O PEC do FCP

Há uns anos para cá, o nosso PEC (Plano Especial de Crescimento) tem sido conseguido através de excelentes participações na Champions que, além de proporcionaram elevadas receitas são, como é conhecido, uma excelente montra para colocar jogadores. Este ano, melhor dizendo, na época 2009/2010, devido à nossa fraca prestação desportiva, apenas devemos participar na Uefa League. Vamos então analisar o que está em jogo utilizando um instrumento sobre o qual falámos no dia 3 de Março (ver Arquivo do Mística) numa crónica intitulada “UM BALANÇO QUE FALA POR SI”.

Estamos a falar do ORÇAMENTO da SAD que não é mais do que uma previsão onde, duma forma necessariamente sintética, se coloca a nossa expectativa para os PROVEITOS e os CUSTOS da Sociedade. Vamos primeiro ver os PROVEITOS mais relevantes. Temos: Bilheteira, Receitas das TV’s, Publicidade e, como PROVEITOS EXTRAORDINÁRIOS, a Merchandising (actividades comerciais), os Ganhos na participação das competições europeias, e Transferências de jogadores. Nos CUSTOS devemos considerar essencialmente, os FSE (Fornecimentos e Serviços Externos), Custos com os jogadores, e as Amortizações.

Como é que umas Contas “mexem” com as outras? É fácil. Se, como nos tem acontecido este ano, a prestação desportiva não é a melhor, logo se reduzem as Receitas de Bilheteira, o Investimento em Publicidade que os nossos patrocinadores fazem em nós, as Actividades, por exemplo da Porto Comercial ou da Porto Estádio, sendo a mais relevante a “despromoção” para a Europa League em troca com as excelentes receitas da Champions. Tem então os nossos Administradores que reduzir significativamente os CUSTOS para que as contas fiquem equilibradas como até aqui. Vamos ver então, onde podemos “cortar”. Naturalmente salta aos nossos olhos que uma das verbas mais importantes que “pesa” nos Custos, é a que se refere às aquisições que, por arrasto, fazem subir a conta Salários com o pessoal e, por via indirecta, as “comissões” aos Agentes e empresários dos jogadores. Outra das particularidades da nossa SAD, é a existência dum elevado número de atletas emprestados e/ou cedidos por meia dúzia de euros a outros clubes. Estão neste caso, cerca de 25 jogadores dos quais, terminam contrato em 2010, 5; em 2011, 8; em 2012, 9; e em 2013, 3.

Então parece fácil. A solução está em NÃO comprar jogadores e “despachar” os que não são utilizados mesmo que, para tal, seja necessário negociar rescisões amigáveis. Pois é, dizem os meus amigos, e depois? “Depois”, como temos gente que percebe disto no Clube e na SAD, é juntar esforços e começar a trabalhar já. Para terminar reparei que me esqueci dum “pormenor. Este tal “grupo de trabalho” também tem que pensar num treinador. De preferência “que não invente” e que não tenha “filhos e enteados”. Estou certo que o nosso presidente acabará o seu ciclo com “mais uma alegria, mais uma vitória”

Por fim a minha homenagem a todos aqueles que contribuíram para o nosso mau ano desportivo.