Atitude, um Treinador a saber alterar o rumo desde o banco e raça, muita raça de Dragão. Assim se explica a noite em que o FC Porto foi Porto no Estádio San Paolo. Os Azuis e Brancos estão nos quartos de final da Liga Europa e deixaram pelo caminho o Napoli.
A Liga Europa aparece sempre no calendário do FC Porto como um objectivo "apetecível", nesta e em outras épocas. Com as contas do Campeonato cada vez mais complicadas, a formação Portista avançou ainda com mais "vontade" de manter animada a sua carreira Europeia esta temporada.
Sem contar com o lesionado Helton, Luís Castro entregou a titularidade na baliza a Fabiano Freitas. Para o lugar do castigado Alex Sandro entrou Ricardo, enquanto que o central Mexicano Diego Reyes fez dupla com Mangala no eixo defensivo. É que Maicon, que tinha estado a contas com uma lesão, viajou para Nápoles, mas acabou por não estar em condições de jogar e nem para o banco foi.
Do lado dos Napolitanos, o Espanhol Rafa Benítez não contou com o lesionado Maggio mas fez, ainda assim, avançar uma equipa recheada de talentos. Gonzalo Higuaín foi a figura de destaque. O Técnico dos Napolitanos trocou Callejón por Pandev no ataque. Também Hamsik começou no banco.
Perante uma atmosfera escaldante no emblemático Estádio San Paolo, os Dragões sabiam que não dava para estarem sempre "agarrados" à "magra" vantagem conquistada no Porto, com o golo de Jackson Martínez.
Se no Dragão se tinha visto um Napoli com um jogo de contenção, a deixar o FC Porto ter as despesas do ataque, a equipa de Rafa Benítez foi agora mais dominante nas várias fases da partida.
Em Nápoles, o FC Porto precisava de táctica, técnica e uma atitude forte para ultrapassar os Transalpinos na eliminatória e foi assim que os 11 atletas escolhidos por Luís Castro procuraram entrar.
Logo aos três minutos, Mertens teve entrada perigosa na área dos Dragões mas rematou ao lado. Fabiano estava atento.
A sofrer uma pressão muito forte em campo, o FC Porto tentava acalmar o jogo e levar perigo às redes do Napoli. Aos 18', Varela rematou para Reina defender. O extremo Português poderia ter feito melhor uma vez que tinha outras opções de passe.
Sempre com a baliza de Fabiano em ponto de mira, o Napoli acabaria por chegar ao golo, aos 21 minutos, por Goran Pandev. Tudo começou numa perda de bola do FC Porto no meio-campo, que originou uma rápido contra-ataque do Napoli conduzido por Higuaín. O Argentino ultrapassou Mangala, assistiu num passe a rasgar Goran Pandev e este com um toque "picou" a bola por cima do corpo de Fabiano.
Apesar de ter sofrido o golo, o FC Porto tentou não perder a concentração e tentou sempre chegar de forma organizada à área Napolitana. No banco, Luís Castro ia pedindo aos seus jogadores para acalmarem a intensidade de jogo para não serem surpreendidos uma vez mais.
Ao intervalo, o Napoli vencia por uma bola a zero e a eliminatória estava empatada.
No segundo tempo, o Napoli voltou a entrar bem e dominou o jogo. Chegou com perigo à baliza de Fabiano mas o Brasileiro foi mostrando serviço com várias defesas de elevado grau de dificuldade. Era com muito perigo que os Napolitanos chegavam perto da área Azul e Branca e os Dragões pareciam não conseguir sacudir o ascendente Italiano.
O FC Porto respondia como podia. Carlos Eduardo teve um cabeceamento, após um livre, mas a bola saiu ao lado do poste esquerdo da baliza de Reina!
Inconformado com o que ia vendo, Luís Castro não esperou e decidiu trocar Carlos Eduardo por Josué e Varela por Nabil Ghilas. E bem se pode dizer que o Técnico dos Tricampeões Nacionais fez uma aposta certa. É que o Argelino "calou" o San Paolo pouco depois de ter entrado em campo. Aos 69 minutos, Ghilas empatou o jogo e colocou os Dragões na frente da eliminatória. Jackson meteu a bola para Fernando, o Polvo isolou o Argelino que na cara de Reina atirou com calma para o fundo da baliza.
Viviam-se momentos de euforia em tons de Azul e Branco Luso. O FC Porto estava melhor e ia mesmo passar para a frente do marcador. Aos 76 minutos, Ricardo Quaresma colocou a Nação Portista em delírio. O internacional Português disparou uma "bomba" e colocou o FC Porto na frente do marcador e cada vez mais confortável na eliminatória, numa jogada a fazer lembrar os tempos de Maradona.
O Estádio San Paolo, verdadeiro santuário de Deus Maradona, via a chama do Dragão "queimar" as pretensões dos Napolitanos.
Antes do final, o Napoli carregou em busca da vitória no jogo e ainda conseguiu reduzir, aos 90+2', por Dúvan Zapata. O golo serviu apenas para empatar o jogo.
A campanha do FC Porto continua nesta Liga Europa de alguma maneira mais sorridente do que muitos pensavam que ia ser quando o sorteio ditou o Napoli no caminho dos Tricampeões.
Retirado de zerozero
Melhor em Campo: Ricardo Quaresma
3 comentários:
o "incrédulo" revelou aquele que também foi o meu estado de espírito, esta noite:
«Pela primeira vez, esta época, saltei do sofá por duas vezes a gritar "guuooloo!" do FC Porto!».
mas com aquele sentimento de "guuuoloo!, car@...ças", estão a ver? vindo de cá de dentro! sentido, mesmo!
post scriptum:
e por aqui me fico, pela bluegsfera. assistir a comentadores que nem portistas são, a destilar ódio contra nós?! e pá, tenham lá a santa paciência! nós é que "somos Porto", fónix!
somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! :D
Miguel | Tomo II
Miguel assino por baixo este excelente comentário!
Um bem-haja a Portistas desta fibra.
Boa noite caros Portistas: não me foi possível ver o jogo em direto e,com a possibilidade de voltar atrás com as imagens,assisti ao jogo uma hora depois possivelmente,os meus vizinhos acharam que eu estaria maluco a comemorar os golos quando o jogo já tinha acabado,e que grande comemoração. Temos grandes recordações de Sevilha.
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