Esta é uma crónica que eu gostaria de não ter sido preciso escrever. Como faço todos os dias, começo as minhas leituras bloguísticas pelo Reflexão Portista. Não estou a dar graxa, é mesmo verdade a lista é extensa e tenho que começar pelos melhores. A seguir vem o bibóportocarago, Porta19, Dragão Até à Morte, Tomo II de que gosto particularmente, o inevitável Portista Forever da amiga Ana e por fim o blogue onde colaboro, Mística Azul e Branca.
Em todos eles escrevem, comentam, ou simplesmente passam os olhos, grandes Portistas. Não tenho nenhuma dúvida. Alguns tive a felicidade de conhecer pessoalmente, outros, habituei-me a conhecê-los pela forma da escrita. Uns textos mais curtos, outros mais avantajados, alguns (poucos) um tanto subtis, comentários incisivos ou mais rebuscados procurando, cada qual, fazer valer as suas opiniões.
Então um destes dias, no Reflexão Portista, a propósito de um texto irónico de Filipe Sousa, o Mário Faria que não conheço pessoalmente, mas considero, insurgiu-se com o estilo utilizado. Comentavam-se as contradições, enganos, e omissões de Paulo Fonseca nas entrevistas antes dos jogos e, sobretudo, no final dos mesmos. No jogo com o Eintracht chegou a ser dramático.
Em todos eles escrevem, comentam, ou simplesmente passam os olhos, grandes Portistas. Não tenho nenhuma dúvida. Alguns tive a felicidade de conhecer pessoalmente, outros, habituei-me a conhecê-los pela forma da escrita. Uns textos mais curtos, outros mais avantajados, alguns (poucos) um tanto subtis, comentários incisivos ou mais rebuscados procurando, cada qual, fazer valer as suas opiniões.
Então um destes dias, no Reflexão Portista, a propósito de um texto irónico de Filipe Sousa, o Mário Faria que não conheço pessoalmente, mas considero, insurgiu-se com o estilo utilizado. Comentavam-se as contradições, enganos, e omissões de Paulo Fonseca nas entrevistas antes dos jogos e, sobretudo, no final dos mesmos. No jogo com o Eintracht chegou a ser dramático.
Todos já percebemos que esta época, pese embora o otimismo que todos (ou a grande maioria) tivemos com a sua contratação, as coisas não correram mesmo nada bem. Ao contrário de alguns amigos mais novos (os da era Pinto da Costa) eu sou de outra geração. Aquela onde não ganhávamos nada. Calculem que uma vez durou 17 anos. Entre 1959 e 1986 não metemos a mão ao prato. E não desistimos. Por isso compreendo Mário Faria, e The Blue One do Mística.
Não é assim que se ajuda o clube (clube e não Sad) a levantar, pese embora todo o desnorte que se tem vivido esta temporada. Entrevistas de atletas completamente deslocadas, comentadores afetos à pasquinada da Capital aproveitando a maré para nos cair em cima, portistas como MST, preocupado em destruir Pinto da Costa, nunca percebi porquê, e até o pobre do Varela sofre por qualquer passe errado que faça.
Houve erros? Sim, claro, muitos! Desde a contratação de algumas jovens esperanças que nunca chegaram a “aparecer”, até ao desaproveitamento de outras que nos poderiam ter sido úteis. A lista é extensa, não valerá a pena referi-los por conhecidos que são. Creio que o fator decisivo para esta sangria de qualidade tem a ver com o orçamento previsto para esta época muito por força das normas de “fair play financeiro” já em vigor.
Não é assim que se ajuda o clube (clube e não Sad) a levantar, pese embora todo o desnorte que se tem vivido esta temporada. Entrevistas de atletas completamente deslocadas, comentadores afetos à pasquinada da Capital aproveitando a maré para nos cair em cima, portistas como MST, preocupado em destruir Pinto da Costa, nunca percebi porquê, e até o pobre do Varela sofre por qualquer passe errado que faça.
Houve erros? Sim, claro, muitos! Desde a contratação de algumas jovens esperanças que nunca chegaram a “aparecer”, até ao desaproveitamento de outras que nos poderiam ter sido úteis. A lista é extensa, não valerá a pena referi-los por conhecidos que são. Creio que o fator decisivo para esta sangria de qualidade tem a ver com o orçamento previsto para esta época muito por força das normas de “fair play financeiro” já em vigor.
O aconselhamento da UEFA aos clubes é que não tenham despesas superiores às receitas nas últimas 3 épocas; que não apresentem prejuízos acumulados nesse período superiores a 30M€; introduzir políticas racionais na sua gestão; e criar a curto-prazo departamentos juvenis. Não se conhecem medidas a aplicar a um clube nosso conhecido que apresenta prejuízos há 5 anos.
É a “pescadinha de rabo na boca”. Não contratámos jogadores porque não gastámos dinheiro e não produzimos bom futebol porque não temos bons jogadores… Estará certo este raciocínio? Claro que não. Temos na nossa Liga equipas que apresentam um futebol decente e não gastam muito dinheiro. Olhem! Como o Paços de Ferreira de Paulo Fonseca. E não venham para aqui com a história da “equipa pobrezinha que entra em campo para levar um pontinho”.
A “explicação” dos literatos dos pasquins, ou dos analfabetos desportivos dos programas das TV’s, é a estafada teoria que “uma coisa é treinar uma equipa que joga para não perder”, outra coisa será “treinar uma equipa que joga para ganhar. E lá vem, as desculpas esfarrapadas, do azar, dos árbitros, do terreno, ou da bola que bate no poste.
Já passei por tudo isto. Vi durante vários períodos acontecerem coisas parecidas com as deste ano, desde rasgar o cartão, até insultar, treinador, jogadores e a direção. Todos temos o direito de nos indignar com uma época mal preparada. Mas que diabo! Pelo menos temos que analisar com rigor o que foram estes 30 últimos anos, e conceder ao nosso presidente o crédito a que tem direito. Devemos todos ajudá-lo a terminar o seu ciclo com dignidade.
Voltando ao início da crónica e à citação do Reflexão Portista. Só chamei o blogue à colação porque o considero o melhor de todos. Tem excelentes comentadores: José Correia, Nuno Nunes, José Rodrigues, Mário Faria e um jovem que conheci há poucos meses, Miguel Lourenço Pereira, no lançamento do seu livro “Noites Europeias” escrito em conjunto com João Nuno Coelho.
O que gostaria que acontecesse na Bluegosfera, era uma maior contenção nas críticas que atacam tudo e todos, e analisar a situação do que será melhor para o Clube. Ver se a mudança de equipa técnica nesta altura próxima do final do campeonato é útil, ou aguardar mais umas semanas, dar uma volta de 180 graus, e esquecer este pesadelo. Pelo menos “entendam” o significado da demissão do Dr. Angelino Ferreira.
É a “pescadinha de rabo na boca”. Não contratámos jogadores porque não gastámos dinheiro e não produzimos bom futebol porque não temos bons jogadores… Estará certo este raciocínio? Claro que não. Temos na nossa Liga equipas que apresentam um futebol decente e não gastam muito dinheiro. Olhem! Como o Paços de Ferreira de Paulo Fonseca. E não venham para aqui com a história da “equipa pobrezinha que entra em campo para levar um pontinho”.
A “explicação” dos literatos dos pasquins, ou dos analfabetos desportivos dos programas das TV’s, é a estafada teoria que “uma coisa é treinar uma equipa que joga para não perder”, outra coisa será “treinar uma equipa que joga para ganhar. E lá vem, as desculpas esfarrapadas, do azar, dos árbitros, do terreno, ou da bola que bate no poste.
Já passei por tudo isto. Vi durante vários períodos acontecerem coisas parecidas com as deste ano, desde rasgar o cartão, até insultar, treinador, jogadores e a direção. Todos temos o direito de nos indignar com uma época mal preparada. Mas que diabo! Pelo menos temos que analisar com rigor o que foram estes 30 últimos anos, e conceder ao nosso presidente o crédito a que tem direito. Devemos todos ajudá-lo a terminar o seu ciclo com dignidade.
Voltando ao início da crónica e à citação do Reflexão Portista. Só chamei o blogue à colação porque o considero o melhor de todos. Tem excelentes comentadores: José Correia, Nuno Nunes, José Rodrigues, Mário Faria e um jovem que conheci há poucos meses, Miguel Lourenço Pereira, no lançamento do seu livro “Noites Europeias” escrito em conjunto com João Nuno Coelho.
O que gostaria que acontecesse na Bluegosfera, era uma maior contenção nas críticas que atacam tudo e todos, e analisar a situação do que será melhor para o Clube. Ver se a mudança de equipa técnica nesta altura próxima do final do campeonato é útil, ou aguardar mais umas semanas, dar uma volta de 180 graus, e esquecer este pesadelo. Pelo menos “entendam” o significado da demissão do Dr. Angelino Ferreira.
Um abraço a todos os Portistas
5 comentários:
@ sr. José Lima
antes de tudo, obrigado! pela referência. estou embevecido, orgulhoso e lisonjeado.
depois, apenas e só um lamento: quando a leitura estava a ficar interessantíssima, o post acabou. fiquei com a (estranha) sensação de que haveria mais para ser escrito...
portanto, peço-lhe o especial favor de continuá-lo, numa segunda parte ao dito que, estou em crer, será de muito alto nível, tal como a primeira (e ao contrário do futebol praticado pela nossa equipa do coração. não resisti à piada :D )
abr@ço
Miguel | Tomo II
Lima o seu pensamento faz falta numa altura como a que estamos a passar.
Era impossível prever que isto ia chegar a este ponto. E não me venham cá com o argumento batido de que já se sabia porque o Fonseca veio de um clube pequeno dado que o Vítor Pereira antes de ser adjunto do FC Porto tinha treinador o Santa Clara e falhado a subida de divisão na última Jornada (salvo erro). E nem vou aqui recordar o que fizeram Mourinho e AVB antes de terem sido treinadores do FC Porto.
Agora olho para o que tem sido feito no FC Porto ao longo dos tempos e olho também para o que se faz lá por fora. Despedir um treinador em Fevereiro/Março não resolve absolutamente nada. E pior é despedir o treinador e exigir que o seu sucessor ganhe alguma coisa ainda esta temporada.
Está visto que as coisas estão más. A saída do Dr. Angelino não é sinonimo de coisa boa. Os jogadores parecem desmotivados e não me acredito que seja por falta de treino porque o PF pode ser um nabo mas não é assim tão nabo ao ponto de não saber o que faz durante a semana.
Por isto sou da opinião que se deve manter o PF até não haver condições para tal. Pode ser até quinta ou não. O tempo nos dirá, mas há que ir pensando num possível sucessor caso nada melhore tendo sempre em mente que não se fazem milagres no futebol.
Mas acima de tudo há que ignorar os adeptos. Era o que faltava o Futebol Clube do Porto ser dirigido de fora para dentro. Que eu saiba isto não é o Paços de Ferreira ou o Olhanense. O adepto reage, não pensa e deixa-se levar pelas emoções do momento e quando as Direcções vão atrás acontece o que todos vimos em 2004/05.
Deixemos trabalhar quem está nisto há mais de 30 anos com provas mais que dadas.
Um abraço!!!
Miguel e Pedro
Estamos no mesmo barco.
Duas referências:
1 - Nunca mais ninguém nos dará as alegrias que deu o nosso Presidente.
2 - "The times they are a-changin". Haveria mais para dizer, mas há coisas que não são para falar aqui.
A bon entendeur...
.
Abraço para ambos
até todos termos a sua experiência e clarividência, meu caro...vão passar largos dias com mais de 100 anos! :)
um abraço,
Jorge
Jorge
Obrigado por ter comentado.
Conhece aquela canção do Zé Mário Branco com este refrão:
"Eu vim de longe. De muito longe. O que eu andei pra aqui chegar. Eu vou pra longe. Pra muito longe. Onde nos vamos encontrar. Com o que temos pra nos dar."
.
Não sou melhor do que os outros portistas. Posso é ter mais traquejo nestas situações. Já passei por muitas. Nem imagina.
Grande abraço, englobando toda a bluegosfera.
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