Aí está o que já todos aguardávamos, aquilo que que já tínhamos saudades, a nova época de futebol. E que começo a nova época da Liga Zon Sagres nos trouxe.
Tudo começou na sexta-feira com o Gil Vicente x Benfica. Jorge Jesus falava de ansiedade antes do jogo para começar bem. Os encarnados já não ganhavam na primeira jornada desde 2004 e não foi este ano que o conseguiram.
O jogo começou com o golo dos visitantes, Nolito a revelar uma veia goleadora marcou o 1-0. O domínio dos pupilos de Jorge Jesus era mínimo e com o primeiro golo quase desapareceu. O Gil equilibrou os acontecimentos e contra a corrente sofre o segundo golo. Saviola a finalizar uma jogada que, há que dizê-lo, foi de belo efeito.
Paulo Alves afirmou que não tinha medo do Benfica e provou isso mesmo, ainda antes do intervalo, após falha de Rúben Amorim, Hugo Vieira enche o pé e fuzila as redes adversárias. No segundo tempo, a aposta segura no clube da Luz tornou-se na aposta incerta. Muita classe por parte do clube de Barcelos, oportunidades de parte a parte e, imaginem só, Laionel. O jogador que há cerca de um ano ditara a vitória da Académica na primeira jornada frente ao Benfica, volta a marcar com um soberbo pontapé. Fixou-se assim o 2-2 final.
No sábado entraram em campo os terceiro e quarto classificados na época passada. Braga e Sporting enfrentavam Rio Ave e Olhanense respectivamente. O Sporting da nova época é ainda uma equipa em construção. A luta pelo título é assumida mas não garantem resultados.
Domingos Paciência ainda tem muito trabalho pela frente. Os reforços foram muitos e por isso mesmo não existe uma equipa coerente, onde todos remam para o mesmo lado. Muito coração, muita vontade mas pouca eficácia. O Olhanense veio para se defender e assim o fez. Acabou por marcar num grande remate de Wilson Eduardo, formado em Alvalade.
O caudal ofensivo dos leões foi grande mas muito perdulário. Já perto do final do encontro Izmailov, depois da tormenta das lesões, lá acabou por marcar e evitar males maiores. Pelo meio alguns equívocos do árbitro e da sua equipa.
O Rio Ave contra o Braga foi o típico jogo de início de temporada. Falta de ritmo, algum bom futebol a espaços e muita ineficácia. O domínio repartiu-se pelas duas equipas, a primeira parte do Rio Ave e a segunda do Braga. Os homens de Leonardo Jardim no geral estiveram um pouco melhor, como lhes competia, mas sem consequências. Resultado final um aborrecido 0-0.
Já no domingo mais dois jogos sem golos e com muitos bocejos. O Marítimo recebeu o Beira-Mar e o Feirense recebeu o Nacional, o resultado foi o mesmo 0-0. As equipas madeirenses a enfrentar equipas muito defensivas e sem argumentos para marcar.
O Vitória de Setúbal começou como já não o fazia há 24 anos, a ganhar. Mais uma vez se notou a falta de afinação de início de época. Contudo o Setúbal já mostra um pouco mais, alguns bons entrosamentos e rotinas. O Paços de Ferreira veio para defender, uma constante nos estádios da Liga Zon Sagres.
Contudo, contra a corrente, Anderson do Ó facilitou e Luisinho marcou para o Paços já ao cair do pano na primeira parte. O central acabou por se redimir numa recarga na sequência da marcação de um canto e empatou o encontro. Os sadinos tiverem sempre mais vontade de vencer e Pitbull consegue encontrar joão Silva na área e este a fixar o resultado em 2-1. O Setúbal deixa assim uma boa imagem no arranque da Liga.
Finalmente a Académica, a estreia de Pedro Emanuel no comando da Briosa era aguardada com expectativa. Em casa da União de Leiria, a Académica de Coimbra mostrou o quanto vale não ter muitos reforços. A equipa mostrou-se equilibrada e bem coordenada.
Contudo foram os anfitriões a marcar primeiro, de grande penalidade. Os visitantes mostravam-se mais entrosados com os leirienses a tentar suster as suas ofensivas. Contudo os estudantes depois de algum desperdício conseguiram dar a volta por Danilo aos 55 minutos e Éder aos 81.
A Académica junta-se assim ao Vitória de Setúbal e FC Porto no primeiro lugar da tabela, com os sadinos e a Briosa a liderarem com dois golos marcados.
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