domingo, 28 de junho de 2009

Estrelas do Passado: Emídio Pinto

A história de Emídio Pinto confunde-se com a história da própria Volta a Portugal. O director desportivo da Madeinox-Bric-Loulé é o homem que mais sabe de corridas de bicicletas de toda a caravana voltista.

A prová-lo está o bilhete de identidade daquele a quem chamam velha raposa aos 75 anos, tem 45 Voltas cumpridas, primeiro como ciclista e depois como director desportivo e como elemento das organizações.

Emídio diz que ainda não se cansou. "Nos últimos dias de uma Volta já me apetece regressar a casa. Quando estou em casa, começo a desesperar por uma corrida", confessa.

"O meu filho já me disse várias vezes que eu ia morrer nas bicicletas. Não me importo nada. Esta é a minha vida", diz o decano dos directores desportivos, que começou a relação de amor com a Volta em 1950, quando se estreou, na altura com 18 anos.

"Como ciclista, corri 11 Voltas. Era um bom rolador, ganhei algumas etapas e ajudei companheiros a ganhar etapas e corridas", revela o "senhor ciclismo", cuja carreira nas bicicletas é mais meteórica como director desportivo. Aí, nem consegue fazer as contas de tantas provas que ganhou.

"Comecei como director desportivo adjunto, no F. C. Porto. Fui adjunto de Franklim Cardoso e de Onofre Tavares e a primeira Volta que festejei nessa qualidade foi a de Joaquim Leão, em 1964", conta, orgulhoso.
Depois de, em 1978, ter saboreado a vitória de Belmiro Silva na Volta como director desportivo do Coimbrões, Emídio regressou ao F. C. Porto e, em 1981, conseguiu o êxito mais curioso da carreira, ao levar o então desconhecido Manuel Zeferino à vitória no Tour português.

O resto da história é conhecido. Zeferino fugiu ao pelotão na primeira etapa e ganhou com mais de 12 minutos de vantagem. "Foi muito fácil", conta Emídio, que ainda hoje goza com essa vitória.

No impressionante currículo de treinador de Emídio Pinto constam duas das quatro vitórias de Marco Chagas na Volta, pelo F. C. Porto, clube do coração do mestre, e pelo Sporting.
Depois de tantos êxitos, Emídio Pinto passou por uma fase sem dirigir equipas profissionais, dedicando-se à formação, em pequenos clubes do Grande Porto. Há dois anos regressou ao grande pelotão como chefe da equipa Madeinox.

Não é Portista quem quer, só é Portista quem pode

2 comentários:

dragao vila pouca disse...

Grande homem e grande portista, que encontro muitas vezes no Dragão com o filho, como já encontrava nas Antas, a ver o F.C.Porto.

Um abraço

Pedro Silva disse...

Como seria de esperar um grande Portista como tu só podia encontrar outros grandes Portistas na nossa "casa".

Saudações Portistas!!!

Não é Portista quem quer,,só é Portista quem pode