terça-feira, 6 de março de 2012

O Fantasma da Ópera

O fantasma da ópera é considerada por muitos uma obra gótica, por combinar romance, horror, ficção, mistério e tragédia. Na obra original de Leroux, a acção desenvolve-se no século XIX, na Ópera de Paris, um monumental e luxuoso edifício, construído entre 1857 e 1874, sobre um enorme lençol de água subterrâneo. Os empregados afirmam que a ópera se encontra assombrada por um misterioso fantasma, que causa uma variedade de acidentes. O fantasma chantageia os dois administradores da Ópera, exigindo que continuem lhe pagando um salário de 20 mil francos mensais e que lhe reservem o camarote número cinco em todas as actuações.

Na versão contemporânea, o “fantasma” é Rui Costa, uma personagem surrealista, que serviu para o senhor Vieira apresentar como trunfo eleitoral. O enredo passa-se em pleno Século XXI num monumental galinheiro, construído com as benesses do Estado, de Santana Lopes e da CML, agora à perna com um parecer do Tribunal de Contas. Os seguranças pensam que o galinheiro está assombrado por um famoso fantasma que chantageia dois administradores da SAD, Domingos de Oliveira, a quem pede constantemente jogadores (veja-se a época Quique Flores) e Filipe Vieira que lhe paga 20.000 euros/mês, ninguém sabe para quê. Na última entrevista de favor feita à nossa querida televisão, que todos seguimos religiosamente, fiquei com a impressão que o fantasma tinha sido “chutado para cima”. Puro engano. Foi chutado para baixo, para as catacumbas do galinheiro onde se move como ninguém. É justo recordarmos as suas actuações junto ao banco a pressionar os árbitros ou nos esconsos caminhos para o túnel com as câmaras voltadas de feição para apanhar todos os pormenores. Desta vez, fomos surpreendidos: o fantasma atacou nas garagens.

A vítima, um pobre funcionário da Liga, de sua graça Carlos Lucas, que se entretém a “planear e organizar” os jogos, foi abordado pelo fantasma, que de improviso, disparou: Carlos! Quando eu for lá acima (às Antas) ai de ti que venhas dizer uma palavra sequer, ou “até te como lá dentro”! (*)

Aguarda-se que a sempre pressurosa Comissão Disciplinar da Liga ou a sua irmã gémea da FPF tome conta do “incidente”, já que, há cerca de 1 ano, o fantasma, embora investido noutras funções já tinha apanhado um mês de suspensão e 1.000 aéreos de multa por ter lesado a honra de Elmano Alves. Um pedido de atenção, para a ínclita personagem Miguel Relvas criadora de dezenas de Comissões, Gabinetes, Grupos de Estudo e/ou Reflexão que, ontem lá estava a pavonear-se no camarote presidencial, afim de que a ASAE averigúe se o senhor Carlos estava em bom estado para ser servido à mesa! A gerência do Restaurante Antas agradece.

Para Jorge Jesus e as suas frases, peço clemência. No caso improvável de ser castigado, depois com quem é que os jornalistas se riam nas conferências de imprensa?

Inté

1 comentário:

Pedro Silva disse...

@ Lima

Confesso que não sabia que o Rui dos Túneis tinha passado a ser agora o Rui das Garagens LOL

Fosse na Garagem do Dragão e a personagem uma personalidade ligada ao FC Porto e teríamos a malta toda a fazer disto capas de jornais e tema de abertura dos Telejornais.

È o País que temos... Que se há-de fazer quando a maioria é hipócrita e mal-educada?

Aquele abraço.