domingo, 7 de dezembro de 2014

Bom + no exame de Coimbra

Foi cedo, com tranquilidade e espevitado pelo habitual café do cafetero Jackson, que o FC Porto construiu a vitória sobre a Académica, que permite aos Azuis e Brancos manterem a desvantagem de três pontos em relação ao Benfica, na jornada que antecede o Clássico.
Com frio considerável, bilhetes caros e posições desniveladas, não foram muitos os milhares que marcaram presença no Municipal de Coimbra. Assistiram ao regresso de Rúben Neves ao onze, mais de dois meses depois, e viram Paulo Sérgio dar a titularidade a Ofori, mexendo também na frente de ataque, onde apareceram Salli e Magique.
Por mais bem intencionada que fosse a táctica do Técnico da Académica, tal pareceu desde muito cedo ficar comprometido. Ansiosa, a sua equipa cometeu erros fatais, aproveitados por um FC Porto que entrou em alta rotação, determinado em resolver cedo.
Herrera e Óliver Torres iam catapultando o futebol Portista para o último terço (onde o trio da frente se encarregava de fazer estragos) e disfarçando algum nervosismo inicial de Rúben Neves, que foi ganhando confiança à medida que os minutos passavam e que os golos surgiam.
Jackson Martínez, já depois de um aviso em posição ligeiramente irregular, marcou dois, de forma tranquila e com grande estilo - o segundo golo, então, é soberbo. Num ápice, sem nada de transcendente (mas com muita qualidade no miolo), o FC Porto tinha a questão praticamente resolvida.
E nem as momentâneas falhas na zona defensiva, com passes disparatados de Maicon, Danilo e companhia, serviam para tremer, já que o adversário, num momento de clara falta de confiança, quase parecia descrente logo que pegava na bola.
Por vezes, os intervalos fazem milagres, rejuvenescendo equipas que parecem mortas na descida para os balneários. Não foi o caso. E não porque Paulo Sérgio não tenha sido assertivo na sua mensagem. Foi, isso sim, porque Herrera nem dois minutos precisou para aproveitar um passe soberbo de Tello e sentenciar um desafio que tinha a crónica anunciada ao intervalo.
Um dos pormenores a ter em conta na segunda parte foi a saída de Danilo. O Brasileiro sofreu um toque no joelho no fim da primeira parte, voltou para o segundo tempo, só que o terceiro tento proporcionou a Lopetegui a tranquilidade necessária para abdicar do internacional Brasileiro.
Pouco mais houve de interessante no segundo tempo. A excepção foram os momentos protagonizados por Ricardo Quaresma, no exercício de sair de labirintos criados por adversários a meio-campo. Um regalo para a vista, ainda que sem grandes efeitos práticos.
A Académica ainda tentou, com o estilo de jogo mais habitual (entraram Ivanildo e Rafael Lopes), dar um ar de sua graça, mas o FC Porto estava muito seguro de si, ao ritmo de Óliver Torres e de Juan Quintero, que temporizavam o segundo tempo.
Os adeptos da casa despediram a equipa com lenços brancos numa vitória 'sem espinhas' para o FC Porto, que se mantém a três pontos do Benfica. Daqui a uma semana, o líder desloca-se ao Dragão. 

Retirado de zerozero 

Melhor em Campo: Jackson Martinez

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