terça-feira, 27 de março de 2012

O Cantinho das Modalidades


Basquetebol

Final era só para o Benfica. Para os Dragões, líderes destacados da Liga, o encontro decisivo jogara-se uma semana antes, em Fafe, a meio de um percurso que resultou na conquista da Taça de Portugal. No regresso à Liga e a casa, o FC Porto saiu derrotado (67 x 76) de onde já não perdia há mais de dois anos, permitindo que o adversário adiasse a definição do vencedor da fase regular.

Há números que, de tão óbvios, são incapazes de enganar. E o parcial de 9 x 7 gerado pelos primeiros 10 minutos é um caso gritante de transparência, certificando a interpretação óbvia sobre um período especialmente marcado pelo rigor defensivo e por uma quantidade exagerada de lançamentos falhados.

Os quartos restantes destoaram do inicial pelo volume de pontos somados, mas não desfizeram o equilíbrio, mantendo a dúvida sobre a identidade do vencedor para lá do último minuto, com Ted Scott a emergir como o elemento decisor, ao converter 5 dos 6 triplos tentados, em profundo contraste com os dados globais conseguidos por toda a equipa Portista no lançamento exterior: 6 em 28.

Carlos Andrade e Greg Stempim, ambos com 16 pontos, foram os melhores dos Dragões, que mantêm, apesar da derrota, a primeira posição da época regular, a confirmar nas duas últimas jornadas, ambas a disputar no Dragão Caixa, frente ao CAB Madeira e ao Barreirense.

Andebol

O FC Porto Vitalis foi a Braga superar o ABC por 27 x 26 e segue na liderança do Andebol 1, agora com sete pontos de vantagem (e mais um jogo). Os Dragões sentiram bastantes dificuldades para lidar com o ataque adversário e até saíram para o intervalo em desvantagem, mas, no período final, sobressaiu a qualidade azul e branca.

Para o triunfo muito contribuíram as exibições de Gilberto Duarte, com sete golos apontados, e de Wilson Davyes e Ricardo Moreira, com seis golos cada. Hugo Laurentino não ficou atrás e, para manter a estatística de guarda-redes mais eficaz da prova, travou nove remates.

É justo dizer que o ABC cumpriu com a promessa de complicar a vida aos Campeões Nacionais, como provam os números ao intervalo, quando o marcador assinalava 17 x 15 a favor dos Bracarenses. Ainda assim, os Azuis e Brancos arrancaram melhor e, aos 12 minutos e meio, venciam por 8 x 4. Essa acabou por ser, de resto, a maior vantagem registada por qualquer uma das equipas em toda a partida.

O intervalo foi precioso, já que permitiu ao técnico corrigir alguns aspectos para uma ponta final muito forte. O ABC continuou a responder à altura mas o FC Porto fez tudo o que devia, e podia, para chegar à dianteira e conseguiu-o aos 42 minutos (21 x 20). Do minuto seguinte (22 x 21) até ao apito final, manteve-se no comando do marcador, apesar da margem nunca ter ultrapassado os dois golos. Foi por isso uma vitória difícil, mas fundamental para o objectivo do Tetracampeonato.

O FC Porto Vitalis alinhou e marcou da seguinte forma: Hugo Laurentino e Alfredo Quintana (g.r.), Gilberto Duarte (7), Wilson Davyes (6), Tiago Rocha (4), Elias Nogueira, Ricardo Moreira (6), Nenad Malencic (3), Ricardo Costa, Filipe Mota, Daymaro Salina e Dario Andrade (1).

Hóquei em Patins

O FC Porto Império Bonança venceu no passado Domingo o Óquei de Barcelos por 6 x 3, num jogo em Reinaldo Ventura e Pedro Gil (três e dois golos, respectivamente) foram as estrelas mais brilhantes. Os Azuis e Brancos decidiram a partida com uma primeira parte demolidora (4 x 0 ao intervalo), alargando a vantagem na liderança do Campeonato Nacional para cinco pontos (o Benfica é segundo, com menos um jogo).

A postura pressionante e intensa do FC Porto ficou patente logo no arranque, com Pedro Gil, aos dois minutos, a atirar ao poste. O guarda-redes Paulo Matos foi adiando a vantagem portista, que surgiria aos seis minutos, precisamente por intermédio de Pedro Gil, que concretizou um rápido contra-ataque. Dois minutos depois, o Espanhol serviu Reinaldo Ventura, que encostou para o 2 x 0, em mais um lance rapidíssimo.

O domínio dos Dragões era absoluto e os visitantes só o puseram em causa numa jogada em que fica a dúvida sobre se o remate de Jorge Maceda ultrapassa a linha de golo. Porém, o controlo da partida não escapou aos Dragões, que ampliaram a vantagem por intermédio de Reinaldo Ventura (livre directo, aos 14 minutos, na sequência do cartão azul mostrado a Nuno Almeida). Aos 20 minutos, Pedro Gil brilhou outra vez no 4 x 0, com um “chapéu” perfeito sobre Paulo Matos.

Edo Bosch ainda defendeu uma grande penalidade (e uma recarga) de André Rodrigues, em cima do intervalo, tal como aos 17 minutos João Pereira tinha parado um penálti marcado por Reinaldo Ventura.

Na segunda parte assistiu-se a uma partida aberta, sem grandes preocupações defensivas por parte de ambas as formações. O 5 x 0 chegou pelo stique de Reinaldo Ventura, em nova “chapelada”. Depois do FC Porto não conseguir converter um penálti e um livre directo (por intermédio de Tiago Santos e Pedro Gil), foi o Óquei de Barcelos a mexer no marcador, com Nuno Félix a reduzir para 5-1.

Na jogada seguinte, aos 42 minutos, Tiago Santos repôs a vantagem em cinco golos, através de um remate à meia volta, mas os minhotos responderam com dois tentos no espaço de um minuto, por Jorge Maceda e Hugo Costa, num rápido contra-ataque. Os Barcelenses vislumbraram a hipótese da recuperação quando Reinaldo Ventura viu um cartão azul, aos 45 minutos, por palavras dirigidas ao árbitro.

No entanto, o habitual guarda-redes suplente Nelson Filipe demonstrou mais uma vez a sua qualidade, ao defender o livre directo apontado por José Pereira. Nos últimos segundos, seria até Reinaldo Ventura a ficar perto do sétimo golo, mas o avançado não conseguiu converter o livre directo.

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