terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Frustrante no mínimo

A vitória contra o Olhanense esteve ali tão perto mas nunca chegou. Um domínio avassalador e uma eficácia muito abaixo da média foram demasiado penalizadores.

Entrámos em campo com a possibilidade de chegar à liderança isolada, contra uma equipa que a meu ver perdeu qualidade após a saída de Sérgio Conceição e perfeitamente ao alcance dos pupilos de Vítor Pereira.

Tenho que confessar que me começo a render ao "mister". O futebol que o FC Porto está a praticar é vistoso, sabe bem, saboreia-se como uma boa refeição, quente, apetitoso e de encher o olho.

Falta saber se na próxima semana contra o Málaga conseguiremos fazer algo de semelhante, mas em Portugal não há melhor.

De reparos tenho apenas dois. Um para um plantel que ainda parece curto, Tozé e Sebá foram escolhas controversas e mesmo Liedson não me deixou convencido. Mas Vítor Pereira tem vindo a provar que tem qualidade e visão por isso a ver vamos.

O segundo reparo vai para o treinador de uma forma geral. Se por um lado me parece que está nitidamente a crescer, a melhorar, a ganhar confiança, a fazer um trabalho cada vez melhor, por outro ainda lhe falta carisma, uma voz forte e inabalável.

Cheguei a pensar que estas duas qualidades também lhe pertenciam quando no final do encontro no Estádio da Luz veio banalizar o Benfica como equipa, quando comparado com o Porto. "O Benfica é isto, pontapé para a frente à procura de Cardozo", mais palavra menos palavra.

Eu vi ali um treinador com voz, de cabeça erguida sem medo de se afirmar melhor que um adversário que chegou a ser banalizado no seu próprio terreno. Isto embora tenha visto o mesmo treinador quase encolher-se no final desse mesmo encontro, terminando a defender, mas mais uma vez penso que foi a falta de opções que terá levado a tal situação.

Depois desse momento de inspiração, de fazer ver aos adeptos, dirigentes e acima de tudo aos jogadores que temos um treinador confiante nas qualidades da equipa ao ponto de inferiorizar o rival mais directo no seu terreno, em campo e na conferência de imprensa, Vítor Pereira estraga a pintura ao praticamente pedir desculpa passados uns dias.

Esta foi pelo menos a segunda vez que pediu desculpa a Jorge Jesus, mas ele deve-lhe alguma coisa? Não vou ser aqui cegamente portista e dizer que o Benfica não joga nada, há que admitir que tem alguma qualidade, mas, não lhes prestamos vassalagem e continuamos a ser melhores. Vítor Pereira tem que se deixar de desculpas e pisar os calos aos encarnados, espicaçá-los de forma clara, tal como o seu treinador o faz e pelo qual nunca se desculpou.

Jorge Jesus é o cúmulo da arrogância injustificada, de prepotência e bajulação sem bases para o sustentar. Há quatro anos no clube da Luz, para além da tão cobiçada Taça da Liga o que venceu ele? Um campeonato. Um homem que anda no futebol há tanto tempo e não tem quase nada para mostrar de valor. Nas suas inúmeras atitudes egocêntricas nunca se desculpou por ter ofendido seja quem for, por isso porque é que Vítor Pereira o faz?

Quanto ao jogo de domingo há que ter paciência, a bola bem rondou a baliza, mas não era noite para entrar. Foi pena porque poderia ter sido uma preciosa vantagem psicológica, mas em breve lá chegaremos.

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