domingo, 19 de abril de 2015

Dragão com "estrelinha de Campeão"

Nunca Julen Lopetegui tinha mexido tanto na equipa de um jogo para o outro. Em comparação com o encontro com o Bayern Munchen, o treinador do FC Porto promoveu nove alterações na equipa, mas na prática foram dez porque Alex Sandro, o único que repetiu a titularidade além de Fabiano, actuou ao lado de Diego Reyes no eixo defensivo, deixando o flanco esquerdo entregue a José Ángel.
 
Muitas alterações a pensar no ciclo exigente e importante de jogos que os Dragões têm no espaço de uma semana. Na próxima terça-feira há um novo duelo com o Bayern Munchen, na Alemanha, e aí vai decidir-se definitivamente quem seguirá para as meias-finais da Liga dos Campeões. Poucos dias depois, no domingo, o FC Porto tem uma nova deslocação, desta feita ao Estádio da Luz, para jogar uma cartada que pode ser decisiva para o Título.
 
Fruto das muitas alterações feitas, o FC Porto cometeu erros que não têm sido habituais, nomeadamente Alex Sandro, que esteve longe de convencer como defesa-central e que podia mesmo ter colocado a equipa em cheque, quando na etapa final da primeira parte executou um passe para a zona central, onde só estava Rafael Lopes, que não teve o discernimento necessário para encarar Fabiano, acabando por rematar ao lado sem oposição.
 
Mas tirando esse percalço, os Dragões foram dominadores. Apesar da falta de rotinas entre jogadores que raramente jogam juntos, o estilo e a ideia de jogo que Julen Lopetegui decidiu implementar desde que chegou ao FC Porto estiveram presentes, nomeadamente através da posse de bola. Foi, por isso, sem surpresa que os Dragões criaram as melhores ocasiões para marcar. Hernâni, aos 12 minutos, aproveitou uma falha de Ricardo Esgaio, que o marcava, para correr em direção à baliza e inaugurar o marcador. Cristiano, guarda-redes da Académica, ainda defendeu o primeiro remate, mas nada pôde fazer para travar a recarga.
 
A eficácia do jogador contratado ao Vitória de Guimarães fez a diferença nesse lance e em muitos outros foi Cristiano quem se destacou, pois foi essencialmente por culpa dele que o FC Porto não ampliou a vantagem na primeira parte. Por culpa dele e também do poste, concretamente num grande remate de Evandro que levava «selo» de golo.
 
A verdade é que os Azuis e Brancos não marcaram e com isso a Académica conseguiu manter-se no jogo. Com o tempo a passar e o resultado de 1 x 0 a permanecer no marcador, os Estudantes foram aproveitando a intranquilidade que se fazia sentir nos jogadores da casa. Ivanildo, através da velocidade, foi o que mais tentou criar dificuldades à defesa do FC Porto e aos 64 minutos a turma de Coimbra foi por um triz que não chegou ao empate, através da conversão de um livre resultante de uma falta sobre Ivanildo.
 
Fabiano salvou o FC Porto nesse lance, Julen Lopetegui levou as mãos à cabeça e de imediato lançou Óliver Torres em campo, na tentativa de segurar o jogo. A ideia funcionou e os Dragões conseguiram fazer recuar novamente os Estudantes, mas só ao apito final de Duarte Gomes é que os adeptos do FC Porto puderam finalmente suspirar de alívio, o que podia ter acontecido mais cedo quando Jackson Martínez falhou o segundo golo de forma incrível.
 
Retirado de zerozero
 
Melhor em Campo: Hernâni

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