Meus caros amigos, adeptos de futebol o resultado é simplesmente aterrador. Se dois garotos conseguem fazer aquele barulho, dei comigo a imaginar o que não será, num estádio de futebol com por exemplo, 2/3 de espectadores bufando em semelhante artefacto! Ora tentei documentar-me sobre este instrumento e fiquei a saber que a vuvuzela, pode ter tido origem no chifre de kudu (um antílope) e que antigamente era usado na África do Sul para chamar os habitantes das aldeias para as reuniões tribais.
Em Junho de 2009, surgiram os primeiros protestos, na Taça das Confederações. Xabi Alonso, médio da selecção espanhola, chegou mesmo a pedir que fossem proibidas nos estádios e os operadores de televisão queixaram-se que o som destas cornetas atrapalhava os comentadores e os telespectadores. A FIFA recusou imediatamente qualquer proibição!
"A vuvuzela é parte da cultura africana", disse Joseph Blatter - e a imprensa sul-africana atacou os críticos: "Se não aguentas o calor, não entres na cozinha", escreveu o jornal The Sowetan.
Ora quando confrontei os valores dos decibéis provocados pela dita VUVUZELA e por uma buzina de ar comprimido, daquelas que se vão ouvindo nos estádios, fiquei estarrecido. Reparem na tabela oficial:
1) Corne-inglês – 123.6 dB
2) Vuvuzela – 123.4 dB
3) Tambor – 122.2 dB
4) Vaias – 121.8 dB
5) Hinos cantados pelos torcedores – 121.6 dB
6) Buzinas de ar – 121.4 dB 7) Sinos – 114.9 dB
Assim, podemos concluir que os valores em decibéis, até nem diferem muito dos instrumentos testados, mas teremos que considerar que num estádio e ao mesmo tempo, soprarem 30 mil espectadores, será a mesma coisa que "30 mil buzinas de ar comprimido" ao mesmo tempo buzinarem! Julgo que será evidentemente infernal, o ruido provocado por esta Vuvuzela. Deixo para complementar o artigo e para vossa apreciação, um estudo feito por especialistas:
"As vuvuzelas podem causar danos graves na audição dos adeptos, alerta um estudo publicado na edição deste mês do "South African Medical Journal".
"O resultado do estudo demonstra o risco real de perda auditiva", lê-se nas conclusões dos investigadores De Wet Swanepoel (Universidade de Pretória) e James Hall (Universidade da Florida), que já tinham revelado alguns dados preliminares.O estudo incluiu testes auditivos a 11 adeptos antes e depois de um jogo de futebol com 30.000 espectadores, bem como medições do ruído no estádio. Durante duas horas, os adeptos estiveram sujeitos em média a 100 decibéis, algo equivalente a um concerto de música, e houve picos de 144 decibéis, para quem estava a soprar ou muito perto da vuvuzela.
Pois bem será altura de perguntar: jogadores e árbitros, também vão ter de usar protecção? Se assim for, haverá uma vantagem que será, a não amostragem de cartões, por palavras menos convenientes!
Este que vos estima
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