Como num típico jogo de xadrez foi preciso técnica, cérebro e paciência. Só assim o FC Porto levou a melhor sobre o Boavista, (0 x 2), em encontro da 22.ª jornada do Campeonato. Os Dragões colocam-se novamente a quatro pontos do líder Benfica.
No regresso do Dérbi à moda do Porto ao Estádio do Bessa, quase sete anos depois, Lopetegui fez várias mudanças no seu tabuleiro, um tabuleiro sem os castigados Danilo, Alex Sandro, Casemiro e o lesionado Óliver Torres, mas com Ricardo Pereira (à direita na defesa) e José Ángel do outro lado, Rúben Neves e Quintero no meio, Quaresma e Hernâni (a grande novidade) na frente.
Pressionado pelo triunfo do Benfica diante do Moreirense, o FC Porto cedo avançou no relvado sintético do Bessa com a intenção de resolver a partida. Muita circulação e toques curtos, mostravam um Dragão que vivia também do pulmão de Hernâni e da arte de Ricardo Quaresma. Do outro lado estava um Boavista de muito trabalho, sacrifício, abnegação e a colocar problemas aos Azuis apenas em transições, que eram ainda assim poucas.
Com alguns momentos de aceleração pelos flancos, o FC Porto tentava desmontar o bloco defensivo dos pupilos de Petit, que entregaram as despesas de jogo ao vizinho Portuense. Daí que ao intervalo se registasse um nulo no marcador. De resto, as ocasiões de golo foram escassas em ambas as balizas, existindo neste primeiro tempo nota apenas para uma grande penalidade que os Dragões reclamaram. Hernâni, na área Axadrezada, tocou a bola e foi travado por João Dias. Penálti que ficou por marcar a favor dos Dragões.
No reatamento viu-se um FC Porto mais acutilante e a tentar sufocar os Axadrezados, procurando o golo que podia dar mais tranquilidade aos Azuis e Brancos. O Treinador Portista pedia a Herrera movimentos constantes entre linhas para ligar o jogo aos homens mais adiantados (já que Quintero parecia não conseguir fazê-lo) mas o Boavista ia anulando todas as investidas dos Dragões.
Numa fase em que o jogo parecia cair de intensidade, Lopetegui queria mais perigo a rondar a baliza Boavisteira e colocou em campo Brahimi. Com a entrada do Argelino o FC Porto voltou a crescer. Mas os jogadores de Petit continuavam bem organizados e o tempo corria a seu favor. Porém, aos 79 minutos, Jackson - a meias com um adversário - abriu o activo. Cruzamento de Tello, do lado esquerdo, com a bola a surgir na pequena-área, onde Jackson Martínez rematou, desviando ainda em Carlos Santos antes de chegar ao fundo das redes de Mika.
Em destaque entre as quatro linhas, Brahimi colocou o seu nome na lista de marcadores e fez xeque-mate na partida, aos 87 minutos. Tello correu pela direita e deu rasteiro para Brahimi, que se inclinou para o centro e, à entrada da área, atirou rasteiro para o golo. Até final, o FC Porto trocou a bola e segurou os três pontos.
Retirado de zerozero
Retirado de zerozero
Melhor em Campo: Tello
Sem comentários:
Enviar um comentário