segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

A culpa foi das rabanadas

O FC Porto não passou no Estoril na 2ª jornada do Grupo A da Taça da Liga. Mesmo com o melhor onze disponível, os Dragões só evitaram a derrota aos 88 minutos, com um grande golo de João Moutinho, a fazer o 2 x 2. Este empate deixa os Dragões com os mesmos pontos do V. Setúbal (4), antes do embate no Estádio do Dragão, na 3ª jornada.

À semelhança do jogo na Madeira, com o Nacional, Vítor Pereira não foi em invenções na Amoreira e dispôs no relvado o melhor onze Portista, apenas com Kelvin a entrar na vaga deixada em aberto por James Rodríguez, ausente devido a apoquentações físicas. Mas nem por isso se viu um FC Porto afirmativo e dominador na fase embrionária do encontro, onde o Estoril se apresentou destemido e perigoso.

Como consequência, Helton acabou batido; primeiro aos 13 minutos, por Anderson Luiz, mas a desvantagem Azul e Branca era anulada pela posição irregular do jogador Brasileiro dos «canarinhos». Não tardou para que a vantagem do Estoril fosse efetiva. Minuto 15, livre batido de forma exemplar por Steven Vitória e o 1 x 0 para a equipa de Marco Silva. O jogo clonava-se ao duelo da Liga nacional, assumindo o mesmo percurso e os mesmos intervenientes.

Mais ainda quando aos 31 minutos o marcador voltava à igualdade com um golo de Jackson Martínez. Por esta altura já o FC Porto tinha agarrado o jogo e desmembrado o bom arranque do Estoril, com Lucho González e João Moutinho a pautarem o futebol do Bicampeão Nacional. No entanto, o empate Portista, que saiu da cabeça do Colombiano, teve colaboração de Mário Matos, guardião do Estoril, que calculou mal a trajectória da bola que saiu do pé de Otamendi.

Até ao descanso, nota para um grande remate de Danilo (40’) que passou bem perto da trave, falhando a reviravolta Portista em poucos centímetros. Do intervalo saiu a primeira mexida na equipa do FC Porto, aparentemente por motivos de ordem física, porque quem saiu foi Jackson Martínez para a entrada do Belga Steven Defour.

Uma alteração que mudou forçosamente o jogo do FC Porto, que passou a ter em Kelvin e Varela os homens de ataque, com Danilo a assumir ainda mais responsabilidades no jogo ofensivo. O certo é que a tendência se manteve, com domínio Portista e com Kelvin a ficar perto do golo, aos 52 minutos, num golpe de cabeça que saiu ao lado.

Mas o Estoril mostrou que não existe domínio sem perigos e só duas intervenções decisivas de Helton, um minuto depois, impossibilitou nova vantagem para a equipa de Marco Silva. Mas há destinos inevitáveis e o segundo golo «canarinho» chegou mesmo, aos 61 minutos, na transformação de uma grande penalidade; Steven Vitória «bisava» depois de Otamendi jogar a bola com o braço dentro da área Azul e Branca.

Tempo para voltar a centrar o foco na área do Estoril, onde o FC Porto procurou anular a nova vantagem do Estoril; mas Mário Matos, que tinha comprometido no golo de Jackson Martínez, mostrou-se decisivo, nomeadamente ao defender com as pernas um remate de João Moutinho que levava «selo» de golo, aos 70 minutos.

Vítor Pereira percebeu aos 78 minutos que o dragão precisava de um homem de área – Varela e Kelvin não cumpriram – e Sebá foi chamado ao jogo. Mas seria mesmo João Moutinho a salvar o FC Porto da terceira derrota da temporada, quando aos 88 minutos disparou de meia distância para um golo de belo efeito: 2 x 2, ponto final.

Retirado de zerozero

Melhor em Campo: Lucho Gonzalez

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