A história de mais um clássico entre FC Porto e Benfica escreve-se com um empate a duas bolas, no Estádio do Dragão, que deixa as duas equipas na liderança do Campeonato e ajuda a explicar que nesta fase das respectivas Vidas não há diferença de forças entre os dois emblemas.
Num duelo táctico equilibrado, onde os pares Witsel/Moutinho e Guarín/García se encaixavam criteriosamente, era do FC Porto que se via mais futebol. Quase sempre com Hulk no epicentro, foi aos 11 minutos que o Dragão assistiu ao primeiro tremor de terra, quando o Brasileiro aviou três jogadores do Benfica e obrigou Artur a esticar-se para evitar o golo Azul e Branco.
As respostas do Benfica eram ténues, frágeis e sobretudo inacabadas. Nolito e Gaitán não tinham bola para jogar e Cardozo dava luta, e pouco mais. Completas e perigosas, e de que maneira, eram as investidas do FC Porto. Aos 27 minutos, Varela serviu Fucile na pequena área e só uma defesa monumental de Artur evitou a explosão definitiva na plateia Portista.
Haveriam de passar mais dez minutos até à vantagem dos homens da casa. Kléber, mais rápido no raciocínio e na execução, reagiu de forma brilhante ao livre de Guarín e, de cabeça, bateu o agora indefeso guardião da Luz. A resposta perfeita ao presente de Mano Menezes que o chamou pela primeira vez à Canarinha. O FC Porto ficava em vantagem, merecida, porque no duelo de xadrez era quem acrescentava um pouco de arte.
O arranque da segunda parte foi eléctrico. Aos 46 minutos, Óscar Cardozo estreava-se a marcar em pleno Estádio do Dragão e mostrava que o Benfica vinha diferente. Nolito inventou o lance, na esquerda, e serviu na perfeição o ponta-de-lança Paraguaio que teve a frieza necessária para contornar Helton e fazer o empate. Melhor era impossível, terá pensado Jesus, que pouco depois voltava ao estado de choque.
Canto curto executado pelo FC Porto, Varela rodou e encontrou Otamendi no sítio certo, à hora certa. O central Argentino só teve de encostar e os Dragões voltavam a liderar o marcador quando estavam apenas jogados cinco minutos da segunda parte. Uma vantagem que voltou a dar maior conforto ao FC Porto que só aos 62 minutos viu a vantagem ameaçada. Outra vez a dupla Nolito e Cardozo, com o Espanhol a repetir a jogada e a servir Cardozo que desta vez viu Helton negar-lhe o golo.
Mas o empate haveria mesmo de surgir, aos 82 minutos de jogo. Já com Javier Saviola em campo, O Argentino tirou literalmente um coelho da cartola e isolou o compatriota Nico Gaitán que com um remate potente, com o seu pé esquerdo, bateu Helton na baliza Azul e Branca e voltava a roubar o triunfo ao FC Porto. O Benfica empatava em casa do maior rival e deixava tudo na mesma entre os dois emblemas.
Melhor em Campo: Otamendi
Positivo: Numa partida onde o Futebol Clube do Porto só durou uma parte e meia, é complicado destacar pontos positivos, mas o Futebol rápido e de primeiro toque da 1ª parte é um dos poucos aspecto positivos por parte dos Portistas. A destacar pela positiva, para além do Melhor em Campo Otamendi, temos também Hulk enquanto teve pernas para correr e Helton que quando foi chamado a intervir não se fez rogado e deu o seu melhor.
Negativo: Pela negativa está naturalmente Vítor Pereira. O Treinador Portista esteve muito mal nas substituições e durante a 2ª parte não soube impedir um incompreensivel encolhimento da Equipa Azul e Branca no terreno de jogo. Vítor Pereira tem de melhorar rapidamente as suas prestações durante os jogos e tem também de se familiarizar com o facto de ter de tomar decisões sob pressão, ou de outra forma terá um futuro muito complicado no Dragão.
8 comentários:
Asneiras, num jogo que o Porto tinha obrigação de vencer e só não venceu por azelhice, com substituições mal feitas e a fora de tempo. Será como diziam muitos adeptos que com estas camisolas de risca azul ao meio nunca se ganha nada?
caríssimos:
é inacreditável sofrer um golo a partir de um lançamento de linha lateral... a nosso favor!
e poderia relevar este empate se não tivesse ocorrido frente ao nosso maior rival.
assim, acho que foi muito demérito da nossa parte o termos concedido. e que, para mim, tem o sabor amargo da derrota. e que fará com que passe uma noite (pelo menos) em claro.
bom final-de-semana para todas(os).
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
saudações desportivas mas sempre pentacampeãs! ;)
Miguel | Tomo II
Boas
Não vale a pena dramatizar, até porque ainda somos lideres, mas hoje estou oficialmente preocupado.
O Vítor Pereira dá ideia de estar meio perdido (isso é o que me preocupa), esperemos que ele consiga dar a volta. Os próximos jogos são importantes para o Porto e especialmente para ele.
Colocar os melhores e Inventar o menos possível parece-me ser uma excelente ideia neste momento.
Abraço
http://100porcentodragao.blogs.sapo.pt/
Com muita pena minha sou obrigado a dizer que na temos treinador para esta época.
Bom dia,
O resultado de ontem sabe a derrota.
Depois de uma primeira parte bem conseguida, mas sem eficácia atacante, na segunda parte voltamos ao nível exibicional de Aveiro.
Está bem que o Benfica teve sorte em obter o golo na entrada do segundo tempo, mas também é verdade que foi muito por inépcia nossa.
Vítor Pereira deu a entender que só temos pernas para meio tempo ... bem isto é preocupante.
Não temos capacidade para gerir o jogo depois de estarmos em vantagem, falta-nos qualquer coisa, e não é só o alegado fantasma Falcao.
Kléber é a segunda partida consecutiva que sai ao intervalo, por problemas físicos. Walter não tem ritmo competitivo, Iturbe não é convocado, e ontem Hulk não devia estar a 100% fisicamente, pois Hulk de cansaço não padece ... tem pulmão para 90 minutos ou mais.
Assim na segunda parte o Porto eclipsou-se. Varela e Hulk deixaram de desequilibrar, e a partir do momento que VP retira Guarin, e o Benfica coloca Bruno César, perdemos o controlo do miolo, e o golo do empate encarnado advinhava-se...e aconteceu.
Destaques individuais para Otamendi e Guarin os melhores em campo. Fernando e Moutinho também cumpriram e trabalharam imenso.
Espero que a equipa técnica consiga recuperar fisicamente a equipa, e que estabilize na escolha do motor de qualquer conjunto, que é o seu meio-campo. Defour de titular e opção regular, passa a não utilizado.
Os adeptos que se deslocaram ao Dragão e que apoiaram a equipa não mereciam este resultado. A equipa tem de puxar pelo público também.
Abraço e bom fim de semana
Paulo
pronunciadodragao.blogspot.com
Eu só gostava de perceber porque é que há 10 anos só temos treinadores que “inventam”... Del Neri, Fernández, Couceiro, Jesualdo, Villas Boas (sim, este também inventava, só que inventava bem), e agora Vitor Pereira.
Claro que os pasquins lisbonários e comentadeiros/faxineiros aproveitam a situação e caem-nos em cima. Vejam lá que até o Rascord inventou uma regra nova para ordenar a classificação. Depois de dizer que os critérios de desempate “só se aplicam no final do campeonato”, coloca a “instituição” no 1º lugar porque “marcou mais golos no campo do adversário”! Quer dizer: afinal já jogámos na Luz e eu sem saber! Isto é que são umas bestas!
E, se me permitem, um fait-divers.Ontem realizou-se mais uma jantarada (em Sintra, não sei se me faço entender) a propósito do 101º aniversário da AFL com ilustres fósseis, entre outros, do movimento associativo: O inefável lacaio benfiquista Vitor Pereira (que bem que ele soube nomear mais um artista para o jogo do Dragão), o Girafa (não se percebe representando quem) e Carlos Ribeiro (presidente da AFL). Já estamos todos a ver qual foi o tema do jantar, não? É que “eles” ainda não digeriram o Dr. Fernando Gomes, vão lutar até ao fim e tentar lixar-nos de qualquer maneira. Se não for na Federação vai ser no Tribunal Arbitral do Desporto (instância máxima, sem direito a recursos, lembram-se?). Imaginem o que que era levarmos até lá a troca daquele vermelho ao Cardozo por dois amarelos, a poupança do 2º amarelo ao Javi, a mão do matreco dentro da área, o critério na distribuição dos amarelos etc, etc, etc...
Pois é amigos. Não podemos inventar. É só “lá dentro” que podemos ganhar.
Abraço
Mais uma exibição de duas faces, o que começa a ser preocupante. A equipa demonstra não ter pernas para manter o ritmo e a intensidade do jogo durante os noventa minutos.
Primeira parte de muito bom nível onde só faltou eficácia no remate. Aquela perdida de Fucile é, no mínimo, exasperante. Dominamos, controlamos e merecíamos sair para o intervalo com um resultado mais confortável.
Depois, voltamos às exibições cinzentas, sem chama, com muitas bolas perdidas, alguma desconcentração e deitamos tudo a perder.
Apesar da influência negativa da arbitragem, que amarelou os nossos jogadores sem qualquer critério e ainda perdoou a expulsão ao Cagozo, considero que devemos a perda de dois pontos a nós próprios.
A equipa necessita sobretudo e uma preparação física adequada para ser capaz de aguentar todo o jogo em bom nível.
Um abraço
@ David J. Pereira
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