A denominação dada pelo nosso presidente é interessante e presta-se a várias definições, entre elas profundeza, despenhadeiro, grande buraco, etc. Ou seja: arranjado o nome à coisa (leia-se o descalabro que a nossa equipa representa ultimamente) agora “já só falta” encontrar uma solução, que é como quem diz, consertar o buraco.
Os buracos tem dois lados (o lado de fora e o lado de dentro) e são fáceis de reparar. Se for desportivo basta amandar lá para dentro umas pazadas de jogadores comprados nos saldos de verão ou, quando se trata dum buraco financeiro, ir buscar mais um Empréstimo e receber adiantadamente uns dinheiritos da operadora. Mais difícil será conhecermos o que há “para além do abismo” (dava um bom título para um filme).
O que fazer com uma equipa esfrangalhada onde, na minha modesta opinião, apenas se salvará meia dúzia? Empandeirar sim ou não o treinador mesmo que ganhe a malfadada Taça? Negociar, dar, ou emprestar os 33 atletas que andam por aí espalhados e dos quais não se conseguirão aproveitar mais do que 3 ou 4? Vender 2 ou 3 do atual plantel correndo risco de depois termos que repor o stock para os mesmos lugares?
Depois a pescadinha de rabo na boca. Se não se vender não se pode comprar e não comprando como vamos jogar para os dois primeiros lugares na próxima época? O Fair Play Financeiro está aí à porta, já produziu estragos em vários clubes, e nós já levamos prejuízos que cheguem este ano. Acrescentar ainda uma ideia que a UEFA pondera reduzir o lote de participantes a partir de 2018 na Liga dos Campeões para 16 equipas, de modo a aumentar a competitividade da prova e limitar a entrada de clubes teoricamente mais fracos. A fase de grupos, atualmente com oito grupos de quatro equipas, poderá ser transformada em "duas mini ligas", de oito equipas cada. Os playoff vão ferver!
Resta aos nossos amigos dos Encontros da Bluegosfera convocar para um grande debate uma reflexão sobre o estado atual do nosso clube, onde novos, velhos, e assim-assim, decidam se querem virar o disco e tocar o mesmo ou dar um pontapé nos poderes instalados e partir para outra. Conforme o desenrolar da próxima época um grupo de sócios poderá solicitar uma assembleia geral e mesmo o senhor Presidente da Mesa tem poderes para o fazer. Assim o queira.
Até à próxima
2 comentários:
Caro José Lima
Antes de mais nada é preciso implementar uma estratégia que leve os jogadores do FCPORTO a renunciarem às selecções e focarem-se no FCPORTO.
Os resultados desportivos e financeiros tenderão a melhorar significativamente.
Sempre achei curioso que quando uma empresa vence os seus administradores são generosamente recompensados, mas quando cometem erros que lesam a sua entidade patronal, são os outros a pagar por eles. É como dizia Luís de Camões "Mas assi entrou o Mundo, e assi há-de sair; muitos a repreendê-lo e poucos a emendá-lo".
Este treinador ou outro que venha terá de fazer as suas escolhas. Os que não forem escolhidos, vendem-se, emprestam-se ou dispensam-se. SIMPLES.
Luís (O do José Peseiro)
Enviar um comentário