segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Um Estádio Green Light

É “verde” mas não é o estádio dos Calimeros. Trata-se do Estádio do Dragão que já tem 10 aninhos. A designação refere-se ao sistema ecológico da utilização racional de energia e na qualidade da iluminação. No dia 27 de Outubro vencemos o jogo 236 em casa, precisamente contra os “verdes” donde resultaram 178 vitórias, 37 empates e 21 derrotas nestes 10 anos.
Parece que o símbolo deu sorte. É o primeiro Estádio Europeu a obter a distinção Greenlight, em 2003, que premeia o esforço realizado, quer na utilização racional de energia, quer na qualidade da iluminação, fruto das preocupações ambientais e ecológicas do século XXI
Projectado pelo arquitecto Manuel Salgado, o Estádio do Dragão que veio substituir as Antas, desde Novembro de 2003, responde às mais exigentes normas da UEFA, o que lhe permite receber qualquer evento futebolístico, nacional ou internacional.

Opinião do Arquitecto Nuno Silva Leal: “Uma enorme alameda que direcciona desde a igreja das Antas (e da Avenida dos Combatentes) até ao novo estádio os adeptos para que estes vão descobrindo, aos poucos, a estrutura da cobertura primeiro e o próprio estádio depois, conforme a cota do terreno vai baixando. E desta forma o impacto do estádio nos olhos do adepto é de forma positiva pois vai-se descobrindo aos poucos e afirmando-se perante a paisagem.

Bastou-lhe um bom estudo para implantação, uma arquitectura moderna, de linhas simples mas fortes, entre o redondo do próprio estádio e o horizontal que o mesmo impõe, com grandes superfícies vidradas e permitindo, aqui e ali, vislumbrar o seu interior, permitindo ao adepto que se aproxima entrar no Estádio e sentir a sua vibração ainda antes de lá estar...
No interior do Estádio do Dragão corredores espaçosos, facilidade de circulação. Muitas portas de entrada, muitas bocas de acesso às bancadas. Os bares poderiam estar num qualquer centro comercial. Os espaços são amplos, largos, com um bom pé-direito e arejados, com muita luz e vistas para o exterior. A cobertura era o maior desafio. Muitos perguntavam-se como é que ela se segurava... É uma amostra da boa coabitação entre os arquitectos e os engenheiros. A sua beleza vem da forma como abraça o estádio, como se adapta às bancadas e a sua leveza vem da transparência do material e do ferro pintado de branco.”
“Em dia de jogo, não há só 22 futebolistas em campo. Por fora trabalham mais de 1000 pessoas. Stewards, polícias, bombeiros, médicos e, sobretudo, um staff de dezenas de funcionários do Porto Estádio, sociedade gestora do Dragão, que trata da manutenção e da logística do palco. Gestão Técnica do Edifício é como se chama ao centro nevrálgico do estádio, de onde se inspecciona tudo, remota e informaticamente: circuitos de TV, mais de 1000 portas, dezenas de elevadores, três mil lâmpadas, milhares de torneiras, gigantescos geradores, sistemas de ar condicionado, de aquecimento e refrigeração de águas, meios de prevenção de incêndios, tudo é dali vigiado. Victor Loureiro, Director do GTE; Teresa Santos, Área de Qualidade e Ambiente; Ricardo Carvalho, Director de Infra-estruturas são os responsáveis invisíveis pelo admirável mundo subterrâneo”. In JN artigo de Almiro Ferreira.
 
Vale a pena ir visitar o Estádio e não esquecer também o Museu.
 
Até à próxima

1 comentário:

Nuno Leal disse...

Descobri agora por mero que sou citado neste post. Obrigado pela escolha do meu texto, muito orgulhoso de poder contribuir para descrever o "meu"estádio de eleição!