segunda-feira, 17 de março de 2014

Vutória da Calimerice

O Sporting derrotou o FC Porto. Como tem sido clássico nas últimas rondas, a vitória dos Leões foi conseguida graças a um golo de Slimani. O conjunto Leonino tem agora mais cinco pontos que os Tricampeões Nacionais e menos quarto que o líder Benfica.
Quando Martin Lee Gore escreveu e ajudou a interpretar a música Enjoy the Silence, dos Depeche Mode, longe estava a banda Britânica - e os milhões de fiéis seguidores - de imaginar o duelo entre Sporting e FC Porto. O clássico no futebol Português aconteceu mais de 24 anos depois do clássico musical. Ora, mais de duas décadas depois o hit dos Depeche Mode reescreveu-se mas, desta vez, num relvado de futebol. A banda de Português não tem nada. Apenas a música os liga a este jogo que tem sempre "janelas" para a Europa e para o Mundo.
O FC Porto, é certo, tem dominado os últimos Campeonatos, mas isso não faz diminuir o desejo e a pressão dos adeptos Portistas que querem sempre mais conquistas. Apesar do natural favoritismo com que arrancou para a temporada, por ser o Campeão, a defesa do Título tem revelado um FC Porto menos fulgurante do que em outras temporadas. 
Já o Sporting, por seu lado, entra na recta final da época na luta pela conquista do Título e tinha no duelo com os Dragões francas possibilidades de ganhar uma confortável vantagem para garantir, desde logo, o segundo lugar.
Em Alvalade, o Sporting procurava uma vitória para continuar a ter "uma palavra" na luta pelo título. Do outro lado, o elenco Azul e Branco procurava os três pontos para o mesmo objectivo e, desde já, "roubar" o segundo lugar aos Leões. O jogo de Alvalade permitia, assim, definir melhor a luta pelo Título e também a vice-liderança da classificação.
Ainda antes da bola rolar no relvado, já a polémica estava instalada. Olegário Benquerença começou por ser o árbitro escolhido para este jogo, mas, um dia depois (com a justificação de uma indisponibilidade física), o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol alterou a nomeação de Benquerença pelo também internacional Pedro Proença.
Os dois rivais entraram em campo separados por apenas dois os pontos, depois de uma semana marcada por fortes críticas à arbitragem por parte do Sporting, no seguimento do empate em Setúbal (2 x 2). Os adeptos e responsáveis do Sporting, sobretudo eles, não esconderam a insatisfação com as arbitragens mais recentes.
«Feelings are intense. Words are trivial. Pleasures.» Traduzindo: «Os sentimentos são intensos. As palavras são insignificantes». Assim cantam os Depeche Mode , assim é o futebol jogado dentro das quatro linhas onde contam (apenas) os golos para as vitórias e o espectáculo.
Na distribuição das equipas, Leonardo Jardim voltou a deixar Montero no banco, tal como Carrillo e Heldon. O técnico dos Leões fez avançar Rui Patrício para a baliza. A defesa teve Cédric, Eric Dier no lugar do castigado Maurício, Marcos Rojo e Jefferson. No miolo, Adrien Silva teve a companhia de André Martins e William Carvalho. O ataque esteve a cargo de Slimani que foi municiado por Capel e Mané.
Do outro lado, Luís Castro apostou no onze esperado. Helton defendeu a baliza e teve na sua frente, Danilo, Abdoulaye, Mangala e Alex Sandro. No meio-campo, Carlos Eduardo e Defour fizeram companhia a Fernando, enquanto que o ataque, com naturalidade, teve Jackson Martínez a ser "servido" por Varela e Ricardo Quaresma. 
Quando o árbitro apitou para o começo do clássico, os jogadores de Sporting e FC Porto tinham o destino nas suas mãos. Esqueceram o que se passou na semana que antecedeu o Clássico e limitaram-se a fazer o que melhor sabem: jogar futebol. Ou como dizem os Depeche Mode «all I ever wanted. All I ever needed. Is here in my arms.» Traduzindo: «Tudo que eu sempre quis. Tudo que eu sempre precisei. Está aqui nos meus braços». E estava mesmo! Eram 22 jogadores e muita ambição de vencer.
Desde cedo, o Sporting procurou mostrar ao que ia. Mais forte, mais rápido e com maior esclarecimento na circulação de bola, os Leões tentaram mostrar argumentos perante os Tricampeões Nacionais. Às investidas do Sporting, o FC Porto respondia com maior serenidade e algumas transições rápidas de Ricardo Quaresma. Mas faltava sempre, ou quase, eficácia.
A primeira situação de perigo nasceu dos pés de Slimani. Aos 11 minutos, o Argelino apareceu na cara de depois de Helton mas o guarda-redes Portista estava atento e cortou a bola, depois de um erro defensivo de Alex Sandro. Pouco depois, aos 16', Quaresma deixou Cédric com os "olhos trocados", cruzou para Varela rematar e Rui Patrício fazer uma defesa em grande estilo e evitar o golo Azul e Branco. Aos 29', Quaresma voltou a obrigar Rui Patrício a defesa de recurso, depois de um remate cruzado em jeito; a bola foi ao ferro. Sorte para os leões, já que Patrício estava batido.
Até final da primeira parte o jogo continuou muito intenso, muito forte, com as duas equipas a entregaram-se ao jogo com muita atitude. Ainda assim, Jackson Martínez, no centro da área, cabeceou ao lado, quando tinha tudo para abrir o marcador, após uma jogada de entendimento entre Quaresma e Danilo.
Do intervalo vieram os mesmos. Sempre fiel ao seu ADN, o Sporting tentou chegar perto das redes de Helton em actos pensados e cirúrgicos. Exemplo: Dier, aos 48', em livre frontal direto contra o FC Porto a 30 metros da baliza, rematou perto das redes de Helton.
Aos 51', Helton fez uma defesa enorme e evitou o golo de Carlos Mané que cabeceou ao primeiro poste. Na recarga, Slimani atirou por cima. Estava dado o aviso para o que ia acontecer minutos mais tarde.
Um minutos depois, aos 52', William Carvalho meteu para André Martins um passe em profundidade. Martins, que estava em posição irregular, tirou um cruzamento para Slimani cabecear à vontade para o fundo da baliza de Helton. 
Aos 54', o argelino tentou o segundo golo, após uma investida de Carlos Mané. Valeu ao FC Porto que o avançado do Sporting se atrapalhou e perdeu a oportunidade de ampliar o marcador.
Pouco depois o azar bateu "à porta" de Helton. O guarda-redes Azul e Branco lesionou-se sozinho numa saída de bola e teve que ser rendido por Fabiano. Enquando foi retirado em maca, os adeptos presentes em Alvalade levantaram-se para bater palmas a Helton.
O jogo partiu depois para vários momentos de quebra no ritmo. As substituições e paragens retiraram, necessariamente, gás ao duelo. Nas bancadas - ocupadas por 36 mil 692 adeptos - os adeptos do Sporting iam fazendo a festa. Já os Portistas que se deslocaram a Alvalade acreditavam na sua equipa e não deixavam de incentivar os Dragões.
Os últimos minutos da partida viram o FC Porto em busca do golo e um Sporting a tentar aproveitar para levar perigo às redes de Fabiano em transições rápidas. Jackson Martínez deixou em estado de nervos a Nação Azul e Branca. O Cha Cha Cha, depois de Rui Patrício perder a bola, rematou, mas Dier esticou-se e evitou o golo do empate.
Aos 90', Fernando foi expulso com vermelho directo, depois de um lance com Montero. O médio Portista não reclamou da decisão de Pedro Proença. Pouco depois o árbitro apitou para o final. Os três pontos ficaram em Alvalade. 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Fernando

4 comentários:

Dragão da verdade disse...

Fernando o melhor em campo? Alguém que recebe vermelho directo por agressão? Será que o Quaresma que enviou bola á trave, lutou, defendeu, cruzou, rematou, passou, fez desiquilibrios, roturas , e dinamizou o nosso Porto não esteve muito melhor? Saudações Portistas

Dragão da verdade disse...

Ontem perdemos em Alvalade ( mais um roubo dos senhores Viscondes), e mais uma vez o Quaresma foi o melhor em campo. Carlos Eduardo de novo entrou em campo infiltrado e cheio de dores tendo sido substituido por Quintero ( usual) que na realidade o Colombiano apesar de tanta oportunidade nada acrescenta. Vamos agora a Napoles jogar com Mangala a lateral esquerdo e Reys ( o tal de 70 Kgs e 9 milhões de €)... Seja o que Deus quiser... Mas não antevejo muita sorte com central tão fraco escolhido pelo nosso clube. Como podem ter pago 9M€ por um jogador tão fraco como o Reys? Há gente dentro do nosso clube que já devia ter sido mandada para a terra donde nasceram á muito tempo. Acorde Presidente!!! Boa sorte para Napoles e Deus queira que me engane mas.... Reys vai enterrar a nossa boa exibição no Dragão. Saudações Portistas

Dragão da verdade disse...

Ontem perdemos em Alvalade ( mais um roubo dos senhores Viscondes), e mais uma vez o Quaresma foi o melhor em campo. Carlos Eduardo de novo entrou em campo infiltrado e cheio de dores tendo sido substituido por Quintero ( usual) que na realidade o Colombiano apesar de tanta oportunidade nada acrescenta. Vamos agora a Napoles jogar com Mangala a lateral esquerdo e Reys ( o tal de 70 Kgs e 9 milhões de €)... Seja o que Deus quiser... Mas não antevejo muita sorte com central tão fraco escolhido pelo nosso clube. Como podem ter pago 9M€ por um jogador tão fraco como o Reys? Há gente dentro do nosso clube que já devia ter sido mandada para a terra donde nasceram á muito tempo. Acorde Presidente!!! Boa sorte para Napoles e Deus queira que me engane mas.... Reys vai enterrar a nossa boa exibição no Dragão. Saudações Portistas

Pedro Silva disse...

Dragão escolhi o Fernando para o Melhor em Campo porque antes de deste ser expulso foram imensas as vezes em que este "apagou incêndios" na defesa/meio campo do FC Porto. Então pelo lado do Danilo era cada buraco que metia medo.

Mas isto não invalida que Ricardo Quaresma não tenha feito uma exibição muito boa. Mas só pode ser escolhido um Melhor em Campo e a minha opção foi para o Fernando. O que não invalida que não hajam outras válidas opiniões.

Quanto a Nápoles, vamos indo e vamos vendo. Futurologia nunca fez bem a ninguém.