terça-feira, 8 de maio de 2018

Hora de Balanço

Desde o ano Calabote em 1958 e passadas 6 décadas este deve ter sido o campeonato que me deu mais gozo. Arrumamos com os cartilheiros, políticos, advogados, árbitros, deputados, meninos-queridos, pasquineiros e até coligações de construtores civis.
A TRAGÉDIA, O DRAMA, O HORROR!

Era a frase inicial de Artur Albarran quando apresentava os seus programas na caixinha que mudou o mundo. Trabalhou na RTP, TVI e SIC operadoras oficiosas ao serviço do clube da treta. Em 2005, com a falência da EuroAmer, Albarran seria alvo de uma investigação do Ministério Público mas nunca houve uma acusação. Depois da detenção Albarran saiu com termo de identidade e residência. Ao fim de sete anos, o caso foi arquivado.

Já estou a ouvir os meus habituais leitores “que raio terá isto a ver com o nosso clube”? Apenas coincidências. Recordem-se das apresentações bombásticas dos programas de Artur Albarran. Não fazem lembrar os habituais títulos dos pasquins A Bolha, O Rascord ou O Correio Manhoso durante a presente LIGA?
Outra coincidência é a detenção e posterior saída em liberdade do principal rosto do polvo encarnado Paulo Gonçalves. Até agora aparece como eixo central das aldrabices praticadas pelos meninos queridos, membros da Justiça, Arbitragem, Disciplina, Tribunal Arbitral etc. Ainda mais outra coincidência refere-se a rumores sobre o eventual arquivamento do caso dos e-mails. Já lá vão 11 meses e os juízes amigos pressionados por 4 empresas de Advogados devem ter a cabeça a fumegar pensando na melhor maneira de meter aquilo numa gaveta.
Agora como antigamente as amizades laterais com membros do Governo não auguram nada de bom. Vão fazer os impossíveis para salvar o clube do seu lugar que é a Segunda Liga. Por mim, que sou do tempo em que Salazar não deixava “Ausébio” sair do país, confesso que não tenho nenhuma esperança que se faça Justiça nos tribunais comuns. Então nos desportivos com a cambada que lá conseguiram colocar foi chão que já deu uvas. Mais importante do que pôr “o clube querido” na ordem parece ser mantê-lo à tona por mais algum tempo.

Voltando ao presente que é a parte que mais nos interessa. Não quero deixar ninguém de fora mas em primeiro lugar gostava de salientar o brio de toda a equipa técnica com natural relevo para Sérgio Conceição. Provou contra tudo e contra todos que se consegue ganhar uma LIGA cheia de armadilhas com querer, vontade, brio e competência.
A seguir “a estrutura”. Vai entre aspas porque trata-se de uma figura de estilo. É como se não existisse. Elogios ao nosso presidente apenas pelo acerto na contratação do treinador. Compreendemos que é muito complicado lidar com o polvo que tomou conta do futebol nos últimos anos mas muito nos admirou toda a passividade da “administração”.
Depois a onda Azul e Branca. Um nome para os mais novos transmitirem à sua geração. Recorda-me o Tribunal das Antas quando estivemos 19 anos sem ganhar nada. Esta época conseguimos vencer os jogos limpinho, limpinho com a ajuda de uma massa humana de sócios, simpatizantes e adeptos como eu nunca tinha visto e já cá ando há muito tempo.

Quero englobar nos vencedores o contributo, o saber e a dedicação de toda a equipa do Universo Porto da Bancada e a coragem de Diogo Faria e Francisco J. Marques na publicação do seu livro O Polvo Encarnado.

Quanto tempo mais vamos esperar para os Tribunais verdadeiros e as instâncias do futebol como a FPF, a LIGA, a Comissão de Arbitragem, Disciplina e o TAD se pronunciem sobre as toupeiras (observadores e restantes lacaios do clube do regime)? Abençoada atitude da UEFA que teve a coragem de deixar os árbitros paridos por Vítor Pereira a ver o Campeonato do Mundo pela televisão.
Para terminar com Ouro Sobre Azul mais um magnífico trabalho do nosso Bruno Sousa.

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