As agências que negoceiam com estes clubes, são aconselhadas a suspender as condições de crédito mas, esta classificação, só leva em linha de conta os resultados financeiros dos clubes cotados e as suas empresas, não as holdings. Embora não analisem a possibilidade dum investidor lá colocar mais dinheiro, não deixam de fora esta hipótese.
Os inspectores da UEFA vão começar a investigar clubes cujos Salários excedam 70% dos Proveitos ou quando a dívida é superior à facturação anual de forma a verificarem a sustentabilidade da gestão. Aos clubes não será permitido um excesso de endividamento, a menos que, seja para efectuar projectos de infra-estruturas ou aplicações na formação jovem.
Vem tudo isto a propósito dum recente comunicado da Sporting SAD, adiando a conclusão das negociações de mais um Project Finance para o próximo mês de Setembro. Como é conhecido, esta operação hoje em dia muito em voga em certas Sociedades Desportivas estabelece não só, uma relação de cumplicidade com a entidade financiadora, mas também, no acompanhamento do projecto durante a modelização e estruturação do financiamento bem como durante todo o seu ciclo de vida, constituindo-se como o interlocutor privilegiado entre a empresa e o Grupo de Financiadores”.
Resumindo: Se, por um lado, o adiamento do Project Finance pode denunciar preocupações na concretização das inevitáveis garantias que a Sociedade obrigatoriamente tem que oferecer ao Banco, por outro, podemos admitir que algum desafogo financeiro devido aos compromissos relativamente baixos a curto-prazo cria, por mais alguns meses, uma expectativa para a reformulação do plantel da nova época. Como não se vê onde o clube vá conseguir angariar mais receitas, só uma boa prestação desportiva e o consequente aumento da bilheteira parecem poder alterar a situação. No fundo, tudo se resume aquela frase do António Oliveira: “isto o que interessa é a bolinha entrar ou não, o resto é paisagem”.
Até para a semana
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