O seleccionador português de futebol, Carlos Queiroz, referiu hoje que o encontro particular com a Estónia, quarta-feira, é mais um degrau na construção da equipa portuguesa e que servirá para consolidar opções.“É mais um degrau, porque temos de consolidar opções”, referiu em conferência de imprensa, em Talin, Carlos Queiroz, que quer dar experiência e internacionalizações a alguns jogadores lusos.
O seleccionador confirmou que vai dar a primeira internacionalização “AA” a alguns jogadores, dizendo que espera “a melhor resposta possível” deles, embora seja uma questão de aprendizagem, como na “primeira viagem de avião” ou no “primeiro beijinho”.
Queiroz mostrou-se confiante no futuro e referiu que sente “o grupo cada vez tranquilo, com mais confiança no seu trabalho”.
Para o seleccionador, a experiência dada a estes jogadores é importante para que não volte a acontecer o mesmo que nos confrontos com a Suécia e a Albânia, em que a “equipa das quinas” tinha menos sete habituais titulares.
“O trabalho acumulado dos estágios tem vindo a permitir que qualquer jogador que esteja em campo, o seu posicionamento, o seu entendimento e a sua harmonia sejam cada vez melhores. Estamos no bom caminho”, disse.
Sábado, Portugal derrotou a Albânia, por 2-1, em jogo de apuramento para o Mundial2010, com o golo do triunfo a surgir aos 93 minutos, por Bruno Alves.
“Se esse click é tão importante e pode ajudar, então temos todos de acreditar nisso. Mas não é só desse click que a equipa vai viver e não é com esse click que a equipa vai conseguir a qualificação. É com a conjugação de muitos outros pequenos clicks”, referiu.
Carlos Queiroz lembrou que “ainda há muito trabalho para fazer” e que a equipa tem de “ter as mãos no presente e os olhos no futuro”.
“Depois de tanto esforço, o golo trouxe mais ilusão, mais esperança, mais convicção ao mérito, ao trabalho e ao empenhamento da equipa. Tirando alguns minutos na primeira parte, nós fizemos um bom jogo. Tivemos a capacidade de, a pouco e pouco, ir batendo nos pontos frágeis da Albânia até eles cederem. Isso foi mérito da equipa, porque não se precipitou”, considerou.
Os dois próximos encontros da selecção portuguesa disputam-se no princípio da próxima temporada, na Dinamarca e na Hungria, sendo que Carlos Queiroz garantiu já ter falado com os jogadores.
“Já tive conversas com eles. Naquilo que depende de nós, queremos fazer tudo para que eles estejam bem fisicamente. Espero também que as questões profissionais se resolvam cedo para os jogadores poderem começar a época normalmente”, disse.
Carlos Queiroz afirmou ainda que a equipa técnica tem “um plano estratificado e programado” para “tentar garantir quatro a seis jogos por ano” a jogadores de 20 e 21 anos, numa selecção “BB”.
O seleccionador lembrou ainda jogadores como Rui Patrício, Pereirinha, Yazalde ou Fábio Coentrão, com quem espera trabalhar no futuro, mas a quem preferiu dar minutos no Torneio de Toulon, ao serviço da selecção de sub-21.
Sobre a nova equipa que está a formar para as várias selecções, Queiroz disse que “até ao final da semana” irá falar com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madail, que depois anunciará a decisão.
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