domingo, 12 de abril de 2009

E ai está o (quase) TetraCampeão

Mesmo com um onze inicial sem algumas peças habituais o FC Porto exibiu-se em muito bom plano frente ao Est. Amadora, principalmente na segunda parte, e somou 3 pontos que garantem a manutenção de 4 pontos de vantagem para o Sporting antes da recepção ao Man. United. Bruno Alves abriu o activo aos 29 minutos, na marcação de um livre directo, para depois Farías bisar aos 58 e 65, fechando o 3-0 final.

Os campeões nacionais iniciaram a partida com um onze diferente do habitual apenas do meio campo para a frente, já que Jesualdo Ferreira manteve o quarteto defensivo composto por Sapunaru, Bruno Alves, Rolando e Cissokho. Madrid surgiu na posição mais recuado do meio campo, onde fez companhia a Lucho e Raul Meireles, e o ataque estava entregue a Mariano, Farías e Roddríguez.

Desde cedo o FC Porto assumiu o controlo do jogo, na procura do golo que desse alguma tranquilidade e permitisse alguma gestão tendo em conta o encontro de quarta-feira frente ao Man. United. No entanto o futebol praticado na primeira metade por parte do FC Porto foi demasiado lento, com o Estrela a conseguir afastar o perigo da sua área, ensaiando até algumas boas jogadas de ataque. Neste cenário surgiu em bom momento para o FC Porto mais um livre para Bruno Alves aos 29 minutos, com o central a mostrar credenciais neste tipo de lances, inaugurando o marcador com um belo remate junto ao poste direito da baliza de Nélson.

Até ao intervalo poucos foram os motivos de interesse, com o resultado a manter-se inalterado, altura que Jesualdo Ferreira aproveitou para fazer descansar Rodríguez entrando para o seu lugar Hulk e Guarín para o lugar de Raul Meireles.

Com o «Incrível» em campo, os dragões apresentaram-se com uma atitude diferente, mais agressivos e rápidos, o que causou muitas dificuldades ao Est. Amadora. Os lances de perigo foram uma constante junto da baliza de Filipe Mendes, entretanto entrado para o lugar do lesionado Nélson, e adivinhava-se o golo portista. Aos 58 minutos, Hulk trabalha bem na direita e assiste Farías que dentro da área rematou fazendo o 2-0, que dava maior tranquilidade à equipa portista.

Volvidos apenas 5 minutos Farías assina novo golo, desta feita de cabeça depois de um cruzamento de Bruno Alves, resultado imediatamente «aproveitado» por Jesualdo Ferreira para retirar Lucho, colocando Tarik em campo. Apesar de em clara gestão de esforço, o FC Porto continuou a dominar por completo as operações, e teve boas situações para elevar o marcador, não fosse o desacerto na finalização de Hulk, Farías e Tarik.

Este resultado permite ao FC Porto manter a vantagem de 4 pontos sobre o Sporting na liderança da Liga Sagres, com a gestão de esforço tendo em conta o compromisso da Liga dos Campeões a ser plenamente cumprida.

FICHA DE JOGO

Liga, 24ª jornada
11 de Abril de 2009
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 36.202 espectadores

Árbitro: João Capela (Lisboa)
Assistentes: Pedro Garcia e Paulo Soares
4º Árbitro: Nuno Miguel Roque

F.C. PORTO: Helton; Rolando, Bruno Alves e Cissokho; Lucho «cap», Andrés Madrid e Raul Meireles; Mariano, Farías e Rodríguez
Substituições: Raul Meireles por Guarín (45m), Rodríguez por Hulk (45m) e Lucho por Sektioui (67m)
Não utilizados: Nuno, Stepanov, Fernando e Rabiola
Treinador: Jesualdo Ferreira

ESTRELA DA AMADORA: Nelson «cap»; Hugo Gomes, Nuno André Coelho, Mustafa e Ney; Fernando Alexandre e Marcelo Goianira; Moreno, Jardel e Silvestre Varela; Rui Varela
Substituições: Nelson por Filipe Mendes (45m), Jardel por Celestino (60m) e Moreno por Anselmo (75m)
Não utilizados: Pedro Pereira, Marco Paulo, Vítor Vinha e Nelson Pedroso
Treinador: Lázaro Oliveira

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Bruno Alves (29m), Farías (58m e 65m)
Disciplina: nada a assinalar



Não é Portista quem quer, só é Portista quem pode

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

O Dragão, preguiçou, despertou e brilhou.


Resumidamente, foi isto que se passou a noite passada no Estádio do Dragão.

A preguiça durou cerca de 30 minutos e durante esse período, o F.C.Porto estava na Lua, parecia levitar, via o Estrela jogar e não reagia. Jesualdo, atento, colocou Hulk e Guarín a aquecer e a equipa sentiu o toque, desceu à Terra, despertou, arrepiou um pouquito e marcou, num excelente golo de B.Alves na marcação de um livre - bem mereceu o central portista, depois da azarada noite de terça-feira. Pouco mais há para dizer a não ser que o Estrela, que se bateu muito bem, talvez não merecesse ir para intervalo a perder.

Na segunda-parte já foi um Porto muito melhor: mais rápido, mais pressionante, mais poderoso e aí, o Estrela deixou de incomodar, os golos surgiram com naturalidade e o brilho da exibição portista, não sendo de outra Galáxia, foi muito razoável e dentro do que se exige a uma equipa com as responsabilidades da equipa do F.C.Porto. Para isso muito contribuiu, Hulk, que com as suas arrancadas, o seu entusiasmo pelo jogo e as suas diagonais, ajudou a deslocar e desmoronar, uma defesa, que até aí, tinha estado muito bem, principalmente, N.André Coelho, jogador emprestado pelo F.C.Porto, que fez uma exibição irreprensível, mostrando ao público portista, que está ali um senhor defesa-central, um central, na linha da magnífica escola de centrais do F.C.Porto - J.Costa, R.Carvalho, F.Couto, B.Alves, etc..

Missão cumprida, sem que ninguém ouse contestar o mérito da vitória do F.C.Porto, num jogo sem casos, mas com uma arbitragem fraquita.

Pode agora, o F.C.Porto, preparar com calma, com tranquilidade e com o sentimento do dever cumprido, a partida frente ao Manchester, da próxima quarta-feira. Estamos num ponto alto das nossas capacidades, físicas, técnicas e psicológicas. Sabendo que não vai ser fácil e que vamos ter de sofrer muito, acredito que todos juntos - equipa e público -, vamos conseguir. Nós merecemos!

Hermínio só teve o que merecia. Levou uma grande assobiadela e saiu - ou fugiu? - a correr.

Boa Páscoa