O FC Porto venceu o FC Paços de Ferreira por 3 x 0 e manteve a liderança na Liga Zon Sagres, colocando pressão no Benfica, que recebe hoje o Olhanense.
Na conquista da terceira vitória consecutiva para o Campeonato, a história do jogo ficou vincadamente marcada com um antes e pós João Moutinho. Na primeira parte, com o médio no banco de suplentes, a equipa esteve longe de deslumbrar, mas na segunda, juntamente com James Rodríguez, a história foi diferente e a qualidade de jogo dos Campeões Nacionais aumentou bastante.
No primeiro tempo, a equipa treinada por Vítor Pereira, Treinador que manteve exactamente o mesmo 11 que começou a última partida com o Nacional da Madeira, voltou a mostrar-se lenta, sem ideias e, por isso, previsível para um Paços de Ferreira que, aproveitando a passividade do adversário, esteve bastante organizado no Estádio do Dragão, apesar de atacar pouco.
Os Azuis e Brancos apresentaram pouco jogo colectivo, mas as unidades em campo também não mostraram capacidade para desequilibrar nas acções individuais. Hulk foi o caso mais flagrante da desinspiração Portista e sinal disso foi o facto de ter sido substituído, antes do final do primeiro quarto-de-hora da segunda parte, por James Rodríguez.
Ao contrário de Hulk, Álvaro Pereira esteve bem melhor que nos últimos jogos e começou nele a jogada do golo que fez os Dragões suspirarem de alívio antes do intervalo.
No primeiro minuto de compensação, o lateral-esquerdo deu velocidade ao corredor esquerdo e, numa atrapalhação da defesa Pacense, Luisinho rematou contra Melgarejo, com o Paraguaio, que recebeu a notícia da chamada à Selecção na passada Sexta-feira, a colocar a bola dentro da baliza do Paços de Ferreira, destruindo a muralha defensiva da equipa orientada por Luís Miguel.
Antes do golo, tinham sido poucas as oportunidades de golo. Varela, aos 23 minutos, tinha obrigado Cássio a defender a bola para a barra, Bellushi, com um remate de longe, também testou a atenção do guarda-redes Brasileiro, mas uma das mais perigosas pertenceu, precisamente, a Melgarejo, que aproveitou o desleixo de Sapunaru e Rolando para rematar à baliza de Helton, com a bola a passar a milímetros do poste.
Na segunda parte, o jogo tomou, definitivamente, outro rumo. Vítor Pereira deixou Defour no balneário e fez entrar João Moutinho. O médio internacional Português voltou às boas exibições e os Dragões melhoraram, e de que maneira, a qualidade de jogo.
Sempre muito interventivo, Moutinho deu velocidade à partida, jogou e fez jogar os companheiros, com exemplo disso a ser a jogada do segundo golo, que acabou com o encontro. Já com as substituições todas feitas (Moutinho, Kléber e James entraram para o lugar de Defour, Walter e Hulk)os jogadores que Vítor Pereira lançou na segunda parte foram os protagonistas do lance que resultou no 2 x 0.
João Moutinho iniciou a jogada, deu para James, que rematou ao poste e, na recarga, Kléber finalizou para o fundo da baliza, ampliando a vantagem dos Campeões Nacionais.
No entanto, parecia destinado que João Moutinho não podia terminar o jogo sem marcar e foi o ex-jogador do Sporting que, após mais uma boa jogada com James, estabeleceu o resultado final de 3 x 0, terminando a partida sob cânticos merecidos pelos Adeptos presentes no Estádio.
Melhor em Campo. Alvaro Pereira
Positivo: Foi uma partida onde o que menos abundou foi futebol e pontos positivos, mas para além do Melhor em Campo, há a destacar pela positiva João Moutinho que parece estar com vontade de regressar rapidamente á boa forma com que nos habituou na temporada anterior e Kléber que é somente o melhor marcador do FC Porto, justificando assim uma aposta contínua na sua pessoa para o onze inicial. Não posso terminar os pontos positivos sem deixar aqui uma palavra de apreço a Helton que quando foi chamado a intervir fê-lo com enorme distinção.
Negativo: À cabeça dos aspectos negativos deste jogo está o Brasileiro Walter que mais um vez não fez absolutamente nada em campo. muito trapalhão sempre que a bola lhe caia nos pés e muito preso de movimentos, nunca soube dar a volta á defeas do Paços que o manteve sempre controlado. Pela negativa está também Hulk pelo gesto desagradável que teve para com os Adeptos quando foi substituído e a falta de colectivo no Jogo Azul e Branco também é motivo de destaque pelos piores motivos.
3 comentários:
muito triste a forma como muitos adeptos no estádio trataram a equipa e o grande hulk...
Sem as claques o que seria...
somos portisas ou inquisidores?!
desilusão...
quanto à equipa, que continue a ganhar e a melhorar.
Mais um jogo com todos os defeitos e virtudes que têm caracterizado o FC Porto desta época. A equipa acusa alguma falta de confiança que a leva a cometer erros escusados e a fazer exibições intermitentes, alternando coisas boas com outras decepcionantes.
O importante nesta fase tem sido conseguido. As equipas vivem de resultados e por aí não nos podemos lamentar. Somos lideres. Mas já começam a ser horas, para aos resultados somarem-se exibições convincentes.
Se há jogadores em evidente baixa de forme, Hulk empunha o estandarte. Logo agora que o seleccionador brasileiro mais parece apostado em testá-lo. Pouca sorte do incrível, que como mortal que é também tem direito aos seus momentos menos bons. Gostei da coragem de Vítor Pereira na sua substituição e compreendo que a massa adepta portista não tenha ficado agradado com a exibição do brasileiro, mas daí a demonstrá-lo com uma vaia descomunal, parece-me no mínimo ingrato.
Gostei mais uma vez do jovem Mangala, o mais rápido dos defesas-centrais do plantel, que para mim, conquistou o lugar.
Um abraço
@ Pedro lx
Eu sou totalmente contra aquelas pessoas que vão para o Dragão descarregar as suas frustrações de uma semana de trabalho assobiando e berrando para o campo.
Enervam os Jogadores e quem está na bancada a ver o jogo.
Mas o Hulk não deveria ter feito o que fez quando foi substituído. Neste especto o Hulk ficou muito mal na fotografia.
E sim, as claques são importantes. O problema é quando lhes dá para a parvoíce e começam a rebentar petardos.
@ Rui Anjos (Dragaopentacampeao)
Subscrevo quase por completo o que escreveu. A única coisa que não concordo quando diz que o VP teve coragem para retirar Hulk de campo.
Só daqui por uns jogos é que vamos ver se isto foi mesmo um acto de coragem ou se foi apenas o que estava planeado no caderno de VP.
É que se há coisa que falta no actual FC Porto é ordem no balneário e todos sabemos que o VP não é o Homem certo para isto.
Cumprimentos aos dois.
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