segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

É Carnaval e o Dragão leva a mal

O FC Porto entrou para o jogo com o Olhanense com a possibilidade de terminar a 18ª jornada da Liga Zon Sagres isolado no primeiro lugar, depois do empate do Benfica com o Nacional da Madeira. No entanto, ao contrário do que as previsões apontavam os Azuis e Brancos não foram capazes de ganhar em casa ao Olhanense.
Numa espécie de ora falhas tu, ora falho eu, FC Porto e Benfica parece não se quererem largar na liderança do Campeonato e por isso vão continuar a partilhar o primeiro lugar, tal como tem acontecido ao longo de toda a Temporada.
No Dragão, Tiago Targino, depois de um erro ofensivo de Alex Sandro, deu vantagem aos Algarvios, mas Jackson Martínez conseguiu a igualdade. O Colombiano falhou, ainda, uma grande penalidade e depois foi a vez de Rafael Bracalli, guarda-redes emprestado pelo FC Porto ao Olhanense, se tornar um gigante e obrigar à divisão de pontos, apesar das inúmeras tentativas finais dos Dragões em chegar ao golo da reviravolta que nunca aconteceu.
A qualidade entre FC Porto e Olhanense é imensa mas isso não é suficiente para ganhar jogos. Por isso, ao intervalo eram os Algarvios que se encontravam na frente do marcador, graças a um golo de Tiago Targino.
Aos sete minutos, a formação orientada por Manuel Cajuda colocou-se na frente do resultado, num lance que foi concluído por Targino mas que nasceu numa perda de bola de Alex Sandro no ataque Azul e Branco. Claramente o Olhanense estava no Dragão para apostar no contra-ataque e quando teve oportunidade foi eficaz, como provou Tiago Targino, que bateu Helton.
Foram muitos os espaços que a defesa do FC Porto deixou e que faziam com que a equipa estivesse algo desprotegida, mas o Olhanense não conseguiu voltar a incomodar Helton, que basicamente se limitou a ser um espectador o resto da primeira parte.
Obrigado a marcar no mínimo dois golos e a não sofrer mais nenhum para ficar com a liderança isolada do Campeonato, o FC Porto esteve longe de ser feliz no ataque. Jackson Martínez foi o melhor jogador, mas isso não chegou porque nem sempre era bem servido. Os cruzamentos de Silvestre Varela poucas vezes saíram da melhor forma e Marat Izmaylov nota-se perfeitamente que chegou à equipa há pouco tempo e que ainda precisa de tempo para entrosar.
Assim, apesar de ter mais posse de bola, os jogadores comandados por Vítor Pereira chegaram ao final da primeira parte em desvantagem no marcador e longe da última exibição que tinha realizado em casa para o Campeonato, que terminou com uma goleada ao Gil Vicente.
O FC Porto entrou bem na segunda parte e procurou desde logo chegar ao golo do empate. Dez minutos foi o tempo que os Bicampeões Nacionais demoraram para marcar, com Jackson Martínez, com a baliza escancarada após a bola ter batido no poste, a marcar o 19º golo no Campeonato em 18 jogos.
Com o golo, os Dragões cresceram e o Olhanense tentou aguentar o mais que pôde o empate, sempre de olho num possível contra-ataque para poder voltar a fazer a diferença, tal como havia acontecido na segunda parte.
Em dois lances de contra-ataque dos Algarvios, valeu ao FC Porto a atenção de Helton, que saiu bem aos pés dos adversários. No entanto, como seria de esperar, eram os Azuis e Brancos que procuram incessantemente o golo e por isso o jogo decorria mais perto da baliza de Rafael Bracalli.
Dez minutos depois do empate, os Dragões tiveram uma oportunidade soberana para dar a volta ao marcador. Jander tocou a bola com o braço dentro da área e Cosme Machado assinalou grande penalidade, castigo máximo que Jackson Martínez desperdiçou ao rematar por cima.
Os adeptos do FC Porto continuaram a cantar o nome do avançado Colombiano, mas este não era o dia de Jackson com a pontaria afinada. Os remates raramente levaram a direcção certa e quando levaram, mesmo aqueles que não eram do melhor marcador do campeonato, Rafael Bracalli defendeu e tornou-se um gigante na baliza do Olhanense.
Um gigante que, apesar das muitas tentativas, não foi batido e que foi decisivo para o ponto conquistado pelos Algarvios no Dragão, de onde os adeptos Azuis e Brancos esperavam sair com o FC Porto na liderança isolada do Campeonato, depois do empate do Benfica com o Nacional da Madeira. Tal não aconteceu e, assim, na frente do campeonato mantém-se tudo igual.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: João Moutinho

1 comentário:

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Foi um retrocesso no bom futebol que o FC Porto apresentou nos dois anteriores encontros. Muito mérito do adversário, obviamente, mas também algum demérito próprio.

Faltou a qualidade de passe, o poder de desmarcação, a criatividade aliada à velocidade de pensamento e execução e sobretudo a eficácia no remate.

Ainda assim, os Dragões conseguiram, na segunda parte, criar o número suficiente de oportunidades para terminarem com resultado bem diferente. Faltou também um pouquinho de sorte.

Há que cair na real e interiorizar que o futebol é pródigo em imponderáveis e por isso, a equipa tem de se manter permanentemente coesa, solidária, ambiciosa e competente.

Um abraço