imagem retirada de zerozero |
Quem olhar de relance para esta derrota do Futebol Clube do Porto em Leipzig terá a natural (mas errada) tentação de culpabilizar o guardião José Sá por tal desfecho. Mas quem o fizer sem olhar a simpatias e antipatias por qualquer um dos elementos da equipa portista facilmente perceberá que o principal responsável pela derrota em solo germânico foi, única e exclusivamente, Sérgio Conceição. Não por este ter escolhido José Sá para defender a baliza do FC Porto diante do RB Leipzig, mas sim porque Conceição quis “fazer omeletes sem ovos”. Passo a explicar.
As equipas alemãs - até as mais “modestas” – não sabem o que é jogar devagar. Quem segue a Bundesliga (campeonato alemão de futebol) sabe perfeitamente do que estou a falar. A velocidade de execução, a pressão e a movimentação constante dos jogadores de qualquer equipa alemã são uma realidade. O Leipzig não é, obviamente, execpção à regra. Ora isto para aqui dizer que das duas, uma; ou a equipa adversária joga contra o Leipzig da mesma forma que este joga ou então a equipa adversária tem um plantel que lhe permite gerir a posse da bola, impor o seu ritmo e fazer frente à forte pressão e movimentação constante dos jogadores do Leipzig. Ora é certo e sabido que por opção técnica e financeira o Futebol Clube do Porto de Sérgio Conceição não tem nem uma coisa nem outra. È então por demais óbvio que não se poderia ter jogado em Leipzig da mesma maneira que se jogou no Mónaco (por exemplo). Mas o Sérgio optou por jogar exactamente da mesma forma que jogou no Principado e deu-se mal.
Exigia-se, portanto, outro tipo de preparação da parte do Futebol Clube do Porto. O mesmo tipo de preparação que se exigiu a Sérgio Conceição aquando da recepção ao Besiktas. Recepção que também acabou mal.
Se a ideia de Conceição era a de tentar travar o futebol ofensivo do Leipzig então mais valia ter-se reforçado o meio campo com Oliver Torres em detrimento de um Brahimi que desilude sempre que defronta um adversário um tudo ou nada mais forte do que aquilo que temos no nosso campeonato. Se a ideia era a de se fazer a equipa avançar em bloco, então porquê razão Sérgio Conceição apostou num Miguel Layún que só sabia subir no terreno deixando a árdua tarefa de “travar” os extremos do Leipzig para os centrais Marcano e Felipe? Estará Danilo Pereira assim em tão boa forma?
São muitos os “ses” da parte de Sérgio Conceição que determinaram a derrota do Futebol Clube do Porto diante de um adversário ao qual lhe bastou pressionar “um bocadinho assim” para que toda equipa portista se portasse como uma barata tonta. E escusado será dizer que os golos sofridos por ambas as equipas são caricatos (para não dizer ridículos).
Agora de nada serve estar a lamentar. Segue-se agora uma partida caseira diante do Paços de Ferreira em mais uma jornada da Liga NOS. Que esta sirva para elevar a moral do FC Porto sem que se volte a “voar alto demais”. O Sérgio Conceição ainda tem muito que aprender. Especialmente nas competições europeias.
MVP (Most Valuable Player): Vincent Aboubakar. O avançado camaronês lutou, lutou, lutou e lutou até ao fim das suas forças. Foi sempre o mais esclarecido em campo da parte da equipa azul e branca e merecia ter sido mais bem servido pelos seus companheiros. Marcou um belo golo e deu sempre muito que fazer à equipa germânica. Merecia ter ganho o jogo, mas tal não foi possível.
Chave do Jogo: Inexistente.
Arbitragem: Nota positiva. Nada a apontar ao trabalho de Paolo Tagliavento e assistentes.
Positivo: Festa do golo. Jogo da UEFA Champions League com 5 golos não é algo que se veja com muita regularidade nos tempos que correm.
Negativo: Yacine Brahimi. O “normal” Brahimi aparece sempre que o FC Porto defronta adversários um tudo ou nada mais fortes. Triste sina esta.
Artigo publicado no blog o gato no telhado (17/10/2017)
As equipas alemãs - até as mais “modestas” – não sabem o que é jogar devagar. Quem segue a Bundesliga (campeonato alemão de futebol) sabe perfeitamente do que estou a falar. A velocidade de execução, a pressão e a movimentação constante dos jogadores de qualquer equipa alemã são uma realidade. O Leipzig não é, obviamente, execpção à regra. Ora isto para aqui dizer que das duas, uma; ou a equipa adversária joga contra o Leipzig da mesma forma que este joga ou então a equipa adversária tem um plantel que lhe permite gerir a posse da bola, impor o seu ritmo e fazer frente à forte pressão e movimentação constante dos jogadores do Leipzig. Ora é certo e sabido que por opção técnica e financeira o Futebol Clube do Porto de Sérgio Conceição não tem nem uma coisa nem outra. È então por demais óbvio que não se poderia ter jogado em Leipzig da mesma maneira que se jogou no Mónaco (por exemplo). Mas o Sérgio optou por jogar exactamente da mesma forma que jogou no Principado e deu-se mal.
Exigia-se, portanto, outro tipo de preparação da parte do Futebol Clube do Porto. O mesmo tipo de preparação que se exigiu a Sérgio Conceição aquando da recepção ao Besiktas. Recepção que também acabou mal.
Se a ideia de Conceição era a de tentar travar o futebol ofensivo do Leipzig então mais valia ter-se reforçado o meio campo com Oliver Torres em detrimento de um Brahimi que desilude sempre que defronta um adversário um tudo ou nada mais forte do que aquilo que temos no nosso campeonato. Se a ideia era a de se fazer a equipa avançar em bloco, então porquê razão Sérgio Conceição apostou num Miguel Layún que só sabia subir no terreno deixando a árdua tarefa de “travar” os extremos do Leipzig para os centrais Marcano e Felipe? Estará Danilo Pereira assim em tão boa forma?
São muitos os “ses” da parte de Sérgio Conceição que determinaram a derrota do Futebol Clube do Porto diante de um adversário ao qual lhe bastou pressionar “um bocadinho assim” para que toda equipa portista se portasse como uma barata tonta. E escusado será dizer que os golos sofridos por ambas as equipas são caricatos (para não dizer ridículos).
Agora de nada serve estar a lamentar. Segue-se agora uma partida caseira diante do Paços de Ferreira em mais uma jornada da Liga NOS. Que esta sirva para elevar a moral do FC Porto sem que se volte a “voar alto demais”. O Sérgio Conceição ainda tem muito que aprender. Especialmente nas competições europeias.
MVP (Most Valuable Player): Vincent Aboubakar. O avançado camaronês lutou, lutou, lutou e lutou até ao fim das suas forças. Foi sempre o mais esclarecido em campo da parte da equipa azul e branca e merecia ter sido mais bem servido pelos seus companheiros. Marcou um belo golo e deu sempre muito que fazer à equipa germânica. Merecia ter ganho o jogo, mas tal não foi possível.
Chave do Jogo: Inexistente.
Arbitragem: Nota positiva. Nada a apontar ao trabalho de Paolo Tagliavento e assistentes.
Positivo: Festa do golo. Jogo da UEFA Champions League com 5 golos não é algo que se veja com muita regularidade nos tempos que correm.
Negativo: Yacine Brahimi. O “normal” Brahimi aparece sempre que o FC Porto defronta adversários um tudo ou nada mais fortes. Triste sina esta.
Artigo publicado no blog o gato no telhado (17/10/2017)
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