imagem retirada de zerozero |
As primeiras ilações que retiro da “gorda” vitória caseira do Futebol Clube do Porto sobre o Paços de Ferreira são somente duas, mas estas são de uma importância extrema.
A primeira é que Sérgio Conceição mostrou hoje a todos (Comunicação Social, Adeptos e Plantel) que quem manda na equipa é ele e mais ninguém. Isto porque não obstante a enorme pressão que recaia sobre si, Sérgio Conceição voltou a apostar em José Sá para a baliza- De nada serviram as pressões de adeptos do FC Porto e uma Comunicação Social que “alimentou” (até tu ojogo!) uma polémica em torno de Iker Casillas que ainda hoje está por ser devidamente comprovada. Tal é algo que já não se via no Dragão desde os tempos de Paulo Fonseca, diga-se de passagem.
A segunda ilação - tão importante como a primeira – é a de que Sérgio Conceição mostrou a todos que o Futebol Clube do Porto de hoje é um grupo forte e unido. A cabal resposta que a equipa portista deu hoje à paupérrima exibição na partida da Champions League é disto elucidativo. Foi com o FC Paços Ferreira como poderia ter sido com outro qualquer. Não me venham cá com o argumento de que o Paços é um adversário ridículo pois o nosso campeonato está “carregado” destes adversários. Adversários que nas temporadas anteriores causaram sérios dissabores aos treinadores que passaram sem sucesso pelo Futebol Clube do Porto. Criticar os exageros de alguns elogios ao trabalho de Sérgio Conceição é algo que me parece, de todo, razoável. Já passar para o “bota abaixo” sem fundamento e racionalidade alguns só porque sim, é voltar aos tiques de um tempo recente que colocou o clube azul e branco na triste situação em que está há já quatro longos anos.
Passemos então ao jogo em si. Exibição de gala do Futebol Clube do Porto onde José Sá mostrou a razão da aposta séria e convicta de Sérgio Conceição no guardião português. Nada a dizer no golo sofrido que nasceu de um tremendo disparate de Héctor Herrera (lá voltamos ao mesmo…) que podia – e deveria – ter sido devidamente apaziguado pelos colegas de meio campo e defesa do mexicano.
Para além do lance do golo do Paços sou da opinião que há que rever a forma como a equipa portista lida com a pressão a meio campo por parte dos seus adversários. Das duas, uma; ou a velocidade de execução está devidamente trabalhada e cada jogador sabe para onde e como passar a bola ao companheiro, ou então vamos ver muitos golos como o de Welthon entrar na baliza de Sá e/ou Casillas. É que isto do “chutão” para a frente nem sempre resolve a questão. Hoje até que resolveu porque o Futebol Clube do Porto demonstrou uma vontade imensa de querer deixar para trás o desaire alemão, mas caso apareça outra equipa do estilo do Leipzig pela frente isto poderá acabar mal. Já não é a primeira vez que reparo neste problema, contudo parece-me que as coisas têm vindo a melhorar neste aspecto. Vamos a ver como isto evolui, se bem que tal explica (e muito!) o facto de a equipa pacense não ter deixado de causar perigo mesmo estando a perder por cinco bolas a uma.
MVP (Most Valuable Player): Moussa Marega. Não só pelos golos que marcou mas especialmente pela entrega que mostrou. Veio atrás recuperar bolas quando teve de o fazer, assistiu os companheiros, fechou flancos e, inclusive, marcou dois golos. Um fenómeno de força que foi tão mal tratado aquando da sua primeira passagem pelo Dragão.
Chave do Jogo: Apareceu no minuto 72´ com o golo de Vincent Aboubakar. Até esta altura era notório um certo equilíbrio não obstante o já elevado score a favor dos portistas.
Arbitragem: Foi criterioso e manteve a coerência. Seria discutível se o jogo, a determinada altura, não aconselhava uma menor rigidez nos cartões, mas continuou com a ideia inicial e não se possa dizer que foi um defeito. Bem no golo anulado. Boa actuação.
Positivo: Ricardo Pereira. Um dos melhores em campo. O internacional português realizou hoje aquela que terá sido – até ao momento – a melhor exibição da época.
Negativo: Yacine Brahimi. Outra vez. Desta vez o “normal” Brahimi não apareceu não obstante o FC Porto ter defrontado um adversário mais acessível do que um RB Leipzig.
Artigo publicado no blog o gato no telhado (21/10/2017)
A primeira é que Sérgio Conceição mostrou hoje a todos (Comunicação Social, Adeptos e Plantel) que quem manda na equipa é ele e mais ninguém. Isto porque não obstante a enorme pressão que recaia sobre si, Sérgio Conceição voltou a apostar em José Sá para a baliza- De nada serviram as pressões de adeptos do FC Porto e uma Comunicação Social que “alimentou” (até tu ojogo!) uma polémica em torno de Iker Casillas que ainda hoje está por ser devidamente comprovada. Tal é algo que já não se via no Dragão desde os tempos de Paulo Fonseca, diga-se de passagem.
A segunda ilação - tão importante como a primeira – é a de que Sérgio Conceição mostrou a todos que o Futebol Clube do Porto de hoje é um grupo forte e unido. A cabal resposta que a equipa portista deu hoje à paupérrima exibição na partida da Champions League é disto elucidativo. Foi com o FC Paços Ferreira como poderia ter sido com outro qualquer. Não me venham cá com o argumento de que o Paços é um adversário ridículo pois o nosso campeonato está “carregado” destes adversários. Adversários que nas temporadas anteriores causaram sérios dissabores aos treinadores que passaram sem sucesso pelo Futebol Clube do Porto. Criticar os exageros de alguns elogios ao trabalho de Sérgio Conceição é algo que me parece, de todo, razoável. Já passar para o “bota abaixo” sem fundamento e racionalidade alguns só porque sim, é voltar aos tiques de um tempo recente que colocou o clube azul e branco na triste situação em que está há já quatro longos anos.
Passemos então ao jogo em si. Exibição de gala do Futebol Clube do Porto onde José Sá mostrou a razão da aposta séria e convicta de Sérgio Conceição no guardião português. Nada a dizer no golo sofrido que nasceu de um tremendo disparate de Héctor Herrera (lá voltamos ao mesmo…) que podia – e deveria – ter sido devidamente apaziguado pelos colegas de meio campo e defesa do mexicano.
Para além do lance do golo do Paços sou da opinião que há que rever a forma como a equipa portista lida com a pressão a meio campo por parte dos seus adversários. Das duas, uma; ou a velocidade de execução está devidamente trabalhada e cada jogador sabe para onde e como passar a bola ao companheiro, ou então vamos ver muitos golos como o de Welthon entrar na baliza de Sá e/ou Casillas. É que isto do “chutão” para a frente nem sempre resolve a questão. Hoje até que resolveu porque o Futebol Clube do Porto demonstrou uma vontade imensa de querer deixar para trás o desaire alemão, mas caso apareça outra equipa do estilo do Leipzig pela frente isto poderá acabar mal. Já não é a primeira vez que reparo neste problema, contudo parece-me que as coisas têm vindo a melhorar neste aspecto. Vamos a ver como isto evolui, se bem que tal explica (e muito!) o facto de a equipa pacense não ter deixado de causar perigo mesmo estando a perder por cinco bolas a uma.
MVP (Most Valuable Player): Moussa Marega. Não só pelos golos que marcou mas especialmente pela entrega que mostrou. Veio atrás recuperar bolas quando teve de o fazer, assistiu os companheiros, fechou flancos e, inclusive, marcou dois golos. Um fenómeno de força que foi tão mal tratado aquando da sua primeira passagem pelo Dragão.
Chave do Jogo: Apareceu no minuto 72´ com o golo de Vincent Aboubakar. Até esta altura era notório um certo equilíbrio não obstante o já elevado score a favor dos portistas.
Arbitragem: Foi criterioso e manteve a coerência. Seria discutível se o jogo, a determinada altura, não aconselhava uma menor rigidez nos cartões, mas continuou com a ideia inicial e não se possa dizer que foi um defeito. Bem no golo anulado. Boa actuação.
Positivo: Ricardo Pereira. Um dos melhores em campo. O internacional português realizou hoje aquela que terá sido – até ao momento – a melhor exibição da época.
Negativo: Yacine Brahimi. Outra vez. Desta vez o “normal” Brahimi não apareceu não obstante o FC Porto ter defrontado um adversário mais acessível do que um RB Leipzig.
Artigo publicado no blog o gato no telhado (21/10/2017)
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