A seguir à estreia do Benfica no Torneio de Amesterdão da última sexta, muito se falou sobre uma questão que me leva a escrever o texto de hoje. Enquanto os resultados nem o vencedor do torneio são para aqui chamados, interessa sim a outra nota dominante daquele primeiro jogo: o onze inicial.
Lembro-me há uns anos para trás, quando o Porto fez as suas primeiras investidas no mercado argentino, tendo adquirido então o Lucho e o Lisandro e algumas épocas depois o Bolatti, Farias e o Mariano; alguns colegas e amigos meus benfiquistas e sportinguistas gozarem comigo denominado o FC Porto o FC Pampas.
Hoje, e até à data, o figurino ainda não mudou. Sim, o FC Porto é de facto uma espécie de FC Pampas mas esta aposta na Argentina ainda não descaracterizou por completo o FC porto que ainda alinha com alguns jogadores portugueses, alguns até titulares da selecção portuguesa. No entanto, feliz ou infelizmente – de acordo com as opiniões de cada um – esta vaga de estrangeiros no nosso campeonato, e sobretudo nos três grandes, tem tido influência na selecção. Mas isso é tema para outra conversa.
Ora, nos últimos anos o figurino do FC Porto tem mudado bastante. Recuamos até ao primeiro ano de glória do FC Porto deste milénio: a conquista da Taça UEFA. Por política do José Mourinho, o FC Porto comprava razoavelmente barato, com pouca experiência internacional mas sobretudo jogadores ambiciosos. Foi com esta ideia que surgiu no grupo do Porto nesse ano jogadores como Paulo Ferreira, Nuno Valente, Maniche e Derlei. No seguinte ano de glória a política manteve-se. Aquando da conquista da Taça UEFA o FC Porto tinha no seu plantel principal 22 portugueses (73,3%), 3 brasileiros (10%) e 5 (16.5%) jogadores de outros países. No ano seguinte, mas com mais alguns jogadores no plantel, 26 eram portugueses (76,5%), 5 brasileiros (14,7%) e 3 de outros países. Com a glória europeia alcançada surgiu a primeira vaga de vendas extraordinárias. Saíram vários e entraram mais alguns. O rosto do Dragão mudou visivelmente. Apesar daquele ano seguinte ter sido desastroso, o Porto conseguiu ainda ter 21 portugueses mas desta vez com 13 brasileiros. No ano de Co Adriaanse o plantel contava apenas com 17 portugueses e 10 brasileiros. Nesse ano entravam também os primeiros argentinos bem como jogadores de outros países até então muito raros pelos lados do Dragão.
Os anos de glória do Porto demonstraram o verdadeiro valor do jogador português. As conquistas do Porto tinham elevado a cotação de alguns dos jogadores portugueses, algo que já se tinha visto com a saída de Ronaldo para o Manchester e Quaresma para o Barcelona. Com esta maior cotação, o jogador português foi lentamente desaparecendo das fileiras dos clubes portugueses – excepto o Sporting, como veremos a frente. Na última época – a época do Tetra – o FC Porto contava com 15 portugueses, 9 argentinos e 6 brasileiros, 2 uruguaios e alguns de outros países. Se a samba brasileira fazia-se sentir menos, agora era o tango argentino a impor-se no grupo azul e branco. Claro que estes números englobam alguns jogadores mais jovens e que esporadicamente apareceram a treinar com o plantel principal. No entanto, demonstra uma clara tendência para apostar em jogadores não portugueses. E não podemos esquecer que na época passada já funcionava a visão 611 do FC Porto. Partindo do princípio que, agora sim, o plantel azul e branco está fechado, de um total de 26 jogadores, 9 são portugueses, 7 são argentinos e 4 são do Brasil. Não me lembro em toda a minha vida o plantel do Porto contar com tão poucos portugueses. Há sempre os que andam aí emprestados, mas esses não entram nestas contas.
O texto do Ricardo Costa no inicio da semana demonstrou que de facto houve alguma mudança na política de aquisições do Porto este ano. Das 11 novas caras este ano, 5 são de nacionalidade portuguesa e as restantes de países da América do Sul. No entanto, destes 5 portugueses, o único que pode realmente sonhar nestes primeiros tempos com a titularidade é o Varela e mais à frente, talvez o Beto. Infelizmente a política de contratações dos nossos clubes, FC Porto incluído, tem sido contratar um estrangeiro para colmatar a saída dos estrangeiros. Muito raramente, e exceptuando o Sporting, é muito difícil encontrar um grande que promova um júnior ou um jogador português mais novo e o deixe crescer dentro do plantel, concedendo-lhe uma titularidade regular. Com os grandes, e sobretudo com o Porto e o Benfica, por razões distintas, os resultados tem que aparecer quanto antes. E assim, não se pode estar a “perder” tempo em lançar jovens. É preciso recrutar para o agora. No entanto, a política do Porto tenta contrariar esta ideia como atesta o largo conjunto de jogadores jovens que rodam em clubes estrangeiros e nacionais, clubes que não tem obrigação de lutar pelo título e podem conceder tempo e espaço para o jogador evoluir. Foi assim que surgiu Ricardo Carvalho e Bruno Alves recentemente. Talvez será assim com outros jovens. Veremos…. Porque até estes casos esporádicos vão-se esfumando.
Portanto, e voltando ao FC Porto, de facto este ano trouxe uma novidade de certa forma assustadora. Pela primeira vez – talvez de sempre – o número de portugueses que formam o plantel do Porto está abaixo da dezena.
No entanto, esta tendência não é de todo visível noutro grande clube português: o Sporting. Fruto de pouca capacidade financeira mas também porque tem sido hábil na área, o Sporting tem feito corar os seus rivais no que diz respeito à formação de jogadores e o lançamento destes na primeira equipa. E quando falo em formar, falo em produzir talentos portugueses. É claro que tanto o Porto como o Benfica formam jogadores, e alguns até bons, mas são muito raras as vezes em que estes chegam tão cedo ao plantel principal e impõe-se com facilidade.
O Sporting neste momento conta com, numa amostra de 24 jogadores, 16 jogadores portugueses, 10 dos quais formados nas escolas do Sporting. Depois tem 4 brasileiros e 5 jogadores de outras nacionalidades. E esta aposta tem sido bastante constante ao longo dos últimos anos, inclusive da última vez que foi campeão. O Sporting tem apostado muito na promoção dos seus talentos e na compra de alguns portugueses já formados. No entanto, e um pouco contra esta ideia de “apostar no jogador português” são os resultados alcançados. Apesar de nos últimos anos o Sporting ter sido o concorrente mais directo do Porto, a fuga do título também não pode ficar dissociada à inexperiência inerente dos jovens talentos que depois entram no onze inicial. A longo prazo o modelo da promoção e da aposta na formação e inclusão dos mesmos no onze inicial pode dar frutos, mas para o agora, fica aquém do necessário para as maiores conquistas. Mas para tal também é preciso saber segurá-los, algo que se calhar nenhum clube português é capaz de fazer. Luís Figo, Simão, Ronaldo, Quaresma e Nani são os exemplos mais notáveis de como a formação dá frutos excelentes mas depois segue-se a dificuldade em segurá-los no clube. Presentemente há o João Moutinho e até o Daniel Carriço. Portanto, mesmo que se queira promover o jogador português, há sempre aqueles tubarões que vem com os Euros tirá-los das nossas mãos.
Por fim, e do outro lado da segunda circular temos o Benfica. O maior clube português, que da última vez que foi campeão contava com 17 portugueses num total de 32 jogadores, apresenta-se este ano com a também incrível nota de ter apenas 9 jogadores portugueses num total de 30. Os restantes jogadores são Brasileiros (9), Argentinos (4), Uruguaios (2) e 6 de outros países.
Mas vamos lá acertar uma coisa: eu não sou contra a entrada de jogadores de outras nacionalidades nos clubes. Se são uma mais-valia, tudo bem. A questão é que neste momento, e com base no seu provável onze inicial, o Benfica é o maior exemplo de descaracterização do futebol português. O onze inicial do Benfica no jogo contra o Sunderland contou com 0 portugueses no onze inicial. 0. Moretto, Maxi Pereira, Luisão, David Luiz, Shaffer, Javi García, Ramires, Di María, Aimar, Saviola e Cardozo foram os onze estrangeiros que começaram o jogo. Estranho é que para cada um desses lugares há um português suplente. Dois portugueses para a baliza, um para a defesa, vários para o meio campo, e um para o ataque. Com a contratação de Keirisson e provável entrada de mais um guarda-redes – suponho eu para titular – existe a real possibilidade de o Benfica alinhar a maioria dos seus jogos sem portugueses. Só me lembro de na Inglaterra, e com o Arsenal, uma equipa de um país não alinhar com jogadores desse país. Esta é de facto uma época de excepção, talvez a primeira de muitas no Benfica, dado que em outras épocas, o Benfica até ter privilegiado o jogador português como se viu na época em que foi campeão.
A procura de resultados nuns – Benfica – e a conquista de mais e melhor noutros – FC Porto – ditaram uma nova política este ano que aos poucos vai acabando com o jogador português. Depois não podemos ficar admirados quando a selecção está prestes a receber Liédson como novo ponta de lança. Quando as nossas equipas arrumam os portugueses, só podemos esperar isso. No Benfica, o Nuno Gomes é provavelmente a 5ª opção (e mesmo que não fosse, não é apreciado pelo seleccionador); no Porto, só há o Orlando Sá e esse ainda é sub-21. No Sporting, o Hélder Postiga passará a ser a terceira opção e o Yannick não entra neste momento nos planos do seleccionador. Quando estes não jogam com regularidade, não podemos esperar que sejam titulares da selecção.
Finalmente, olhando para o futuro, se a FIFA decidir avançar com a regra 6+5, embora todos os grandes estivessem prontos para cumprir com as regras, seria o Sporting o grande vencedor desta “batalha”. O Sporting já joga com vários portugueses e o seu onze base já conta com um número suficiente de portugueses para cumprir com a norma. No Porto, três portugueses – Bruno Alves, Rolando e Raúl Meireles – já são titulares. A aplicação da norma traria algumas dificuldades, mas nada que não se resolvesse com algum tempo. Beto podia assumir a baliza – e talvez até o merecia; Varela podia ir para o ataque e a direita da defesa podia ficar a cargo do Miguel Lopes. No Benfica, por sua vez, teria que haver uma mudança radical no onze dado que, até ver, não há espaço no onze para portugueses. O Míguel Vitor facilmente seria titular, tal como Ruben Amorim. Mas depois quais seriam os outros titulares? Nuno Gomes em vez de Cardozo ou Savioloa? Fábio Coentrão em vez de Di Maria? Quim ou Moreira? Questões que dificilmente se resolveriam de um dia para o outro.
Isto aqui não é nenhum apelo a nenhum clube. É apenas a constatação de alguns factos. É que não duvido, para qualquer um de nós, o que interessa é ganhar, sejam os jogadores marroquinos, indianos ou americanos. No entanto, também sei que queremos ver a selecção no seu melhor, mas isso passa em primeira instância pela capacidade dos nossos clubes nacionais apostarem na sua formação e integração.
13 comentários:
Uefa: 'Fifa's 6+5 quotas will never happen in Europe'
Fifa president Sepp Blatter wishes to impose a limit on foreign players
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Uefa says that Fifa's proposed "6+5" rule to limit foreign players will never be applied in Europe. "It is a restriction based on nationality. It is not legal. We will not apply it in Europe," said William Gaillard, Uefa's director of communications and an advisor to Uefa's president, Michel Platini.
"We have our own rules in place," said Gaillard, speaking at the Play the Game conference at Coventry University. For Uefa club competitions, squads of 25 must include at least four players that clubs have trained themselves for at least three years between 16 and 21, plus at least four more trained by another club in the same country.
The system does not discriminate on grounds of nationality. Similar rules will be introduced by the Premier League from 2010 onwards. Fifa's President, Sepp Blatter, still wants a global 6+5 rule, which dictates at least six home-grown players musts start each club game.
Gaillard also refuted suggestions that Uefa is determined to "sort out" England's "big four" clubs to prevent frequent repeats of recent late-stage domination of the Champions' League by Manchester United, Chelsea, Liverpool and Arsenal.
"We've never discussed ways to stop the English," he told The Independent.
"Dominance is cyclical. In the late 70s and early 80s, it was English clubs every year [winning the European Cup]. Before that Bayern Munich, before that Ajax won for three years, in the 50s it was just one club, Real Madrid.
"Which club is best is not something that spurs any kind of discussion at Uefa about measures to be taken. What we do discuss is sustainability and predictability."
While acknowledging the very different markets that preclude European football being structured like American sports, he praised USA's sports models, especially "in the socialist republic of the NFL".
"They are profitable, stable, have great attendances, good chances of winning across the leagues, no crooked agents, a good record of keeping unfit owners out, and have sustained performance in an economic crisis," he said.
Citing no specific examples, Gaillard said "leveraged" buyouts (LBOs) are a particular bugbear in European football, when owners use debt to buy clubs.
Manchester United and Liverpool were bought like this. Arsenal and Chelsea were not.
"What do LBOs add to football?" Gaillard said. "Nothing. We want financial fair play, hopefully by consensus. But if we can't get it by consensus, we'll enforce it through rules."
Congresso da FIFA: adiada regra dos 6+5Por
A intenção de tornar obrigatória a presença de pelo menos seis jogadores nacionais no onze inicial de cada equipa não vingou no Congresso da FIFA, a decorrer em Nassau, nas Bahamas.
O presidente da FIFA, Joseph Blatter, pretendia que o sistema 6+5 pudesse ser aplicado na legislação actual.
Uma intenção sustentada pelo parecer encomendado pela FIFA a juristas independentes, que concluíram que a regra estava conforme a legislação europeia.
No entanto, o próprio Parlamento Europeu e a Comissão Europeia tinham já manifestado a sua oposição ao projecto, em nome da livre circulação de jogadores no seio da União.
Quanto à UEFA, mostrou-se favorável à regra dos 6+5, desde que esta não seja imposta às federações.
Também adiada ficou a proposta de redução em dois anos da idade máxima para participar nos Jogos Olímpicos - actualmente definida nos 23 anos.
Blatter evocou enventuais pressões do Comité Olímpico Internacional para explicar a decisão.
A contratação inicial de jogadores portugueses esteve directamente relacionada com a regra 6+5.
Com o adiamento da implantação dessa regra, a política de contratações mudou. Voltámos às contratações do costume.
Estas coisas não acontecem por acaso. A SAD do FC Porto não aprende com a sua própria história. Desde que dê para ganhar o campeonato, está tudo bem. Poucos ousarão contestar o que quer que seja.
Night Shadow,permiti-me discordar.
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A regra 6+5 estava condenada ao fracasso desde o seu ínicio e todas as pessoas envolvidas no meio desportivo e que se dedicam em especial ao Direito do Desporto já o sabiam.
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É uma regra criada pelo senhor Blatter para mostrar serviço após Platini criar uma regra para as competições da uefa que continha um nº mínimo de jogadores formados localmente.
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Uma forma de estimular a aposta na formação e de aumentar o nº de nacionais por equipa sem contrariar o príncipio da não discriminação nem da livre circulação,duas pedras de toque do Tratado da União Europeia.
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O estudo "independente" que falas,nunca seria totalmente independente, pois foi encomendado pela Fifa. Faz-me lembrar o parecer "independente" pago pela FPF ao Professor Freitas do Amaral...
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A palavra cabe sempre à Comissão Europeia e ao Tribunal das Comunidades Europeias e ambos nunca permitiriam uma regra que vai contra de forma clara e inequívoca contra dois príncipios fundamentias da UE.
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Não se pode fazer descriminação pela nacionalidade e a circulação livre aplica-se também aos jogadores profissionais e ao futebol pois é visto como uma actividade económica.
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A Fifa quis medir forças com a UE.Mas sai a perder,pois trata-se de uma instituição privada que rege o futebol em termos globais e at´+e de forma exclusiva podendo violar algumas regras relativamente à concorrência.
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O monopólio Fifa afecta com uma série de regras constantes de legislação internacional.
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A batalha da Fifa foi tentar batalhar por uma brecha da já afamada "especificidade do desporto" e que agora foi consagrada no Tratado de Lisboa...
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Tudo isto trata-se de polítiquices e de jogos de poder...Se calhar escreverei um artigo mais extensso sobre a tal regra 6+5 e o porquê do seu aparecimento...
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Mas que fique claro algo,nenhum clube europeu estava preocupado porque todos sabiam que a regra não tinha pernas para andar...Ou achas que se assim fosse o Arsenal teria um plantel inteiro sem quase nenhum inglês...?Grande parte dos grandes clubes europeus não cumpriam minimamente com tal regra.
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A mudança deveu-se a questões económicas( o Porto tem um défice que não é brincadeira e nem nos aparece dinheiro do nada como ao Benfica) e a questões desportivas, com o presente peso de Antero Henriques na estrutura por oposição a outras figuras que gravitavam à volta do plantel sempre com uma palavra a dizer nos negócios de sul americanos...
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saudações portistas
Para terminar,a Fifa não recuou ou adiou a sua aplicação...Eles decidiram aplicá-la, a UE disse não e a Fifa não teve coragem de desobedecer como é obvio e então suspendeu.a e inventou desculpas a dizer que iam fazer umas adaptações para as equipas se habituaram à regra...
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Tudo tretas...Se as intenções da Fifa fossem tão nobres e a idéia era mesmo avançar com a regra,já o podia ter feito para todas as restantes federações do Mundo... Só na Uefa não se aplicaria porque esta é uma entidade sediada na Europa e como tal responde aos príncipios comunitários.
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Mas tinha todo o resto do Mundo para a aplicar...Curiosamente não se mostraram interessados...Só queriam mesmo era aplicar na Europa...Agora é só ver os verdadeiros motivos que movem a Fifa e principalmente o senhor Blatter...
Os galinhas ganharam 4-0 ao Portsmouth.
Não tenho dúvidas, já são campeões de Inverno.
Ainda não começou o Inverno? Não faz mal. No ano passado também não tinha começado e já eram campeões de Inverno.
Já não é a primeira vez que Sepp Blatter dá o dito por não dito nas questões do Futebol Mundial. As candidaturas para a Organização do Mundial Pós Brasil foi um exemplo de como este Senhor é ainda pior do que o nosso Presidente da Liga. Enfim, "politiquices" e é o que dá por Políticos em "gamelas" carregadas de €.
O texto do Samuel mostra que o mal do nosso Futebol é o de os clubes seguirem sempre o caminho mais facil, pois é sempre muito mais fácil apostar num qualquer Sul Americano que seja um jogador já feito e que vá a Selecção de Sub 21 do seu País (coisa que nestes Países não é dificil acontecer dado o elevado nº de atletas e o facto de haver Vedetas ao virar ce cada esquina), em vez de apostarem na sua formação e fazerem dos Portugueses os Brasileiros da Europa como eram outrora apelidados.
E os Treinadores também não ajudam com Scolari e Rui Caçador a serem o expoente máximo deste destruir e desaproveitar da Formação.
Quero ver o que vai acontecer ao FC Porto quando o Pinto da Costa sair e se continuar com esta política de encher os bolsos aos amigos.
Quanto ao Benfica, vi uma parte do jogo e já me apercebi do dedo de Jesus na equipa; Maxi Pereira saiu lesionado e parece ser grave. Este ano começa cedo.
Não sei se foi aqui ou noutro espaço, mas esta é a única altura do ano em que os adeptos do Vermelho andam todos de peito feito com as suas camisolas, depois vem o Inverno e é como se tomassem chá de sumiço... Portanto é deixa-los andar.
Amanhã vamos ver o Benfica a jogar contra a sua equipa B (reparem que o equipamento alternativo é quase igual ao equipamento alternativo do Benfica e tudo, por isto mais submissos do que isto é impossível) e lá vai ganhar mais uma tacita. Só assim para arejarem a sala de Troféus.
Saudações Portistas!!!
Concordo que também tenha a ver com questões económicas, mas também há jogadores baratos na América do Sul e optaram por portugueses.
Com dinheiro no bolso, atiraram-se para os sul-americanos novamente e ignoraram os portugueses. Porque terá sido?
Não havendo dinheiro, o Antero Henriques tem força. Havendo dinheiro, deixa de a ter. Porque será? Será por causa das comissões? Qual o papel de Pinto da Costa no meio disto tudo?
Night shadow, para esta missa eu e muitos outros Portistas como o Rui Moreira já deram muita esmola.
A resposta ás tuas perguntas saltam ´+a vista de toda a gente, bastando para tal ler o Relatório do Contas do FC Porto.
Mas quando alguém pensa como tu e coloca estas dúvidas tem um tratamento típico de um qualquer anti qualquer coisa, sendo imediatamente insultado e apelidado de Mau Portista e isto para não falar nas ridiculas ameaças.
Quando a coisa estourar eu quero ver o que muita gente vai fazer.
Saudações Portistas!!!
Night Shadow,tu próprio acertas na resposta...
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O jogador sul americano não é barato.Porque ele custa o valor do seu passe mais uma valente comissão.
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Quanto custou Falcao?Pedigrer?Mais que todos os jogadores que contratamos no mercado nacional este ano...Creio aliás que só Falcão foi mais caro que : Orlando Sá, Varela, Maicon e Miguel Lopes todos juntos...
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Logo,o jogador sul americano é bem mais o caro que o português. Os clubes pequenos portugueses precisam de dinheiro. Os jogadores sul americanos que vão chegando têm os seus passes muitas vezes já vendidos a empresas e nem são dos clubes. logo a exigência financeira sai mais cara.
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Exactamente por Pinto da Costa se aperceber que apesar das vitórias anestesiarem totalmente os adeptos,não apagam o défice que nao pára de crescer...
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Nem consegue disfarçar a dificuldade que é ter que explicar um dia o porquê de o Porto depois de tantas mais valias realizadas, está de ano para ano cada vez mais dependente da venda de passe dos seus atletas...
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Daí ele ter criado a figura até então inédita no clube, do director desportivo.
Concedendo-a a Antero Henriques.
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Obviamente ele tenta arrumar a casa e mandar recados para dentro...Fala pouco mas quando o faz,é claro... Ele falou no ínicio da época e avisou que a política de contratações do clube ia mudar e que haveria uma maior aposta no mercado nacional...A idéia era atacar alguns interesses já instalados...
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Obviamente isto trata-se de uma Sad,ele não é que eu saiba administrador sequer...Por muito que Pinto da Costa queira mudar,criou-se um monstro tao grande que já lhe escapa das mãos...
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Mas a atitude de dar mais poder a Antero Henriques na hora da composição do plantel é uma prova de que quer que o rumo mude...Este ano vimos menos negócios estrahos comparatiamente a outros anos e vimos a preocupação clara em trazer jogadores do mercado nacional com margem de progressão.
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E não deixa de ser relevante o facto de o Porto ter tido muitas oportunidades de trazer mais um carregamento de sul americanos e não o fez...E os que trouxe ao contrário de outros anos chegam com créditos firmados e não como suplentes dos seus clubes...
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Há uns anos atrás nem havia problemas em trazer suplentes de clubes sul americanos como: Renteria, Benitez,Mareque...
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Agora desenganem-se.A regra dos 6+5 é uma grande treta.Ninguém dos clubes a levar a sério sequer...
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Nunca seria aprovado por contrariar príncipios básicos da UE,e isso não muda,faça a Fifa os estudos que fizer.
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Há até quem diga que o seu objectivo era mesmo fazer uma espécie de jogo da força com a UE para ver até onde podem ir...
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Uma coisa não invalida a outra no entanto.
Liedson ser convocado para a selecção é uma aberração.
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Não o considero um caso semelhante a Deco ou Pepe.
Esses dois podiam ter jogador por Brasil e preferiram Portugal quandoe stavam no seu melhor.
Liedson ainda há 2 anos dizia que queria jogar pelo Brasil e até este ano já deu entrevista a jornais brasileiros a dzier que só jogava por Portugal por já não ter chances no Brasil e que vinha aqui fazer-nos o favor...
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Como alguém que defende os 6+5 como forma de ajudar a manter a cultura nacional no nosso desporto e no futebol em particular,pode depois não ter vergonha na cara e requerer interesse público para acelerar o processo de naturalização de um jogador de 31 anos...?
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Prefiro não me apurar para o Mundial com aqueles que temos, a apurar-me com alguém que vem cá fazer-nos o favor e que nada sente por Portugal.Para que precisa Portugal de um avançado de 31 anos...?Fala-se que precisamos de renovação e vamos agora convocar um jogador de 31 anos naturalizado...?
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Sobre a aposta do Sporting na formação. Também não a endeusemos...Eles apostam nela por necessidade mais do que política desportiva...O Sporting há anos atrás endivido-se com a banca e até hoje paga isso...E não tendo dinheiro obviamente só se pode virar para a formação...Ninguém dúvida que é de qualidade,mas os títulos provam que a do Porto nºao fica atrás,a diferença é que os nossos miúdos não têm hipóteses de trunfar por cá por terem ao longo de anos visto sul americanos de qualidade duvidosa a tapar-lhes o caminho.
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Já os do Sporting,os bons,maus e assim assim,todos eles têm chances e assim mesmo sem ganhar nada e num clube que não se importa de nada ganhar podem crescer.
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O Porto não se pode dar ao luxo de ser vice 4 vezes...Muito menos achariamos o nosso treinador o melhor da historia do clube só porque vence umas taças e fica em 2º...
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Mesmo assim,basta ao Sporting ter algum dinheiro para o esbanjar eme strangeiros...
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Vejamos o onze do Sporting ara este ano: Patrício,Pedro Silva, Carriço, Polga, Grimmi, Miguel Veloso, Vukcevic, João Moutinho,Fernandez, Caicedo e Liedson.
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São 4 portugueses no onze apenas,num clube que supostamente deveria apostar na sua maravilhosa formação e nem tem dinheiro para contratar...
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Já o Porto mesmo se falando de tantos argentinos etc...Tem no seu onze seguros:Bruno Alves,Rolando,Meireles.Quase o mesmo número de portugueses apresenta,só que melhores.
É que destes 3,dois deles são titulares da selecção portuguesa para nenhum do Sporting...
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Agora podemos juntar a eles Beto,também selecionado recentemente ao contrário de Rui Patrício.
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E para além de Beto ainda temos o Varela que pode entrar na equipa este ano.E com a mudança de política no banco teremos Nuno André Coelho,Miguel Lopes ou Orlando Sá,mais portugueses do que é costume nos últimos anos.
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Falamos do Sporting ter portugueses etc...Mas qual foi a base da selecção nos últimos anos...?F. C. Porto...
Agora mesmo nesta fase de renovação quem são os onze titulares?
Bosingwa,Bruno Alves,Pepe,Meireles,Deco,Hugo Almeida. Tudo jogadores qe actuam ou actuaram no F. C. Porto...
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Sporting?CR9.Pouco mais...E ele mal jogou a titular pelo Sporting.Simão que atingiu o seu topo no Benfica e o Nani que nem era um indiscutível e Paulo Bento e inclusive era assobiado em Alvalade...
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saudações portistas
O tema é pertinente e levanta questões interessantes.
Em minha opinião, talvez o FC Porto não tenha sabido rentabilizar alguns talentos da formação, preterindo-os por estrangeiros de valor duvidoso. Creio estarem neste caso atletas como Paulo Machado, Castro e Candeias versus Guarín, Tomás Costa e Mariano Gonzalez.
No restante, aprovo a política de empréstimos seguida não tanto a obstinação da procura do mercado Sul-americano.
O projecto Visão 611 destina-se a formar talentos para a equipa principal. No entanto tal projecto só começará a dar frutos lá mais para a frente, quando estiverem consolidados todos os patamares que os atletas e formadores têm que percorrer. Roma e Pavia não se fizeram num dia!
Relativamente à formação e aproveitamento dos jogadores do Sporting, eu diria que são mais as vozes que as nozes. Primeiro porque resulta de uma política de «aperta o cinto» que apesar disso não tem evitado a subida do passivo, com as consequências desportivas conhecidas. Depois porque valor efectivo só de um ou dois jogadores, apesar da publicidade gratuita da Com.Social. A grande maioria são do mesmo nível dos nossos emprestados.
Quanto aos vizinhos da segunda circular, eles falam, falam, falam, no final só têm treta!
Um abraço
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