quarta-feira, 30 de abril de 2014

O Tal Canal

A propósito das críticas permanentes que os pasquins lisboetas publicam, isco que os Portistas novos, velhos e assim-assim engoliram, uma das mais badaladas refere-se, ao PORTO CANAL, melhor dizendo, ao aproveitamento de tempo de antena nesse órgão televisivo. A verdade é que “o aproveitamento institucional” que o nosso clube faz do canal, é praticamente nulo.
 
Como aqueles que me conhecem sabem, comentários vindos de pessoas que nada entendem do que estão a falar, “entram-me a 10 e saem a 200”, não me preocupam muito. No entanto, para uma melhor elucidação dos sócios e adeptos, lá tenho que desmontar mais este argumento para atacar o presidente. Estão mesmo aflitinhos para que Pinto da Costa saia? Deixem lá! Tem que esperar mais 2 anos e, mesmo assim, não sei. No último jogo que vi no Dragão, o Cerqueira já andava por lá com uma lista!
É meu dever informar os ilustres críticos, sempre tão preocupados quando as coisas correm menos bem no clube e/ou na SAD, que o PORTO CANAL não é (por enquanto) nenhum órgão oficioso e muito menos oficial do Futebol Clube do Porto. Estão a confundir por exemplo com a inenarrável BenficaTV, poiso habitual de acirrados pasquineiros anti portistas que vomitam na BOLHA: guerras, delgados, pinhões, mãozinhas, eduardos, talhantes de fígados e outras aves agoirentas que por lá param. Muito menos pretende ser como a CMTV, divulgadora de crimes de faca e alguidar muito apreciados pelas sopeiras, onde vegetam os octávios (um deles, o bombeiro/agricultor, sem vergonha na cara), manhas, santanas e farinhas.
 
O Porto Canal foi lançado em Setembro de 2006 com programação baseada na informação regional sobretudo do Grande Porto. Três anos depois abriu-se mais à região Norte e no Verão de 2011 passou a ser comparticipado pelo FC Porto, que assinou uma parceria com a dona do canal, a espanhola Media Pro. Comprámos 97% da quota pertencente à Media Luso, uma participada da Media Pro, e o acordo prevê a aquisição completa do capital ao fim de três anos (até 31 Agosto de 2014) se for essa a vontade do nosso presidente.
 
O FC Porto apostou num canal para a cidade do Porto e a região Norte e o objetivo, “é levar as perguntas do Norte aos diversos poderes”. Apesar de reconhecer que o foco da informação terá uma localização regional, “a agenda informativa do canal não ficará fechada nessas fronteiras e será abrangente, porque o que interessa ao Porto e ao Norte interessa ao resto do país e a tendência será para que os espaços exclusivamente dedicados ao FC Porto, que terão uma marca de água própria, aumentem". Para já são os seguintes
Curiosamente a utilidade do nosso clube possuir uma operadora de televisão foi discutida no II Encontro da Bluegosfera, uma iniciativa de 3 prestigiados blogues portistas: reflexãoportista, Porta19 e bibóportocarago, numa animada sessão no Auditório da Biblioteca Municipal de Espinho, com a colaboração preciosa da Casa do FC Porto naquela cidade.
Os meus amigos portistas que se interessam por estas atividades pró FC Porto podem ver mais pormenores e fotos em Reflexão Portista.
 
Entretanto uma trapalhada jurídica se aproxima. A ERC (Entidade Reguladora da Comunicação) diz que houve “mudanças profundas [no canal] que foram sendo anunciadas nos cargos de direção, assim como na gestão, e também as alterações nos conteúdos são públicas e notórias”. E realça: “a ideia que circula no espaço público, e não é contestada, de que o Porto Canal é o serviço de programas oficial do Futebol Clube do Porto”. Esta gestão do clube, que se traduz pelo menos na escolha do diretor-geral e do diretor de Informação e na “orientação imprimida à informação e aos conteúdos” deixa o regulador “preocupado”, que alega que pode estar em causa “a transparência da propriedade e da gestão”.
 
Como veem trata-se mesmo de um assunto de grande preocupação (risos)! Foi esta mesma ERC que assistiu impávida e serena à dação (pois foi disso mesmo que se tratou) do Canal Benfica propriedade do Sport Lisboa e Benfica (clube com estatuto de IPSS e consequentes benefícios fiscais e outros) à Benfica/SAD, entidade cujo objeto não é de forma alguma “a realização e transmissão de espetáculos desportivos”. Mas já estamos habituados, eles fazem sempre a coisa pelo outro lado! Tiram de um bolso e metem no outro. Já tinham feito a mesma habilidade com o galinheiro. O Clube “deu” o Estádio à SAD para fingir que tinha um grande Ativo, mas como está longe de estar pago, triplicou o Passivo. O do Clube mais o da SAD já vai em 600 milhões né?
 
Voltando à crónica pode ser que um dia esta imagem se justifique no topo do PORTO CANAL.
Dito isto, ficamos então a aguardar pelo III Encontro da Bluegosfera (ainda sem data) e a novos desenvolvimentos deste e de outros assuntos que interessam ao nosso Clube.
 
Até à próxima.

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