
Dono de um pé esquerdo de causar inveja aos demais, Ion Timofte era um descanso para os avançados das suas equipas. Fossem eles Kostadinov ou Domingos no FC Porto, ou Artur no Boavista, estes sabiam que a dada altura a bola iria ser colocada «bem redonda» ao seu alcance.
Passes sublimes, inteligência no jogo, exímio nas bolas paradas, Timofte não era no entanto um jogador completo. Ao romeno faltava uma componente fundamental no futebol europeu: «Defender».Timofte defendia pouco. Preocupava-se mais em servir os companheiros (e que bem que ele o fazia...).
A sua frágil constituição física pregou-lhe algumas partidas, com algumas lesões a forçarem indesejáveis paragens.
Em Portugal fixou residência na cidade invicta, cumprindo 3 épocas no FC Porto, e 6 no Boavista. Quando chegou ao nosso país, Timofte viu-se envolvido numa caricata situação: Num costume usado durante uns tempos no futebol português, Timofte «casou» com uma portuguesa, com o objectivo de não contar como estrangeiro nas competições nacionais.
Na memória ficou um sorriso tímido e comprometido quando foi confrontado com a situação, no momento em que chegava ao Estádio das Antas para um FC Porto - Benfica. A pergunta, do curioso jornalista, foi «Boa noite, Timofte. Como está a sua esposa? Veio ver o jogo?»
Não é Portista quem quer, só é Portista quem pode
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