pressão em campo em busca do empate. Mas os 26 mil 622 espectadores presentes no Dragão continuavam a ver um FC Porto dominador e a gerir os vários momentos da partida. Parecia, por esta altura, que estava, ainda assim, mais perto o conjunto de Paulo Fonseca de fazer o segundo, do que a equipa de Paulo Alves empatar. Aos 50 minutos, Licá, de trivela, tentou fazê-lo... mas sem sucesso!
Não marcou Licá, marcou Jackson Martínez. O Colombiano, depois de um canto de Carlos Eduardo, cabeceou para o fundo das redes de Belec, que ainda tocou na bola mas não evitou o golo.
Já nos últimos 20 minutos, Carlos Eduardo tentou a sorte. O Brasileiro rematou de primeira, mas não conseguiu bater o guarda-redes da equipa de Olhão. Mas o Brasileiro iria mesmo festejar. Aos 82', o médio, com um remate colocado à entrada da área, bateu um desamparado Belec. 3 x 0 e assunto fechado na Invicta. Dois minutos depois, aos 84', Héctor Herrera fez o quarto golo, depois de um remate bem colocado e com força.
Depois, o que se viu até final do jogo foi um FC Porto a gerir, como bem sabe, o resultado e a tentar aumentar a contagem perante uma equipa do Olhanense sem argumentos para "beliscar" o domínio Portista.
O FC Porto vai, pois, de férias, no que ao Campeonato diz respeito, com 33 pontos somados, fruto de 10 vitórias. O Olhanense, por seu lado, continua com nove pontos e somou hoje a sua quinta derrota consecutiva.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Carlos Eduardo

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