segunda-feira, 5 de maio de 2014

Vergonha total...

Apesar de não ter nada em jogo a não ser a sua honra e dignidade, o FC Porto não se consegue livrar dos maus hábitos que foi adquirindo ao longo da temporada. Um deles é sofrer golos em quase todos os jogos fora de casa e em Olhão esse hábito voltou a estar presente.
 
Apenas frente ao Paços de Ferreira, quase no início do Campeonato, é que os Azuis e Brancos não sofreram golos fora de casa. Contas feitas, em 15 jogos realizados na condição de visitante, encaixaram golos em 14 e isso diz muito daquilo que foi a temporada dos Dragões, nomeadamente quando comparado com as épocas anteriores.
 
Em Olhão, diante do último classificado a quem só interessava vencer para continuar vivo na luta pela permanência, os Azuis e Brancos realizaram uma exibição bastante pobre, na qual o Olhanense foi mais perigoso na primeira parte, na qual chegou à vantagem, e no segundo teve o engenho suficiente para ampliar a diferença no marcador e conquistar os três pontos que mantêm os comandados de Galderisi vivos na luta pela permanência.
 
Héctor Herrera, aos sete minutos, foi o primeiro jogador a espreitar o golo, tendo executado um remate que bateu nas malhas laterais. Até então, os Algarvios não se tinham aproximado com perigo da baliza de Fabiano mas na primeira vez que o fizeram marcaram. Na sequência de um livre, o veterano Per Kroldrup aproveitou a passividade da defesa adversária para inaugurar o marcador.
 
O FC Porto sentiu o golo e não mostrou capacidade para reagir. Sinal disso é Luís Castro sentiu a necessidade de aos 36 minutos trocar Carlos Eduardo por Juan Quintero e apenas por uma vez conseguiu criar perigo após ter ficado em desvantagem no resultado, com Jackson Martínez a rematar de pé direito ao lado. Por sua vez, o Olhanense nunca deixou a defesa dos visitantes relaxar, criando perigo através do contra-ataque.
 
Descontente com a paupérrima exibição ao longo dos primeiros 45 minutos, Luís Castro trocou o estreante Tozé por Kayembe, outro jogador que cumpriu o primeiro jogo com a camisola dos Azuis e Brancos, para fazer passar mais o jogo do FC Porto pelas alas, mas em termos práticos o resultado foi zero.
 
Os Dragões até entraram melhor na etapa complementar, tiveram três situações para empatar a partida, mas quem marcou foi o Olhanense numa boa jogada de ataque construída aos 66 minutos. Jander conseguiu chegar com a bola à linha de fundo, Dionisi percebeu a movimentação do companheiro e enganou os defesas do FC Porto, recuando dentro da área para ficar livre de marcação e rematar para o fundo da baliza de Fabiano.
 
O golo de Dionisi permitiu ao Olhanense vencer o FC Porto, algo que tinha acontecido pela última vez há 40 anos. Os Azuis e Brancos até reduziram a oito minutos dos 90, através de um grande golo de Héctor Herrera, mas o remate de primeira na meia lua não serviu para apagar a má imagem deixada em Olhão.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Herrera

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