Numa jornada em que era importante para o FC Porto não escorregar de modo a que, no mínimo, não deixasse o Benfica e o Sporting ampliarem a vantagem na tabela classificativa e para na próxima ronda poder aproveitar da melhor forma o facto de Águias e Leões se defrontarem no Estádio da Luz, os Dragões foram travados pelo Marítimo no Estádio dos Barreiros, tendo perdido por 1 x 0.
Os Tricampeões Nacionais não entraram bem no jogo e por isso permitiram que o Marítimo ganhasse confiança desde os primeiros minutos. Com isso, os Insulares começaram por ser mais perigosos e foram-se aproximando da baliza de Helton, enquanto o FC Porto não conseguia subir no terreno e afastar os jogadores da casa de uma zona de acção mais perigosa.
Consequência da forma como começou o jogo, o Marítimo conseguiu ganhar uma grande penalidade aos 12 minutos, num lance em que Danilo não chegou a tempo à bola e acabou por tocar no pé de Danilo Pereira, fazendo com que o árbitro, e bem, assinalasse o penálti. Na conversão, Derley, melhor marcador dos Madeirenses esta temporada, bateu Helton e colocou os da casa na frente do resultado.
O FC Porto demorou a reagir e apenas aos 26 minutos é que conseguiu criar algum perigo junto da baliza de Salin, com o guarda-redes do Marítimo a levar a melhor num lance aéreo sobre Jackson Martínez. Além desta situação, só Ricardo Quaresma, dez minutos mais tarde, deu um ar da vontade dos Dragões em mudar o resultado, rematando ao lado na conversão de um livre à entrada da área.
Até ao intervalo não se viu mais nada do FC Porto, pertencendo a última oportunidade ao Marítimo, com Márcio Rozário, já em tempo de compensação, a rematar muito perto do poste da baliza à guarda de Helton.
Ao intervalo, era claramente notório que o FC Porto tinha que fazer mais para conseguir chegar ao empate, pois pelo pouco que jogou na primeira parte, embora mérito tenha que ser dado ao Marítimo pela segurança defensiva, os Insulares estavam confortáveis na frente do resultado, mesmo não tendo precisado de correr mais do que os Azuis e Brancos.
Por isso, era expectável que Paulo Fonseca mudasse algo na equipa no decorrer da segunda parte para ir em busca do empate, mas antes de qualquer alteração os Dragões estiveram perto do empate em dois lances consecutivos. Primeiro, aos 57 minutos, Ricardo Quaresma (claramente o que mais tentou remar contra a maré desfavorável dos Dragões) obrigou Salin a defender com dificuldades um remate cruzado. Logo a seguir foi Josué quem, com um remate em jeito, fez com que o guarda-redes voltasse a brilhar.
A segunda parte estava a ser dominada pelos visitantes mas entretanto, já com Juan Quintero no lugar de Defour, o FC Porto viu Helton fazer uma grande defesa após um remate de Derley, naquele que foi o único lance de perigo dos comandados de Pedro Martins ao longo de toda a etapa complementar. Foi uma espécie de sacudir de pressão por parte dos Insulares, que viram, pouco depois, Silvestre Varela a ter uma boa ocasião para marcar, mas a bola saiu ao lado.
A sorte não queria nada com o FC Porto e Paulo Fonseca tudo tentou fazer para contrariar isso. Colocou Ghilas no lugar de Varela e nos últimos dez minutos jogou apenas com três defesas, metendo em campo Licá no lugar de Maicon. Mas de nada valeu, pois, apesar das tentativas, o FC Porto perdeu frente ao Marítimo e o resultado pode colocar os Dragões a seis pontos da liderança.
O Marítimo, por sua vez, limitou-se a defender na segunda parte após uns primeiros 45 minutos de jogo em que discutiu o encontro olhos nos olhos com os Tricampeões Nacionais, sabendo jogar, também, com a insegurança do adversário, que alinhou sem dois jogadores que até esta jornada foram quase sempre opção no meio-campo: Fernando, que esteve de saída e segundo o boletim clínico está lesionado, e Lucho, que saiu para o Catar.
Retirado de zerozero
Melhor em Campo: Ricardo Quaresma
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