quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Campeonato ganha nova vida.

Eis que quando o clássico da Luz se aproxima, o Vitoria de Guimarães decide apimentar as coisas e impõe ao Benfica a sua 1ª derrota na Liga esta época. A vantagem passou de 5 pontos para 2. No entanto a derrota não apenas demonstrou que este Benfica mesmo a jogar um bom futebol e fazer uma boa época, é totalmente batível.

Esta derrota significou um novo fôlego para o Porto numa Liga que se parecia escapar após o empate em Alvalade e a derrota em Barcelos. O facto de o Porto passar a depender de si próprio apenas para ser campeão altera significativamente as premissas para o clássico em que as equipas se enfrentarão. A 5 pontos, um empate significaria quase o encomendar das faixas do Benfica, e a vitória do Porto não significaria que o Benfica deixasse fugir a Liga. Continuaria com uma vantagem de 2 pontos para gerir e um colinho que passa pelas arbitragens e pela comunicação social toda a puxar para o mesmo lado, que os deixaria perto do título.

Assim não. O Porto mesmo que falhe no intento do assalto à liderança, se ficar a 2 pontos não deixa que o Benfica possa já encomendar as faixas, embora considere que fica numa muito boa situação. Por outro lado se o Porto sai da Luz com uma vitória será um golpe duro na moral benfiquista e o sinal de que haverá Liga até ao fim. O Porto não terá grande vantagem, mas voltará a entrar na corrida com as mesmas hipóteses e será um mano a mano até final e cada equipa terá que estar atenta às escorregadelas do rival, cada jogo será como uma final.

Obviamente que isto não merecerá destaque na comunicação social. Se o Porto noutras épocas com uma vantagem maior, diziam que uma diferença encurtada para 5 pontos era o relançar da luta pelo título para o Benfica, já esta encurtamento foi tratado mais como uma pequena pedra no sapato da equipa benfiquista. Foi dado pouco ênfase à aproximação do Porto nas 1ªas páginas e mais ênfase ao percurso vitorioso do Benfica que foi interrompido.

Nada de anormal. Faz parte da política de comunicação do Benfica e as lógicas de comunicação com o exterior e a mensagem que se quer passar. Claro que seria estranho dizer que aquele Benfica demolidor que andaram a vender, praticando um futebol de outro campeonato, é o mesmo Benfica que está a apenas 2 pontos de distância de um Porto com Vítor Pereira no banco, um Porto que este ano já foi eliminado da Taça de Portugal, da Champions e da Liga Europa. Um Porto que perdeu o seu treinador no início da época, perdeu o seu máximo goleador e atacou a temporada inicialmente com apenas um ponta de lança. Um Porto que passou por vários momentos em que se questionaram lideranças e em que todos pediam a cabeça de Vítor Pereira… Domingos era menos contestado e saiu do Sporting. Um Porto que parece ainda caminhar para o seu melhor futebol, está a 2 pontos de um Benfica fantástico. Obviamente que isso deve preocupar mais ao Benfica e não o Porto, ao contrário do que um enervado Jorge Jesus quis transmitir no flash interview após o jogo.

Aliás, denota-se que se abriu uma pequena fenda na muralha benfiquista. O treinador já foi contestado pelas substituições tardias, a equipa demonstrou uma quebra após perder com o Zenit, e o seu treinador não foi capaz de manter a calma e o discurso escolhido para esta época e voltou a dar laivos do velho Jorge Jesus megalómano e arrogante, sem grande noção da realidade. Parte da forma de podermos derrotar os nossos adversários é ter a capacidade de lhe reconhecer os seus pontos fortes e o seu mérito. Foi por isso que durante anos e anos o Benfica andou mais perdido a atirar-se a causas externas para justificar os seus insucessos ao invés de tentar aprender com o Porto e os seus sucessos. O reconhecimento do mérito é o primeiro passo para nos podermos preparar para superar o adversário.

O Benfica após a primeira época de Jesus entrou na euforia habitual que faz com que as vitórias do Benfica na Liga sejam episódicas. Já se falava que aquela era uma liga estrutural e não conjectural, o Jesus ainda alimentou essa megalomania apontando à Champions e dizendo que em Portugal o Benfica não tinha rivais à altura. O Porto como sempre alimentou-se disso e partiu para uma época inesquecível, dando um murro de autoridade em cima da mesa e canalizando todas as injustiças que tinha vivido na Liga dos túneis e aproveitando para não só derrotar, mas em certos momentos, humilhar o seu rival, ganhando a Liga na Luz e ainda passando umas semi finais da taça na Luz ou goleando por 5-0 no Dragão.

Um grito de revolta fez-se ouvir nessa época. Uma época em que o Benfica achava que o trabalho estava feito e em que cometeu o erro de achar que o Porto não se voltaria a levantar como sempre faz. Desde a megalomania no discurso do seu técnico, até à forma como o presidente deu carta-branca a Jesus nas contratações e em toda a estratégia de comunicação do Benfica foram grandes motivos para o descalabro em todas as competições. Quanto maior se projecta, maior é a queda quando as projecções que se fazem não se concretizam.

O vice-presidente da Sad, Rui Gomes da Silva é um caso paradigmático na mudança de discurso e de estratégia do Benfica para esta época. Na época passada nunca quis reconhecer mérito ao Porto, apenas se queixava de arbitragens e de forma arrogante dizia que no Natal o Benfica já estaria isolado à frente do Porto. Ora esta época, também ele, dos mais desbocados da Luz a par do treinador, já falava apenas no jogo a jogo, no respeito pelos adversários, que na champions era para fazer o melhor possível e que não falava de arbitragens esta época…

Numa entrevista há pouco tempo do presidente do Benfica, ele próprio até chegou a admitir que o Porto ganhou a sua liga com mérito e tudo… A estratégia do Benfica este ano foi clara. Jesus foi mandado calar uma vez pelo seu presidente. Foi-lhe retirado o poder nas contratações, Rui Costa passou de director desportivo, a coordenador dos túneis no ano do título para esta época ir para a prateleira, e optou-se por uma estrutura presidencialista um pouco à semelhança da qual o Porto se edificou e cresceu sob o comando de Pinto da Costa. Não há grande delegação de tarefas. Há uma pessoa que pode ouvir opiniões, mas é apenas um que decide. Prova dessa perda de poder e dos seus proveitos para o Benfica, foi que se acabaram os jogadores da Liga Brasileira que Jesus pedia às tantas da manhã a Luís Filipe Vieira que resultavam em flops, casos de: Kardek, Airton ou Eder Luíz. E o Benfica começou a ter, tal como o Porto, uma estrutura que trata desse dossier, e daí as contratações de Nolito, a reincorporação de Rodrigo no plantel mesmo contra a vontade de Jesus, ou ainda a contratação de Garay. Obviamente que, por outro lado, Jesus fez questão de demonstrar que ainda manda um bocado e encostou o Capdevilla, fazendo birra por não lhe darem o lateral que queria.

A maior diferença vê-se na estratégia de comunicação que começa no presidente, passa pelo treinador, e pelo alinhamento do discurso de todos os comentadores de painel nos programas de tv e em toda a imprensa desportiva afecta ao Benfica. LFV assumiu responsabilidades e deixou claro que aquele discurso megalómano e arrogante tinha fragilizado a imagem da equipa e tirado o foco aos jogadores. Viu-se claramente que o Benfica reforçou o departamento de comunicação e que Vieira e Jesus tiveram aulas de forma a poderem melhor comunicar com a imprensa. Isso nota-se em todas as entrevistas que têm dado. Jesus anda mais comedido, menos com o rei na barriga, menos fanfarrão, pensa mais antes de dar uma resposta. Vê-se também a preocupação de Jesus de falar menos nos seus méritos e ter um discurso mais colectivo na hora de distribuir méritos pelos resultados do grupo. O Benfica este ano optou por não falar de árbitros, também porque não precisa uma vez que tem sido mais beneficiado que prejudicado. Também não tem falado porque tiveram a amostra da época passada, que ao arranjarem essa justificação mais tarde acabaram por cair no ridículo e levaram um choque de realidade nos confrontos com o Porto.

Este Benfica é por isso um Benfica mais focado, mais realista em todas áreas e, por isso, mais perigoso. Mesmo tacticamente o Jesus deixou a nota artística de lado e com o reforço Witsel arranjou um apoio excelente para Javi Garcia e uma forma de equilibrar a equipa tacticamente. Nas épocas anteriores o Benfica vivia da vertigem da velocidade em todas as suas acções mas era incapaz de pausar o jogo. Desgastava-se muito e por vezes faltava-lhe realismo na abordagem aos jogos, e parecia que se esqueciam que uma época não se ganha a golear um Setúbal. Ganha-se com regularidade.
Este lado mais realista de Jesus, até então desconhecido, permitiu ao Benfica ganhar jogos que na época anterior não ganharia. Jogos em que o Benfica tentaria a nota artística e acabaria por empatar ou perder por ter mais olhos que barriga. Outro factor importantíssimo para esta época do Benfica, foi a questão do guarda-redes. Artur já salvou uma série de pontos ao Benfica, talvez proporcionais aos pontos que Roberto ofereceu na época passada.

Já o Porto esta época, parece ter tirado apontamentos de tudo o que o Benfica fez de mal na planificação da época anterior. Obviamente não entramos na euforia e megalomania benfiquista, porque somos um clube habituado a ganhar. O nosso habitat natural é sermos campeões… Mas Pinto da Costa e a Sad cometeram alguns dos pecados cometidos pelo Benfica.

Porventura não terão acreditado tanto na capacidade do Benfica se reforçar e melhorar para esta época. Houve algum excesso de confiança na forma como se preparou esta época. Acharam que o Porto estava embalado e que era só ligar o piloto automático… Daí a aposta em Vítor Pereira, porque o adjunto seria suficiente para dar continuidade ao sucesso do trabalho de AVB, daí o facto de a Sad não ter feito grande questão em contratar um ponta de lança para substituir Falcao logo no início da época… Dava a ideia que confiavam que nem era preciso fazer esse esforço todo. Que o Porto não precisava de reforços e que era só manter e mexer o mínimo porque o Benfica não chegaria perto. Pois as coisas correram mal… No entanto ao contrário do Benfica que não se apercebeu desses erros e persistiu neles durante uma época, dá ideia que o Porto os quer corrigir ainda esta época, daí as contratações de Lucho e Janko. Será demasiado tarde? Só o tempo o dirá.

Mas é importante reconhecer que o Porto não tem jogado tudo o que pode e perceber que do outro lado temos uma equipa que este ano está mais focada que nunca e acima de tudo mais realista e aí reside o perigo deste Benfica. O Benfica tem uma política de comunicação mais forte e não embarca com tanta facilidade em euforias alimentadas de dentro para fora como noutras épocas. Este jogo em Guimarães, nesse aspecto foi uma pequena fenda na muralha benfiquista. Tacticamente Jorge Jesus voltou ao lirismo ao achar que após um jogo desgastante na Rússia poderia apresentar uma equipa tão ofensiva, com apenas Matic a trinco e sem Witsel no onze. Uma equipa que assim deu muitos espaços ao Vitória de Guimarães contra atacar. Achou que o Benfica ganharia com naturalidade e não contou com um Vitória de Guimarães forte a jogar em casa… Depois também não teve uma ajuda do árbitro como noutros jogos mais apertados esta época em que aparecia ou um penalti ou uma expulsão…A arbitragem foi normal e por aí o Benfica também não obteve qualquer apoio e esteve entregue a si mesmo.

Depois essa falta de realismo passou para a flash interview onde vimos um Jesus a fazer lembrar a época passada. Um Jesus arrogante, a responder torto ao jornalista e a demonstrar nervosismo e desequilíbrio emocional numa altura em que se justificava o contrário, que Jesus mantivesse a calma dando o exemplo como líder. Jesus sentiu tanto o peso na consciência que nem percebeu o teor das perguntas e entendeu-as como um ataque às suas opções. Mas aqui entrou a estrutura benfiquista, mais bem organizada este ano. Na sala de imprensa já vimos o Jesus mais humilde e menos fanfarrão, como tem sido seu apanágio esta época. Alguém lá lhe deu o toque...
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Obviamente que o Benfica está numa posição mais frágil. Benfica entrará no próximo sábado em Coimbra com uma pressão que antes não tinha. O Benfica sabe que se escorregar com a Académica corre o risco de até poder receber o Porto em 2º lugar… Isso queira-se ou não, pesa. O Benfica que até há pouco tempo estava invencível, entretanto perdeu com Zenit e Guimarães. Em Guimarães não teve a desculpa do gelo e o Rodrigo que diziam ter sido praticamente partido ao meio pelo B. Alves , afinal, estava tão lesionado que até jogou os 90 minutos… O Benfica entra para o jogo de Coimbra mais pressionado que nunca esta época, porventura. Qualquer escorregadela acompanhada por uma vitória do Porto com o Feirense, deixa o Benfica numa posição totalmente inimaginável há semanas atrás. O Porto tem que ser sério e competente e derrotar em casa o Feirense para poder ir à Luz com o ânimo de poder passar para a frente da Liga. Nesse aspecto, o clássico será mesmo o jogo mais importante da época para ambas as equipas.

O Benfica já preparou bem esse clássico logo na forma como aproveitou e jogou com um regulamento ridículo… Paulo Bento já o disse, e bem, Portugal é o único país que terá um jogo numa 6ª feira, 48h depois dos jogos de selecções… E logo um jogo que já se previa que poderia influenciar a luta do título. Um clássico escaldante. A Liga de Clubes não protege assim o futebol. Um jogo destes não pode ser a uma 6ª feira, com jogadores a chegarem a conta gotas. Isto não protege o espectáculo nem a verdade desportiva. Essa mesma que é quase o lema do Benfica que a clama por tudo e por nada. Neste caso não se pode dizer que o Benfica tenha feito nada de ilegal ao antecipar o jogo para 6ª. Apenas soube tirar proveito de um regulamento que não protege o futebol. O Benfica tem jogo com o Zenit na 3ª seguinte e, por isso, tem o direito a poder antecipar por um dia o jogo. O Benfica foi inteligente nessa antecipação. Foi uma questão de fazer as contas… O Benfica não tem jogadores na selecção portuguesa e as suas grandes figuras, na sua grande parte, não estão nas suas selecções ou se estão jogarão com alguma antecedência. O Benfica perderá para as selecções: Luisão, Maxi, Witsel e possivelmente Rodrigo, mas este para os sub-21 que jogam mais cedo. 3 jogadores apenas.

Já o Porto terá que planear o jogo com o Benfica com uma série de juniores para ter gente para treinar. Tudo porque o Porto, com o jogo na 6ª, provavelmente perderá James que nem poderá ser opção para o jogo da Luz, mas também só receberá com 48h de antecedência jogadores como: Rolando, Sapunaru, Moutinho, Hulk, Varela e Janko. Falamos de 7 potenciais titulares para 3 do Benfica. Sim, porque Rodrigo à semelhança de Cardozo também poderá ser dispensado da selecção sub-21 espanhola. O Porto para além de todos os titulares ainda perderá outras opções como: Defour, Alex Sandro ou Cebola Rodriguez. Obviamente que isto é benéfico para o Benfica que poderá contar com quase a totalidade do seu onze para preparar o clássico enquanto o Porto os receberá muito em cima do dia do jogo e cansados por causa dos jogos das selecções.

No entanto esta não é a minha única preocupação para o jogo da Luz. Outra grande preocupação é aquela que tem sido uma constante esta época… Vítor Pereira. Se o Porto chegar a 2 pontos ou a 5 do Benfica, tal não deverá ou não deveria pelo menos, influenciar a abordagem do Porto ao jogo, caso o Porto queira mesmo ser campeão. Vítor Pereira falhou já na abordagem ao jogo com o Sporting, ficando satisfeito com um empate, e deixando o Benfica fugir na classificação. Foi-lhe devolvida uma nova vida neste campeonato, mas as ligas não são como os gatos, não costumam ter 7 vidas. Esta nova oportunidade ou é aproveitada agora ou poderemos não ter outra.

O Porto tem que entrar na Luz com o único pensamento da vitória. Só esse resultado interessa. Não pode jogar como em Alvalade com Hulk sozinho na frente e com a equipa metida atrás e despejar bolas para ele. O Porto não pode jogar na luz com centrais adaptados a laterais nem extremos adaptados a pontas de lança. Tem que entrar com o seu melhor onze, um onze ofensivo e que possa tirar o melhor rendimento de cada jogador e isso passa por cada um jogar na zona onde se sente mais confortável e sem medo do Benfica. O Porto tem que assumir uma postura de campeão. Impor a sua forma de jogar tal como fez na época passada no Estádio da Luz. É o Benfica que tem que ter cautelas, nós não. Nós temos que entrar para reclamar o nosso lugar, o 1º. Será melhor sermos derrotados ao tentar, do que ficarmos num empate por cobardia de não querermos assumir que somos melhores.
Uma coisa foi alterada por esta derrota, quer Jesus admita quer não…O Benfica contava receber o Porto com a almofada de 5 pontos e agora entra em Coimbra com a possibilidade de ver o Porto chegar à Luz na liderança.

Para o Porto é-nos dada uma oportunidade única de podermos depender de nós próprios. Na pior das hipóteses e mesmo que o Porto perca em casa com o Feirense chegaremos a 5 como antes. Se chegarmos a 2 pontos, uma vitória significa que haverá liga até ao fim, um empate significará como em Alvalade uma cedência de passagem ao Benfica rumo ao título, uma derrota significará que o Benfica poderá começar a encomendar as faixas.

Mais que nunca esta época, chegou a altura de sermos Porto. Precisamos do melhor Hulk, do Comandante, da dinâmica de Moutinho, da segurança de Fernando. Precisamos de uma equipa competitiva, solidária e com vontade de demonstrar em campo porque somos os campeões. Para isso é preciso que Vítor Pereira deixe que a equipa se possa exprimir em campo na forma que melhor sabe. Jogando como uma equipa campeã. Sem medos nem receios, apenas guiada por uma sede inesgotável de vitórias. Este é o momento de darmos o grito de revolta. Caro Vítor Pereira, ao invés de tentar silenciar esse grito, espero que a sua voz seja uma mais a juntar-se ao grito de revolta do Dragão que quer, uma vez mais, apagar a Luz.

5 comentários:

J. Vieira de Sousa disse...

Boa noite,

Venho por este meio expressar a minha indignação com este post.
Um blog também deve dar espaço aos seus leitores para comentarem e dizerem de sua justiça.


Ironia à parte, com uma prosa deste calibre que expressa bem o "ser Porto", o meu sentimento presente e as opiniões que defendo nesta altura do campeonato não me deixam margem de manobra para tecer qualquer comentário além de saudar o autor e a estrutura do blog e mais uma vez dar-vos os parabens pela referencia que são na "bluegosfera".

Com os melhores cumprimentos

P.S: Além da leitura, possuo também um gosto particular pela escrita. Se algum dia eventualmente precisarem de uma contribuição, dado que já me proporcionaram horas de leitura de qualidade, seria uma honra e um prazer.

Ricardo Costa disse...

Caro @J. Vieira de Sousa o meu muito obrigado pelas palavras elogiosas.
Muito obrigado pela sua contribuição. Espero poder vê-lo mais vezes por este nobre espaço.
Sobre a possibilidade de contribuição isso terá que tratar com o nosso presidente o @The Blue One. :)

Um abraço.

Um abraço.

Pedro Silva disse...

@ J. Vieira de Sousa

Em nome de toda a equipa do Blogue agradeço as suas amáveis palavras.

Espero poder ter o prazer de ler mais vezes as suas construtivas intervenções.

Quanto á sua disponibilidade para ingressar a nossa equipa, estamos abertos á entrada de novos Cronistas.

Por favor mande-nos um Mail através do endereço de Correio electrónico que está disponível aqui no Blogue para acertarmos agulhas.

Cumprimentos.

Pedro Silva disse...

@ Ricardo Costa

Li o teu longo texto e estou de acordo com 99% do mesmo.

As análises que fizeste (para além de estarem geniais) reflectem na totalidade o que se está a passar e o que espera o FC Porto no Futuro.

Parabéns pelo excelente texto.

A única coisa que estou em desacordo é sobre o que escreveste acerca do JJ e do Capdevilla.

Tenho para mim que o Papa Pastilhas nunca quis este Jogador e eu acho que quem deve fazer a equipa é o Treinador juntamente com alguns elementos do Clube e não a SAD/Marketing.

Daí que eu entenda e apoie esta birra que o JJ está a ter para com o Espanhol.

No FC Porto é precisamente o contrário, ou seja, o Treinador tem de levar com tudo o que a SAD/Marketing lhe põe á frente depois dá naquilo que estamos a ver neste FC Porto de VP.

Aquele abraço.

Ricardo Costa disse...

Obrigado pelos elogios @The Blue One.
Sobre a questão de quem deve ter o pelouro das contratações numa Sad...Já tive essa opinião de que o treinador deveria ter mais uma palavra a dizer...Mas os resultados provam que no Porto tem resultado bem outra política. Treinador treina,jogador jogue e presidente dirige,logo fica com a pasta das contratações.Obviamente delegando tarefas do departamento de observação que deve estar em contacto com a equipa técnica para encontrarem um jogador com o perfil que a equipa técnica deseja.
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O papel que pedes é o de um manager.Algo que só existe em Inglaterra. No Porto resultou com Mourinho mas o próprio Mourinho este ano quando lhe foi dado mais poder nas contratações do Madrid não se pode dizer que tenha tido muito sucesso.
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Acho que cada clube/sad deve ter uma política de contratações bem deliniada. Como tem o Porto. Deve haver um perfil de jogador que serve os interesses do clube e nesse sentido é o treinador que tem que se adequar à política do clube.
Se o clube é um clube formador, então o treinador tem que aproveitar mais a formação, se o clube que potencializar jogadores jovens, então o treinador deve assumir essa tarefa. Se o clube optar por apenas jogar com jogadores nacionais então o treinador quando aceita o cargo deverá saber disso.
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Acho mal é que aconteça como com Jesualdo há uns anos em que ele pedia um trinco e davam-lhe o Guarín que não é trinco.
Tem que haver comunicação entre os dois departamentos.
O treinador deve dizer que posições é que precisam ser reforçadas e aí é o clube ou sad que lhe colocam uma série de jogadores que se enquadrem nas possibiliddes e política do clube, à escolha do treinador.
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O caso Capdevilla o Jesus embirrou.Mas verdade seja dita,quando deram poder para o Jesus contratar o Benfica foi um fracasso. Airton,Eder Luis,Kardek etc...
Este ano o Vieira obrigou o Jesus a ter que ficar com o Rodrigo qd o Jesus o queria emprestar outra vez e agora é o que todos vemos...
O Nolito não era desejado pelo Jesus que preferia o B. Cesar,mas agora é ver quem tem mais golos e assistências...
Um treinador não tem necessariamente que ser quem contrata. Deve dar o seu aval.Mas muito diferente é o ser o treinador a dizer que vai-se contratar A,B ou C e discutir preços etc.
Isso não costuma dar certo.
É importante que haja cumplicidade entre o departamento técnico e o de prospecção e a direcção...Mas apenas isso. O treinador no actual modelo das Sads não me parece que possa ter esse poder todo.Até porque os treinadores vão e vêm e o clube tem que escolher jogadores que possam ser rentabilizados.
Um treinador pensa no imediato,uma Sad ou Clube pensa a médio longo prazo.
São perspectivas distintas.
O que propões é o modelo de manager.O treinador que escolhe as contratações,negoceia contratações, dispensas etc. Não me parece que em Portugal haja condições para esse sistema.
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um abraço.