Ao intervalo o Dragão está a perder...

Nas vésperas do terceiro Clássico entre FC Porto e Benfica desta temporada muito se questionou sobre se era possível verificar um novo 5 x 0, tal como aconteceu na partida relativa ao Campeonato. André Villas-Boas, em conferência de imprensa, afastou logo esse cenário, na esperança dos Adeptos não se iludirem, mas a verdade é que também não esperava o resultado da noite de Quarta.

Numa partida de emoções, o Benfica soube sempre jogar mais com a razão do que os dragões, que se mostraram sempre mais inquietos e com um menor segurança na condução da bola. Que o digam Maicon e Helton, os responsáveis pelo primeiro golo dos encarnados, apontado por Coentrão, e Fernando, que assistiu Javi Garcia para o 2 x 0, conseguido através de um forte remate de fora da área.

Num jogo com bastante contacto físico, o Benfica soube aproveitar os erros do FC Porto e na hora H revelou eficácia, ao contrário dos Dragões que mostraram pouca capacidade para criarem reais lances de perigo e quando os criava o acerto era pouco.

A equipa de Jorge Jesus ainda jogou com menos um jogador durante 30 minutos, mas os comandados de Villas-Boas não conseguiram aproveitar a superioridade numérica e Júlio César, Guarda-redes titular no Dragão, acabou a partida sem qualquer golo sofrido.

À terceira tentativa o Benfica venceu o FC Porto e deu um importante passo rumo à final da Taça de Portugal. A segunda mão, que apenas será jogada dentro de dois meses, é que vai decidir definitivamente o rumo das duas equipas na prova, mas os Encarnados partem para essa partida depois de fazerem o mais difícil: vencer no Dragão, local onde tinham sofrido a derrota mais pesada desta época.

Os dois Treinadores surpreenderam com as opções apresentadas nos respectivos lados esquerdos, mas Jorge Jesus foi mais feliz do que André Villas-Boas. O Treinador dos Encarnados lançou César Peixoto no 11 inicial, que se revelou fundamental para travar os jogadores que por aquele lado tentaram atacar: Varela (o melhor dos Dragões em campo) na primeira parte e Hulk na segunda. Por seu lado, o Técnico Azul e Branco preteriu Fucile, que nem no banco se sentou, e colocou Sereno no lado esquerdo da Defesa.

O Benfica adiantou-se cedo no marcador. O cronómetro marcava seis minutos quando Maicon facilitou, Helton também não agiu da melhor forma, e Fábio Coentrão aproveitou para inaugurar o marcador. O FC Porto acusou o golo e aos 18 minutos teve a possibilidade de empatar, mas após um bom lance entre Varela Sapunaru, James Rodriguez falhou a emenda ao primeiro poste.

Apenas dois minutos depois do lance dos Azuis e Brancos, Helton quase deitou tudo a perder. O Guarda-redes entreteu-se de mais com a bola e foi por uma “unha negra” que Cardozo não ampliou a vantagem. Não aumentou o Paraguaio, mas Javi Garcia encarregou-se disso aos 26 minutos, após um lance em que Fernando não ficou bem na fotografia.

Ainda na primeira parte os Dragões tiveram duas oportunidades para marcar. Na primeira, aos 31 minutos, Varela falhou na pontaria, na segunda, Hulk executou um forte remate mas contou com a boa defesa de Júlio César.

No segundo tempo era o FC Porto quem tinha de arriscar mais mas os líderes do Campeonato não tiveram arte nem engenho para criarem mossa na área adversária. O Benfica foi gerindo o resultado e foi a equipa que esteve mais perto de marcar, já com apenas dez jogadores em campo. Valeu ao FC Porto a defesa de Helton, após um remate de Cardozo.

O Benfica derrotou a equipa de André Villas-Boas, que pela segunda vez perdeu esta temporada, sendo que ambas as derrotas e verificaram em casa, e foi também a primeira vez que o FC Porto não marcou qualquer golo numa partida. Os Encarnados fizeram uma exibição bastante sólida, ao contrário do FC Porto, que se mostrou bastante desorganizado. Falta saber se o resultado, para além da Taça de Portugal, terá consequências no Campeonato.

Melhor em Campo: Silvestre Varela

P.S.: Este resultado é uma enorme bofetada de luva branca para aqueles Portistas que têm a mania de desvalorizar o Benfica. Sempre que o nosso Futebol Clube do Porto defronta a Equipa da Luz é preciso que TODOS tenham os pés bem assentes na terra para que a Equipa entre em campo convicta de que vai defrontar uam Equipa de peso e não uma Equipa de Amadores.