Não estamos obviamente a falar da LIGA ZON SAGRES mas da LIGA que está na sua génese, a Liga Portuguesa de Clubes de Futebol Profissional, atualmente designada LIGA PORTUGAL, fundada a 3 de Fevereiro de 1978 com posterior reconhecimento da autonomia das competições profissionais na sequência da aprovação da Lei de Bases do Sistema Desportivo (Lei n.º 1/90, de 13 de Agosto).
Um pouco mais tarde, em Abril de 1993, foi definitivamente separado o futebol profissional do futebol amador, continuando este a ser organizado pela Federação Portuguesa de Futebol. Finalmente na época 1995/1996 foi entregue à LIGA a responsabilidade da estrutura da Liga de Clubes que passou a ser responsável por regulamentar, organizar e dirigir as competições de natureza profissional, exercer o poder disciplinar em primeiro grau de decisão e gerir o sector de arbitragem através de uma Comissão de Arbitragem.
Até aqui tudo bem. Mas de boas intenções está o inferno cheio. Logo um clube da Capital, habituado anos e anos a beneficiar dos favores do regime, considerou que “seria mais importante conquistar lugares nos centros de decisão e controle, do que na aquisição de equipas técnicas e jogadores”. Tinha começado uma corrida ao lugar de presidente da Liga, ocupado primeiro por Valentim Loureiro, depois Manuel Damásio, Pinto da Costa, novamente Valentim Loureiro (que viria a edificar a atual Sede da Liga no Porto), Hermínio Loureiro, Fernando Gomes (que se mudou para a presidência da FPF), e finalmente Mário Figueiredo alvo de contestação da maioria dos clubes ali representados.
Parece que os únicos apoiantes do senhor da Liga são os dois circos da Segunda Circular, e um tal “guardanapo”, presidente de um clube falido lá para o meio do mar que, por coincidência (e só por coincidência), é seu sogro. Carlos Pereira aproveitou até ao tutano o mamar na teta dos dinheiros públicos que o soba da Madeira lhe proporcionou durante muito tempo, meteu-se numas obras megalómana num estádio de bancadas vazias. Quando Vítor Gaspar fechou a torneira ao Tio Alberto quem levou por tabela foi o tal “guardanapo”. Se calhar é por isso que “anda por aí” encostado ao clube da treta como fizeram o Vitória de Guimarães, e há alguns anos o Estoril e o Alverca. Força amigo, aproveite a onda! Mas veja lá se depois não fica a dever algum frete ao Rei Sol, como o Estoril que teve de ir jogar ao Algarve ou o Alverca que faliu.
Mas voltemos à vaca fria, que é como quem diz ao Pagador de Promessas. Como se recordam a sua candidatura assentou em duas propostas-base. Na primeira, para agradar aos clubes que habitualmente sobem e descem de divisão, prometeu aumentar o campeonato para 18 clubes. “Nesta época ninguém desce”. A segunda, também para endrominar os pobrezinhos, consistia em centralizar na LIGA os direitos televisivos, e “distribuir (diz ele) um bolo maior por todos”.
Analisemos. O aumento do número de clubes, além de estar dependente de aprovação da entidade que tutela esta coisa do pontapé-na-bola, o Conselho Superior de Desporto (via FPF), não era do agrado dos principais clubes envolvidos nas competições uefeiras, as únicas que ainda vão dando algum dinheirinho. Porquê? Porque com mais 2 clubes teriam que jogar mais 4 encontros o que não lhes permitiria gerir as competições em que estavam envolvidos. Para apresentarem equipas nas Ligas Europeias (Champions e Uefa League) na Liga Zon, na Taça de Portugal, nas equipas “B”, nesse aborto da Taça Lucílio Baptista também conhecida como Taça das Cervejolas, e ainda com as paragens para os jogos da nossa seleção, ver-se-iam forçados a construir um plantel enorme. Bem sabemos que este facto, para a “instituição” que vive do BES, do BCP, e dos Fundos, não tinha importância de maior. Era mais empréstimo para a frente, assim como quem diz, mais Passivo para cima, e um plantel à volta dos “tais” 104 jogadores.
Mas cadê os outros? Os que ainda não estão falidos como a “instituição” mas não conseguem os tais empréstimos? Parece que a maior parte já arrepiou caminho e, das duas uma, ou fecham o tasco ou só podem pensar nas competições secundárias. Nunca conseguirão um plantel competitivo ao nível interno, quanto mais para pensar nos altos voos das provas Europeias.
A segunda promessa (centralizar os direitos televisivos) já tem mais que se lhe diga. Primeiro porque há clubes com os direitos vendidos até 2018. Depois porque com a exploração dos seus próprios jogos, o clube da treta deu uma machadada de morte nesta hipótese. Gostava de ver Mário Figueiredo “obrigar” o senhor Vieira a entregar-lhe a cabeça numa bandeja como Salomé com o São João Batista.
Os clubes deram parecer negativo às contas da Liga de 2012/13 e chumbaram o orçamento para a corrente época. O presidente do Estoril revelou as contas "fictícias" que Mário Figueiredo apresentou, realçando que a sua queda tem que ser uma inevitabilidade.
De reunião em reunião, a pequenada da Segunda Liga arrebita cachimbo, e também começa a entalar o presidente. Agora querem um ”prémio de presença” no valor de 500 mil euros ainda antes de a competição começar, que a Liga seja dividida em 2 zonas geográficas, e uma fase final com os 6 melhores classificados de cada série. Já estão fartos de promessas.
Os clubes mantêm a intenção de forçar a queda de Mário Figueiredo e pretendem convocar eleições para 2 de junho. Se fosse a eles não me metia nisso. Essa data só pode ser marcada pela única pessoa que tem poderes para o fazer: o presidente da Assembleia-geral. Qualquer ilegalidade cometida será logo invocada a aproveitada pelos moribundos dirigentes. A Liga já marcou para 11 de junho a eleição dos novos órgãos para o quadriénio 2014-19. É só esperarem mais uma semana. Está na hora do senhor Mário Figueiredo nos deixar. Se fosse a ele não esperava pelas eleições de 11 de Junho. Ia de férias para o país das bananas e ficava por lá.
Felizmente, ou talvez não, que o responsável pelas arbitragens vergonhosas que se tem verificado esta época, também já não pertence à Liga. Foi “trasladado” para a casa-mãe a FPF, que também tinha acolhido um nosso ex-administrador Dr. Fernando Gomes, em circunstâncias ainda por explicar. Dependem um do outro, pertencem ambos à mesma “sociedade”. Desde que não prejudiquem o clube da treta podem lá ficar muitos anos. Não é senhor Madail?
Para terminar e só por mera curiosidade (calculo que não vai dar em nada) gostava de saber por onde anda o processo Paulo Pereira Cristóvão. Lembram-se? Aquele vice presidente da lagartada que mandou meter 2.000 euros na conta de um árbitro. Estará na gaveta da Comissão de Disciplina da FPF, na do Conselho de Justiça, ou na do senhor Mário Figueiredo?
Se calhar estão à espera de homologar o campeonato para vir à tona como uma bolha. Sem produzir efeito.
Até à próxima
Um pouco mais tarde, em Abril de 1993, foi definitivamente separado o futebol profissional do futebol amador, continuando este a ser organizado pela Federação Portuguesa de Futebol. Finalmente na época 1995/1996 foi entregue à LIGA a responsabilidade da estrutura da Liga de Clubes que passou a ser responsável por regulamentar, organizar e dirigir as competições de natureza profissional, exercer o poder disciplinar em primeiro grau de decisão e gerir o sector de arbitragem através de uma Comissão de Arbitragem.
Até aqui tudo bem. Mas de boas intenções está o inferno cheio. Logo um clube da Capital, habituado anos e anos a beneficiar dos favores do regime, considerou que “seria mais importante conquistar lugares nos centros de decisão e controle, do que na aquisição de equipas técnicas e jogadores”. Tinha começado uma corrida ao lugar de presidente da Liga, ocupado primeiro por Valentim Loureiro, depois Manuel Damásio, Pinto da Costa, novamente Valentim Loureiro (que viria a edificar a atual Sede da Liga no Porto), Hermínio Loureiro, Fernando Gomes (que se mudou para a presidência da FPF), e finalmente Mário Figueiredo alvo de contestação da maioria dos clubes ali representados.
Parece que os únicos apoiantes do senhor da Liga são os dois circos da Segunda Circular, e um tal “guardanapo”, presidente de um clube falido lá para o meio do mar que, por coincidência (e só por coincidência), é seu sogro. Carlos Pereira aproveitou até ao tutano o mamar na teta dos dinheiros públicos que o soba da Madeira lhe proporcionou durante muito tempo, meteu-se numas obras megalómana num estádio de bancadas vazias. Quando Vítor Gaspar fechou a torneira ao Tio Alberto quem levou por tabela foi o tal “guardanapo”. Se calhar é por isso que “anda por aí” encostado ao clube da treta como fizeram o Vitória de Guimarães, e há alguns anos o Estoril e o Alverca. Força amigo, aproveite a onda! Mas veja lá se depois não fica a dever algum frete ao Rei Sol, como o Estoril que teve de ir jogar ao Algarve ou o Alverca que faliu.
Mas voltemos à vaca fria, que é como quem diz ao Pagador de Promessas. Como se recordam a sua candidatura assentou em duas propostas-base. Na primeira, para agradar aos clubes que habitualmente sobem e descem de divisão, prometeu aumentar o campeonato para 18 clubes. “Nesta época ninguém desce”. A segunda, também para endrominar os pobrezinhos, consistia em centralizar na LIGA os direitos televisivos, e “distribuir (diz ele) um bolo maior por todos”.
Analisemos. O aumento do número de clubes, além de estar dependente de aprovação da entidade que tutela esta coisa do pontapé-na-bola, o Conselho Superior de Desporto (via FPF), não era do agrado dos principais clubes envolvidos nas competições uefeiras, as únicas que ainda vão dando algum dinheirinho. Porquê? Porque com mais 2 clubes teriam que jogar mais 4 encontros o que não lhes permitiria gerir as competições em que estavam envolvidos. Para apresentarem equipas nas Ligas Europeias (Champions e Uefa League) na Liga Zon, na Taça de Portugal, nas equipas “B”, nesse aborto da Taça Lucílio Baptista também conhecida como Taça das Cervejolas, e ainda com as paragens para os jogos da nossa seleção, ver-se-iam forçados a construir um plantel enorme. Bem sabemos que este facto, para a “instituição” que vive do BES, do BCP, e dos Fundos, não tinha importância de maior. Era mais empréstimo para a frente, assim como quem diz, mais Passivo para cima, e um plantel à volta dos “tais” 104 jogadores.
Mas cadê os outros? Os que ainda não estão falidos como a “instituição” mas não conseguem os tais empréstimos? Parece que a maior parte já arrepiou caminho e, das duas uma, ou fecham o tasco ou só podem pensar nas competições secundárias. Nunca conseguirão um plantel competitivo ao nível interno, quanto mais para pensar nos altos voos das provas Europeias.
A segunda promessa (centralizar os direitos televisivos) já tem mais que se lhe diga. Primeiro porque há clubes com os direitos vendidos até 2018. Depois porque com a exploração dos seus próprios jogos, o clube da treta deu uma machadada de morte nesta hipótese. Gostava de ver Mário Figueiredo “obrigar” o senhor Vieira a entregar-lhe a cabeça numa bandeja como Salomé com o São João Batista.
Os clubes deram parecer negativo às contas da Liga de 2012/13 e chumbaram o orçamento para a corrente época. O presidente do Estoril revelou as contas "fictícias" que Mário Figueiredo apresentou, realçando que a sua queda tem que ser uma inevitabilidade.
De reunião em reunião, a pequenada da Segunda Liga arrebita cachimbo, e também começa a entalar o presidente. Agora querem um ”prémio de presença” no valor de 500 mil euros ainda antes de a competição começar, que a Liga seja dividida em 2 zonas geográficas, e uma fase final com os 6 melhores classificados de cada série. Já estão fartos de promessas.
Os clubes mantêm a intenção de forçar a queda de Mário Figueiredo e pretendem convocar eleições para 2 de junho. Se fosse a eles não me metia nisso. Essa data só pode ser marcada pela única pessoa que tem poderes para o fazer: o presidente da Assembleia-geral. Qualquer ilegalidade cometida será logo invocada a aproveitada pelos moribundos dirigentes. A Liga já marcou para 11 de junho a eleição dos novos órgãos para o quadriénio 2014-19. É só esperarem mais uma semana. Está na hora do senhor Mário Figueiredo nos deixar. Se fosse a ele não esperava pelas eleições de 11 de Junho. Ia de férias para o país das bananas e ficava por lá.
Felizmente, ou talvez não, que o responsável pelas arbitragens vergonhosas que se tem verificado esta época, também já não pertence à Liga. Foi “trasladado” para a casa-mãe a FPF, que também tinha acolhido um nosso ex-administrador Dr. Fernando Gomes, em circunstâncias ainda por explicar. Dependem um do outro, pertencem ambos à mesma “sociedade”. Desde que não prejudiquem o clube da treta podem lá ficar muitos anos. Não é senhor Madail?
Para terminar e só por mera curiosidade (calculo que não vai dar em nada) gostava de saber por onde anda o processo Paulo Pereira Cristóvão. Lembram-se? Aquele vice presidente da lagartada que mandou meter 2.000 euros na conta de um árbitro. Estará na gaveta da Comissão de Disciplina da FPF, na do Conselho de Justiça, ou na do senhor Mário Figueiredo?
Se calhar estão à espera de homologar o campeonato para vir à tona como uma bolha. Sem produzir efeito.
Até à próxima
1 comentário:
Lima
Nem mais é cada vez mais preciso e pertinente tocar com o dedo na ferida. Esta gente não se enxerga e está a tomar um caminho algo perigoso
100% de acordo com este seu artigo muito bom
ft
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