sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Empate com sabor a derrota

Todos os jogos têm um começo, meio e fim. O FC Porto x Eintracht Frankfurt não é obviamente excepção, mas merece que a crónica comece a ser contada pelo meio, isto é, pelo final da primeira parte por causa do golo que desbloqueou o resultado. Não foi um golo, mas sim um golaço.
Ricardo Quaresma, jogador do plantel dos Tricampeões nacionais com mais golos apontados nas Competições Europeias, tende a mostrar jogo para jogo o quão é importante no FC Porto e voltou a fazê-lo. Num Estádio do Dragão de bancadas despidas, o extremo, que parece lutar todos os dias por merecer um lugar nos 23 que Paulo Bento vai levar ao Campeonato do Mundo no Brasil, marcou um golo para mais tarde recordar, mas a que, a bem da verdade, já habituou os adeptos Azuis e Brancos aquando da sua primeira passagem pelo clube.
Na última jogada de ataque da primeira parte, Ricardo Quaresma inventou o golo que colocou o FC Porto na frente do resultado ao intervalo. No lado esquerdo, junto à linha lateral, «roubou» a bola ao defesa, bem ao seu estilo fez o movimento para uma zona interior do terreno e, ainda de fora da área, rematou em arco com o pé direito. Kevin Trapp, guarda-redes do Eintracht Frankfurt, ficou pregado no chão, como que admirar o lance do «Harry Potter», e nada pôde fazer para impedir que o esférico entrasse dentro da sua baliza.
Foi, assim, a melhor forma de Ricardo Quaresma se estrear em jogos na Liga Europa pelo FC Porto, que até então foi mais perigoso que o Eintracht Frankfurt, mais esclarecido e «apenas» a mostrar falhas mais do que as recomendadas no capítulo do passe. O «apenas» surge entre aspas, pois com isso os comandados de Paulo Fonseca perderam algumas jogadas de ataque que podia ter criado mossa na defesa Alemã.
Ainda assim, os Azuis e Brancos tiveram oportunidades claras de golo mais do que suficientes para chegarem ao intervalo a vencer por mais do que um golo, destacando-se duas de Jackson Martínez, sendo que a segunda podia ter sido também um golo de bandeira, e outra de Quaresma, depois de uma boa arrancada de Josué.
Na baliza contrária, defendida por Helton, o Eintracht Frankfurt apenas por uma vez se aproximou com perigo, tendo estado mais perto de marcar quando Johannes Flum, ainda com o resultado em 0x0, obrigou o guarda-redes do FC Porto a ir ao chão e a defender com alguma dificuldade.
O Eintracht Frankfurt entrou melhor na segunda parte e Joselu, de cabeça, foi o primeiro jogador a colocar Helton à prova. No entanto, o FC Porto conseguiu amenizar a boa entrada em campo do adversário com um golo de Silvestre Varela, que aos 68 minutos colocou os comandados de Paulo Fonseca a vencer por 2 x 0.
Com dois golos de vantagem a pouco mais de 20 minutos para o término do encontro, poucos esperariam que o Eintracht Frankfurt fosse capaz de anular a desvantagem. Mas tal aconteceu e com muitas culpas para a defesa dos azuis e brancos nos dois lances. No primeiro, aos 72 minutos, Mangala aliviou mal a bola da área e Joselu, com um remate forte, surpreendeu Helton. No segundo, apenas cinco minutos depois, na sequência de um canto, Mangala cabeceou para a sua baliza, Helton, com excelentes reflexos, defendeu mas Alex Sandro, na tentativa de aliviar o esférico, enviou-o à barra e este acabou por entrar dentro da sua baliza.
A festa pertencia aos cerca de 4 mil adeptos Alemães que fizeram questão de marcar presença no Estádio do Dragão e até ao final o resultado não se alterou, pelo que o FC Porto está obrigado a marcar golos na Alemanha para conseguir garantir o passaporte para os oitavos-de-final da Liga Europa. E mais uma vez, os Azuis e Brancos, sob o comando de Paulo Fonseca, não conseguiram ganhar em casa para as Competições Europeias.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Fernando

2 comentários:

Penta disse...



caríssimos,

no fundamental:
penso que ganhámos todos com a exibição desta Quinta-feira, i.e., que, nos dias que correm, o nosso Portismo está a ser testado diariamente.
teremos que ser fortes o suficiente para sucumbir à «gloriosa» tentação de passarmos a duvidar de tudo e de todos no nosso clube do coração.

somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

abr@ços
Miguel | Tomo II

Pedro Silva disse...

"teremos que ser fortes o suficiente para sucumbir à «gloriosa» tentação de passarmos a duvidar de tudo e de todos no nosso clube do coração"

Miguel eu pensava que era + +único nesta demanda, mas é com agrado que me apercebo de que não estou só.

Grato pela lucidez!!!